quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Rock in Roca II


O Rock in Roça, mais conhecido como RIR, teve sua primeira edição em outubro de 2010, tendo como intuito possibilitar ao jovem de nossa região uma atração diferente. Nossa região organiza festas e shows que só agradam pessoas que gostam de sertanejo ou música dance, deixando uma carência de atrações para os outros gostos. 

Os criadores por gostarem de música e da cena underground, decididaram criar um evento sem fins lucrativos para divertir os amigos e todos que estiverem interessados em se divertir ao som de várias bandas tocando ao vivo.


O RIR II vai contar com 5 bandas sendo elas de Três de Maio, Crissiumal e Horizontina, elas tocarão Rock and Roll, punk rock e grunge. As bandas não recebem nada por tocarem, e vêm por 'amor a camisa' mesmo, porque fazem a cena underground acontecer. Aqui na região cada vez esta tendo mais e mais festivais e mais e mais bandas de garagens surgindo. 


Contamos com a presença de todos que gostam de fazer algo diferente, pois o festival não é igual a outras festas que acontecem por ai. O ingresso é somente 5 reais e a bagunça começa as 21 h no Porão 24 horas.



Pra quem não sabe: o PORÃO fica lá onde estava localizado o Costa Pneus! Tá ligado?
Pinta lá!


>> Contatos: 55 9967 0746 com o Fernando Bortolaz. 

Para qualquer dúvida ou informação

http://www.facebook.com/events/152994511469138/

Happy hour literario


Profissao: musico no 10 SMVC


DOCUMENTÁRIO "PROFISSÃO: MÚSICO" SERÁ LANÇADO NO 10º SMVC

A parceria entre o Projeto CCOMA - um duo de jazz instrumental contemporâneo, formado pelo trompetista Roberto Scopel e pelo percussionista Swami Sagara, que cria o que poderíamos chamar de Future Jazz - e o cineasta colombiano Daniel Vargas rendeu este média metragem (45 minutos) que traz a história de músicos, que mesmo com a pós-revolução MP3 e a ascensão dos downloads, leva a sua arte para lugares onde era impossível chegar até então. A exibição do documentário no Santa Maria Vídeo e Cinema está prevista para a quarta-feira, dia 7, no Bar Macondo, a partir das 22h.

O documentário traz depoimentos de músicos de rua da França e Inglaterra, Djs, como Anderson Noise e Ravin, músicos como Edgar Scandurra, Fernando Catatau, Naná Vasconcelos e Pedra Branca. A produção foi feita de outubro de 2009 a dezembro de 2010 no Brasil, Uruguai, Colômbia, Alemanha e Grécia.
O filme, feito todo com uma câmera na mão, questiona aos músicos, DJs e produtores como eles fazem sua vida e como levam sua profissão.

>> Mais informações sobre o documentário no site www.smvc.org.br

30 anos dedicado ao cinema


Carlos Gerbase.

Jornalista, cineasta, roteirista, diretor, músico, pesquisador, professor. Este é Carlos Gerbase, o homenageado da décima edição do Santa Maria Vídeo e Cinema, que começa no dia 5 de dezembro.

A trajetória como cineasta começou nos anos 80 e em paralelo também se dedicou à música. Em 1983, com outros três amigos, formou a banda “Os Replicantes” Juntos gravaram 10 discos, duas fitas de vídeo, um DVD, fizeram duas turnês pela Europa e lançaram clássicos “Festa Punk” e “Surfista Calhorda”.

TRAJETÓRIA
Carlos Gerbase: Comecei quando estava na faculdade, fazendo jornalismo. Tinha um colega, Nelson Nadotti, que fazia super8. Ele me ensinou, na prática, como se faz um filme. Em 1978 rodamos MEU PRIMO. E não parei mais.

PANORAMA DO CINEMA NACIONAL E GAÚCHO
CG: O cinema brasileiro está começando a se relacionar com a TV. Esta é a grande possibilidade de criamos um setor audiovisual forte.
O cinema gaúcho tem quase tudo: bons filmes, excelentes artistas e técnicos, capacidade de produção e reconhecimento nacional. Mas ainda é bem difícil levantar recursos para fazer filmes. Falta uma política de investimentos a longo prazo.

O MELHOR MOMENTO
CG: O grande momento, que sempre se renova, é a estréia de um filme. Saber se a obra consegue se comunicar com o público, esperar as críticas, ouvir os comentários. E logo depois pensar no próximo filme.

HOMENAGEM DO 10º SMVC
CG: Recebo a homenagem do festival num momento importante para mim. Depois de 24 anos, saí da Casa de Cinema e começo vida nova na Prana Filmes. Sempre é bom ter seu trabalho reconhecido. Agradeço ao festival e à cidade de Santa Maria.

>> Mais no site www.smvc.org.br

fonte: Facebook SMVC - Festival de Cinema

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O exato papel a ser cumprido pela Comissao da Verdade

Eu acho o assunto suficientemente esclarecido, sinto que o governo também tem a mesma visão, mas como de vez em quando suscitam dúvidas e as levam à imprensa, vejo que a ministra da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, mais uma vez, hoje, explica o papel da recém criada Comissão da Verdade (agora em fase de instalação).

A ministra reitera que o papel da Comissão não é punir, mas sim investigar e trazer toda a verdade à tona sobre o período sombrio e em muitos e muitos pontos ainda desconhecidos dos 21 anos da ditadura militar (1964-1985).

"A Lei da Anistia - observou Maria do Rosário - está em vigor, mas ainda assim há segmentos que perderam pessoas, que foram torturadas, marcadas pela ditadura e que acreditam que devem procurar a Justiça. Eles têm esse direito de reivindicar esse caminho".

Torturados e familiares de vítimas poderão recorrer à Justiça
É isto que possibilitará, explica a ministra - de novo - a que os torturados e as vítimas de outros crimes perpetrados pelos assassinos na ditadura, e/ou familiares dos desaparecidos e dos que foram assassinados recorram à Justiça para pedir punições e reparações.

O que a Justiça decidir e julgar depois, será decorrência e o cumprimento da plena autonomia de outro poder da República. Nada mais que isto. Assim, está mais uma vez esclarecido o papel da Comissão e que ela cumprirá com êxito, como todos nós confiamos.

Fora daí, a persistência de dúvidas parece só existir mesmo na cabeça daqueles que não querem que a verdade venha à tona porque a temem. Leiam os esclarecimentos da ministra Maria do Rosário na reportagem 'Para ministra, torturados devem ir à Justiça', publicada no Estadão de hoje.

fonte: Blog do Zé www.zedirceu.com.br 

Cpers e governo retomam dialogo, mas impasses permanecem

Samir Oliveira / Sul 21

Uma reunião de 40 minutos entre o comando de greve do Cpers e a Secretaria Estadual de Educação na manhã desta terça-feira (29) marcou a retomada do diálogo entre o governo e o sindicato. O Palácio Piratini acusava a direção do Cpers de ter rompido unilateralmente as conversas ao decretar greve no dia 18.

Desde então, as relações, que já não andavam amistosas, azedaram ainda mais entre as partes. O tom das críticas se elevou e os grevistas chegaram a fazer um ato político em frente ao Palácio Piratini. No mesmo dia, o secretário de Educação, José Clóvis Azevedo (PT), disse, em coletiva de imprensa, que a direção do sindicato não tinha familiaridade com os conceitos propostos para a reforma do Ensino Médio que a administração estadual quer implementar.

Após tentar ser recebida de última hora pelo governo, sem ter marcado horário, no dia 24, a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, enviou um ofício e conseguiu a agenda nesta terça-feira.

E saiu com um discurso ainda crítico, mas mais moderado. Lamentou que não tenha sido apresentado um cronograma fixo para o pagamento do piso nacional do magistério de R$ 1.187,00. “Não foi estabelecido um processo de negociação, já que o governo não apresentou nenhuma proposta”, condenou.

Entretanto, a secretária-adjunta de Educação, Maria Eulalia Nascimento (PT), considerou o encontro positivo, pois o sindicato já admite receber um calendário de pagamento do piso. “Perguntamos se aceitavam discutir a implantação gradual do piso e responderam que aguardavam um cronograma fixo. Então saíram da reivindicação ‘piso já’ para a gradatividade”, avalia.

Maria Eulalia explica que esse cronograma só não foi elaborado ainda porque o governo aguarda o Ministério da Educação estabelecer um reajuste do piso, que deve ocorrer em janeiro. “A partir daí podemos ter algo mais concreto para compatibilizar com um cronograma.”

A secretária-adjunta informa que foi encaminhado um ofício convidando o Cpers a debater as propostas de reforma no Ensino Médio e de avaliação projetadas pelo governo. A intenção é fazer com que o sindicato abandone a defesa que tem feito da retirada imediata desses dois projetos, sem se preocupar em debater seus conteúdos.

Rejane sustenta que “o papel de um governo que diz querer resolver o conflito e negociar é apresentar uma proposta concreta” e garante que “enquanto isso não ocorrer nosso movimento continua”.

Enquanto o Cpers assegura que a greve se fortalece com reuniões regionais e vigílias – inclusive em frente ao Palácio Piratini, a Secretaria Estadual de Educação afirma que somente 1,56% das escolas públicas estão fechadas. “São mais paralisações pontuais do que propriamente uma greve nos moldes que conhecemos”, classifica Maria Eulalia.

Sem sucesso

Não teve sucesso a tentativa de acordo entre o governo estadual e o Cpers para pôr fim à greve do magistério na manhã desta terça-feira. Cerca de meia hora após o início do encontro, representantes da categoria deixaram a reunião sem dar fim às tratativas.

— O governo não tinha nenhuma proposta para apresentar para o Cpers — afirmou a presidente do sindicato, Rejane de Oliveira, ao deixar o encontro.

A ideia da administração estadual era ouvir os argumentos do sindicato em relação ao controverso projeto de mudança do Ensino Médio nas escolas públicas gaúchas. Após a reunião, o secretário da Educação, José Clovis de Azevedo, voltou a afirmar que a negociação só será retomada após o fim da paralisação.

Para o sindicato, a postura do governo é desrespeitosa:

— Não vamos aceitar condicionante. Quem decide quando começa e quando termina a greve é a categoria — sentenciou Rejane.

A secretária-adjunta da Educação, Maria Eulália Nascimento, adiantou que o governo reunirá a Casa Civil e a secretaria da Fazenda para discutir o cronograma de pagamento do piso nacional nos próximos anos. Ela entende que o Cpers abriu uma pequena brecha para avançar nas tratativas.

O sindicato reunirá o comando de greve para definir os próximos passos da mobilização. De acordo com a Secretaria da Educação, o movimento permanece com baixa adesão dos professores nas escolas.

fonte: Zero Hora.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Reestruturacao do ensino medio: a farsa tenta se legitimar

Poucas pessoas compareceram, no início da tarde desta segunda-feira (28), à Conferência Municipal de Porto Alegre promovida pelo governo do Estado para discutir a reestruturação do ensino médio. Um grupo formado por cerca 50 educadores em greve compareceu ao Colégio Parobé para cobrar a retirada do projeto.

Construída em gabinetes, a proposta do governo vem sendo amplamente rejeitada pela comunidade escolar. É cada vez maior a insatisfação de alunos, pais e educadores com a proposta defendida pelo governo.

O coordenador da 1ª Coordenadoria Regional de Educação, Antonio Branco, foi vaiado quando chegou ao local. Dos manifestantes, ouviu palavras de ordem.

Depois do protesto, os educadores retornaram para a Praça da Matriz, em frente a Palácio Piratini, para continuar a vigília que cobra do governo a abertura de negociações.

O comando de Greve encaminhou na sexta-feira (25) pedido de audiência com o governo. No final da tarde desta segunda, o governo encaminhou documento ao sindicato marcando uma reunião para terça-feira (29), às 9 horas, no auditório da Procergs.

Em greve desde o dia 18, a categoria exige a imediata implementação da lei do piso salarial para professores e funcionários de escola e a retirada do projeto que reforma o ensino médio, bem como o decreto que muda a avaliação dos professores.


João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Foto: Cristiano Estrela

FEMA promove espetaculo de Ballet


Neste dia 09 de dezembro a FEMA vai realizar a primeira edição do espetáculo de Ballet. O espetáculo será uma adaptação do tema ‘O Lago dos Cisnes’.

Cerca de 70 alunos, da Educação Infantil, ensino Fundamental e Médio, farão a interpretação dos personagens e a apresentação de obras coreográficas em diferentes modalidades, mostrando seu aprendizado técnico e artístico. 

De acordo com professora de Ballet da FEMA, Cassineli Koppe, as aulas de ballet trazem muitos benefícios aos alunos. “Desenvolver a sociabilidade e novas amizades; encorajar a disciplina física e o controle e conhecimento de seu corpo; inspirar um senso de confiança física e mental; encorajar para uma boa postura e habilidade corporal; entender a relação entre música, ritmo e movimento controlado e promover o conhecimento de outras formas de arte,
associadas ao ballet clássico”, afirma ela. 

O espetáculo ocorrerá no Centro Cívico de Santa Rosa, às 20h. Os ingressos
estão a venda na Tesouraria da Unidade I da FEMA no valor de R$5,00. 
O espetáculo é aberto à comunidade.

domingo, 27 de novembro de 2011

Australia elimina publicidade em macos de cigarro

do Blog do Omar

O Parlamento australiano aprovou nesta segunda-feira, 21, uma lei que elimina a última forma de publicidade do tabaco ao regular a venda dos cigarros em maços homogêneos na cor verde e com logotipos uniformes.

As advertências sobre os riscos do tabagismo para a saúde deverão ocupar 75% da parte da frente e 90% da parte de trás do pacote, segundo a nova lei, que deve entrar em vigor em dezembro de 2012.

A ministra australiana da saúde, Nicola Roxon, disse que a medida remove a última foram de publicidade dos cigarros e coloca a Austrália como líder mundial na luta contra o tabagismo.

Nos anos 1990, a Austrália proibiu a publicidade do tabaco em qualquer meio de comunicação, bem como o patrocínio de eventos.

Algumas empresas já confirmaram que levarão a lei aos tribunais por considerá-la inconstitucional por retirar dos maços o nome da marca e alterar a propriedade intelectual sem pagar indenização

No início do ano, a Philip Morris comunicou ao governo que levará o caso aos tribunais por acreditar que a lei viola um tratado bilateral de proteção de investimentos com Hong Kong, de onde exporta seus produtos para a Austrália.

Cerca de 15 mil australianos morrem a cada ano por doenças relacionadas ao cigarro, hábito que segundo fontes custa ao estado mais de 30 milhões de dólares. A lei deverá ter a aprovação real da governadora geral da Austrália, Quentin Bryce - a rainha Elizabeth II é a chefe de Estado.

Fonte: Efe

Campanha arrecadou 549 toneladas de equipamentos

A meta era de 100 toneladas, mas, o Sistema Fecomércio arrecadou 549 toneladas de equipamentos de informática e telefonia pós-consumo em todo o Rio Grande do Sul.

O recolhimento de celulares também superou a meta inicial, que era de 20 mil, arrecadando 37 mil aparelhos.

A ação faz parte da Campanha de Recolhimento de Equipamentos de Informática e Telefonia Pós-Consumo, promovida pelo Conselho de Sustentabilidade, iniciada em agosto deste ano e que tinha como objetivo retirar do meio ambiente e desmanufaturar itens como celulares, baterias, telefones de mesa, cabos, computadores e seus componentes.

Os dados foram apresentados durante evento na sede da Fecomércio-RS, na quinta-feira, dia 24, pelo vice-presidente da entidade Joarez Miguel Venço, coordenador do Conselho de Sustentabilidade.

O gerente do SESC Santa Rosa, Edson Flores de Campos participou do encontro.

Santa Rosa contabilizou a arrecadação de 11,8 toneladas de equipamentos e 836 celulares.

fonte: Jornal Noroeste.

A marcha esta liberada. A maconha ainda nao

“A defesa, em espaços públicos, da legalização das drogas representa, na verdade, a prática legítima do direito à livre manifestação do pensamento”. Esse foi o argumento defendido pelo decano do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, na última quarta-feira, 24, quando os ministros do STF determinaram, por unanimidade, que manifestações como a marcha da maconha não podem ser consideradas crimes previstos no artigo 33, parágrafo 2º, da Lei de Tóxicos (Lei nº 11.343/2006), o que configuraria afronta aos direitos de reunião e de livre expressão do pensamento, previstos na Constituição Federal.

“Quem quer que seja pode se reunir para o que quer que seja, no plano dos direitos fundamentais, desde que o faça de forma pacífica”, concluiu o ministro Ayres Britto, acrescentando que não se pode confundir a criminalização da conduta (o uso de drogas), com o debate sobre a referida criminalização, que é o propósito da Marcha da Maconha.

A decisão do Supremo Tribunal Federal certamente é um progresso na distinção entre o debate sobre a descriminalização das drogas e a apologia das mesmas. E, sem dúvida, representa um passo adiante na defesa da liberdade de expressão no Brasil. A grande questão agora é entender o que isso significará para a sociedade brasileira.

É importante lembrar que a liberação das marchas não é equivalente à legalização ou descriminalização da maconha, que permanece ilegal. Na audiência de junho, que permitiu a realização da marcha da maconha, o ministro Luiz Fux alertou para a participação de menores de idade em eventos sobre a descriminalização das drogas. “Não é adequado que crianças e adolescentes, cuja autonomia é limitada, ainda que temporariamente, sejam compelidos à participação ativa no evento”, declarou o ministro.

Os defensores da descriminalização da maconha argumentam que a droga pode ser usada para fins terapêuticos em casos de bruxismo, ansiedade crônica e glaucoma, e afirmam que a legalização diminuirá a violência por atingir o tráfico de drogas. Os que se opõem, listam vários tratamentos alternativos para os males citados, afirmam que o impacto sobre o tráfico de drogas será mínimo (já que as maiores movimentações financeiras dos traficantes viriam da venda de outras drogas, como o crack e a cocaína), e veem na liberação da maconha um caminho para o uso de drogas mais pesadas, que culminaria em um aumento nos casos de dependência.

Qualquer que seja a posição para o assunto, sem dúvida, o fato da discussão sobre a descriminalização ter sido permitida pelo STF representa uma importante quebra de tabus para a sociedade brasileira. Se ela se traduzirá em uma sociedade menos violenta e mais aberta a lidar com questões polêmicas, como acreditam alguns; ou se essa mesma sociedade se afundará no caos e na perda total de valores familiares, como defendem fervorosamente certos setores da população, só o tempo dirá.

sábado, 26 de novembro de 2011

90 melhores faculdades de direito no pais

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, anunciou na última quarta-feira (23), durante a 21ª Conferência Nacional dos Advogados, a edição do Selo OAB 2011, com a indicação dos cursos de direito avaliados pelo Conselho Federal da OAB como os de melhor qualidade em todo o país.


Dos 1.210 cursos existentes no Brasil atualmente, apenas 90 cursos, número que representa 7,4% do total, foram recomendados pelo Selo OAB como sendo de qualidade, dentro dos critérios objetivos aplicados pela Comissão Especial da entidade.



» Veja a lista completa dos cursos recomendados pela OAB


791 cursos foram avaliados, depois de preencherem os pré-requisitos de terem participado dos três últimos Exames da Ordem unificados. Cada curso precisou ter, no mínimo, 20 alunos participando de cada prova.

Para apurar os cursos de qualidade recomendada, a Comissão Especial, formada por advogados que são professores e por especialistas em educação jurídica, utilizou os índices obtidos nos Exames da Ordem e do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2009.

Essa é a quarta edição do Selo OAB desde que foi criado, em 2001. A segunda edição do Selo aconteceu em 2003 e a terceira no ano de 2007.

A nota mínima para ingressar entre os cursos mais bem avaliados foi de 6,9 pontos numa escala que vai de zero a 10 pontos. A decisão da nota foi tomada pela Comissão Especial da OAB.

Entre as 27 unidades da Federação, apenas dois Estados não tiveram nenhum curso recomendado:Acre e Mato Grosso. Os cursos destes estados não atingiram nota mínima para avaliação da OAB, estão submetidos a processos de supervisão do Ministério da Educação (MEC) ou tiveram parecer desfavorável da Comissão Nacional de Educação Jurídica da OAB Nacional durante a análise dos processos de reconhecimento ou renovação.



Finalissima do 25º Musicanto na TVE

A noite final do 25º Musicanto Sul-Americano de Nativismo será veiculada no Programa TVE nos Festivais neste domingo, dia 27, às 10h15min; quarta-feira, dia 30 às 0h e no dia 04/12 – domingo, às 06h45min.

O programa apresentará as 15 músicas finalistas e que estarão no CD e DVD do 25º Musicanto, que se apresentaram no Centro Cívico Cultural Antônio Carlos Borges, no dia 14 de novembro de 2011 – Segunda-feira.

Confira na TVE.

Avaliação do 'Santa Rosa Mostra Gramado'

A OSCIP Cidade Interativa, juntamente com a Secretaria Municipal de Cultura de Santa Rosa e membros da equipe que participou da organização da última edição reuniram-se na tarde desta quinta-feira, 24, para avaliar a segunda edição do Santa Rosa Mostra Gramado.

De acordo com os integrantes, o evento foi bem avaliado com base nas edições anteriores, porém, ainda há muito a ser feito em se tratando de público. Em todas as edições anteriores, cenas lamentáveis de falta de respeito entre os colegas se repetem, não só da classe estudantil, como também de colegas da sétima arte. Logo que encerra a apresentação do filme da escola que o produziu, praticamente todos os alunos se retiram do auditório, e isso se repete com a próxima escola e com o próximo filme. Segundo os avaliadores, isso poderia ser resolvido com oficinas de cinema para produções interescolares, onde os alunos produziriam um filme independentemente da escola que frequentam, interação que se faz necessária para perpetuar o festival de cinema de Santa Rosa.

Em se tratando de público adulto, ficou entendido que nas próximas edições provavelmente será cobrado ingresso, uma vez que o cenário que temos indica que quanto mais elevado for o valor investido, maior é o número de participantes, a exemplo do Musicanto. Ainda com referência ao Musicanto, devemos aplaudir em pé o trabalho desenvolvido pela parceria entre poder público e o festival. O resultado foi o Centro Cívico lotado pelos alunos de mais de vinte escolas nos dois dias do evento, a ponto de emocionar o idealizador do Musicanto, Luiz Carlos Borges, que declarou que o festival está garantido por mais 25 anos; este é o caminho a ser seguido pela comissão organizadora dos próximos festivais de cinema de Santa Rosa.

A proposta das oficinas seria também no sentido de trabalhar com os veículos locais e regionais de divulgação, no mínimo dois meses antes do evento. Outra novidade que se estuda é abrir as inscrições a nível Sul Americano, criando um troféu que homenageie um diretor a cada edição do festival.

O primeiro passo foi dado, se reunir para avaliar cuidadosamente a edição anterior. Agora resta torcer para que consigamos dar sequência às próximas etapas, criando a comissão organizadora, que deverá trabalhar o festival o ano todo, envolvendo o poder público, as escolas e empresas locais e regionais, intensificando os trabalhos do Santa Rosa Mostra Cinema e inserindo a Mostra Gramado no Santa Rosa Mostra Cinema, invertendo a lógica atual. Estamos num estágio vital, ou se avança em qualidade e quantidade em todas as áreas, ou retrocedemos e consequentemente sucumbimos.

fonte: Zulupa www.zulupa.com.br

Direito a verdade: Ministra Rosario reune comites nacionais

Ministra Maria do Rosário e Olga Herbertz.

A três-maiense Olga Herbertz integra comitê que discute a Comissão da Verdade e Lei do Acesso à Informação. Ela esteve em Brasília esta semana, onde se reuniu com a Ministra Maria do Rosário, juntamente com outros comitês de diversas regiões do País. Olguinha faz um relato das ações desenvolvidas em Brasília.
[especial para o blog da Revista Afinal]
O comitê Santa-mariense de Direito à Memória e à Verdade foi criado em agosto deste ano. É uma parceria entre o Diretório Acadêmico do Curso de Arquivologia, o Diretório Livre do Direito e o Diretório Quilombo dos Palmares (História), embora esteja aberto para a participação de qualquer outro diretório e mesmo a comunidade em geral.
Nesta semana estive em Brasília para conversar com representantes de outros comitês-fóruns-coletivos sobre a participação da sociedade civil na comissão nacional da verdade. O evento foi organizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, e reuniu representantes de 25 comitês de todo o país.
Foram discutidas as sanções da Comissão da Verdade e da Lei do Acesso, grandes vitórias, embora ainda tenhamos muito pelo que lutar. Ainda não sabemos qual será a formação da Comissão (que terá 7 integrantes e 14 suplentes), quem serão os nomes indicados e quais os critérios utilizados para as indicações.
A partir de agora será buscada a integração entre os diferentes grupos, para que haja maior visibilidade do movimento. Foi interessante perceber a participação de jovens, uma vez que a questão da abertura dos arquivos e da construção de nova história brasileira está sendo tratada com mais intensidade. A questão é unir as atividades acadêmicas e a integração com a sociedade fora da universidade, tema também tratado e que será buscado pelas entidades estudantis lá representadas.
A Ministra Maria do Rosário esteve presente na manhã desta sexta feira (25), conversando com os participantes. Ela destacou a importância da aprovação da lei do acesso e da comissão da verdade, além da importância da luta de quem está, desde o final da ditadura, esperando tais documentos e até mesmo corpos de parentes desaparecidos e mortos.
Para mim foi uma experiência maravilhosa, estar em uma reunião com ex-presos e perseguidos políticos, parentes de desaparecidos e mortos na repressão, tendo a oportunidade de ouvir suas histórias e estar contribuindo para a construção da verdadeira história brasileira chega a ser indescritível. 

Olga Luísa Herbertz
Graduanda do Curso de Arquivologia - UFSM
Santa Maria - RS

PT nao precisa de seminario. Governe!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Diz o meu amigo Miro Borges que o PT fez um importante seminário sobre o marco regulatório da mídia.

Pode ser.

Não estou aqui para discordar do Miro.

Mas, tenho outra perspectiva.

O PT é governo.

Governa o Brasil há nove anos.

Nenhum partido apanhou mais do PiG do que o PT.

E, agora, nove anos depois, o PT faz um seminário.

Seminário para estudar o que?

Pergunte ao Nunca Dantes o que é sofrer na mão do PiG.

Não se ouvir a voz do Nunca Dantes no jornal nacional.

O Alberico editar o debate com o Collor.

O Ali Kamel (mais poderosos que o Alberico, mil vezes) levar a edição de 2006 para o segundo turno (e o desastre da Gol que fique para a Band…).

Pergunte à Dilma como é que o Casal 45 a entrevistou.

Estudar o que?

Seminarar mais o que?

Precisa estudar mais o que?

A Confecom já estudou o que tinha que estudar e propôs o que tem que ser feito.

Alguma dúvida?

Copia a legislação dos Estados Unidos, onde impera o capitalismo selvagem, na sua essência.

O PT governa.

Quem governa tem que mandar uma Ley de Medios para o Congresso e lutar por ela.

E, não, fazer como o Ministro Bernardo, do PT, que foge do seminário do PT.

Por que Bernardo fugiu?

Porque o PT não pode se sentar em torno de uma mesa para governar sobre o PiG (*).

O Nunca Dantes passou 90 minutos do jogo a contemporizar com o PiG (*).

Nos acréscimos, ele pediu ao Franklin para fazer uma Ley de Medios.

O Franklin entregou ao Ministro Bernardo.

Bernardo disse uns desaforos ao Franklin e colocou a Ley de Medios do Franklin embaixo da pilha onde estão sepultadas as Leys de Medios que o Sergio Mota fez para o Farol de Alexandria.

Cascata.

Todo petista, no fundo da alma, gostaria de poder chamar o João de João (João é o primeiro nome de um dos filhos do Roberto Marinho, que, em geral, não têm nome próprio).

Se o PT quer enfrentar o PiG, governe.

Governar significa mandar.

Quem estuda é a oposição.

O PT tem medo da Globo.

O resto é o luar de Paquetá, diria o Nelson Rodrigues, que entendia de luar e da Globo.

Em tempo: é indispensável ler o artigo de Sergio Lirio, na pág. 76 da Carta Capital: “Para ganhar no grito”.

“Regulação da mídia – Como o fantasma da censura invocado constantemente pelos meios de comunicação tornou-se a mais escancarada censura.”

“A mídia brasileira não quer se discutir, nem deixa discutir”, diz o ex-ministro Franklin Martins, que defende uma base para o debate: a Constituição.”

CPERS: A greve continua!


 Foto: Eduardo Seidl

PORTO ALEGRE
- Em assembleia geral realizada na tarde de quinta-feira (24), na Praça da Matriz, no centro de Porto Alegre, os trabalhadores estaduais da educação decidiram pela continuidade da grave iniciada no último dia 18.

A categoria continuará realizando plenárias com educadores e alunos para debater os projetos educacionais do governo e, publicamente, denunciar o não pagamento do piso salarial e o desmonte da educação pública promovido pelo governo do Estado.

O CPERS/Sindicato também realizará uma campanha de denúncia contra o assédio moral aos educadores, principalmente os contratados, que estão sofrendo represálias por participar da greve.

A categoria deliberou ainda pelo fortalecimento da vigília organizada em frente à sede do governo, em Porto Alegre.

A assembleia geral,que reuniu cerca de quatro mil educadores, foi acompanhada por centenas de estudantes que apoiam a greve dos educadores.
NEGOCIAÇÃO - O governador Tarso Genro e seus secretários passaram toda a primeira semana da greve afirmando que o CPERS/Sindicato havia rompido o diálogo. Para mostrar que isso não é verdade, o comando de greve tentou uma autoagenda durante a assembleia. Contudo, o governo se negou a receber os educadores nesta tarde.

O comando de greve se reúne na sexta-feira (25), às 14h, na sede do sindicato, para avaliar a assembleia geral e preparar a continuidade da greve.

Os trabalhadores da educação não serão cúmplices de um governo que quer adaptar a educação pública às exigências do capital e do mercado. Esse papel nunca fez parte da história de luta da categoria.

O governador se comprometeu com o pagamento do piso salarial. Mais: assumiu o compromisso de estendê-lo aos funcionários de escola. Áudios em que o governador se compromete com essas reivindicações foram apresentados durante a assembleia.



João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Fotos: Bruno Alencastro

Kirtan

Espaço NATARAJA convida:


KIRTAN

Segunda-feira, dia 28 de novembro, às 21h.

Ensaio geral dos Mantras selecionados para a apresentação do “Resistência-Sesc” dia 02 de dezembro...traga seu instrumento musical!

Facilitadores:

Larry Wisnievski, professor Unijui
Aley Shanti, professor Yogui e Musiterapeuta


Local: Av.América 342/Apto 02 - Centro - Santa Rosa – 55 81026311

21 milhoes de brasileiros se informam por meio de jornais

De acordo com números divulgados pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC), a circulação média diária de jornais no Brasil chegou a 4.435.581 exemplares, nos primeiros seis meses do ano, o que segundo, o órgão, é um recorde.

Resultados de uma segunda pesquisa feita pelo Datafolha mostram que o número de brasileiros leitores de jornais todos os dias é "ainda maior". Segundo o levantamento "Hábitos de Mídia 2011", encomendado pelo jornal Folha de S.Paulo, 21 milhões de brasileiros leem jornais impressos todos os dias, enquanto 73 milhões leem periodicamente.

A pesquisa feita pelo instituto também mostra que, aproximadamente, 20 milhões de brasileiros acessam notícias na web diariamente. A TV aberta continua liderando como principal fonte de informação, chegando a 94%; jornal representa 66%, revista 59%, rádio 44% e internet 44%.

Resistencia Festival‏


Lancamento do POD Crianca arranca com doacao de R$ 100 mil



Ao lado do secretário Fabiano Pereira, presidente do Cedica, Márcia Herbertz, recebe doação de R$ 100 mil do Banrisul das mãos de Túlio Zamin. Foto: Eduardo Seidl / Palácio Piratini 

Foto: Eduardo Seidl / Palácio Piratini


Música e doação marcaram o lançamento do site POD Criança na tarde desta quinta-feira (24), no salão nobre do Banrisul. Elaborado em parceria com o banco e a Procergs, o projeto faz parte do Programa de Oportunidades e Direitos da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH) e tem por objetivo melhorar a vida das crianças e adolescentes gaúchos, por meio das doações ao Fundo Estadual da Criança e do Adolescente (FECA). A estreia do site foi brindada com uma doação de R$ 100 mil ao FECA feita pelo Banrisul, através do seu presidente, Túlio Zamin.
O POD Criança é uma ferramenta que permite um número maior de doações e de cidades beneficiadas com o dinheiro do fundo. O doador poderá, inclusive, escolher a instituição ou município contemplado. Para contribuir com o projeto, basta acessar www.podcrianca.rs.gov.br e seguir as orientações do site.

Podem doar tanto pessoas físicas quanto jurídicas. Os servidores públicos também poderão contribuir e ter o desconto feito só no ano que vem. Pessoa física poderá doar até 6% do Imposto de Renda (IR) devido, e pessoa jurídica, até 1%. No site, é possível fazer uma simulação da doação calculando o valor máximo a ser abatido. As informações fiscais são repassadas automaticamente à Receita Federal, evitando que os doadores caiam na malha fina. As empresas doadoras serão divulgadas no site e receberão um selo identificando sua parceria no projeto.

Em sua manifestação, o secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabiano Pereira, agradeceu aos parceiros, Banrisul e Procergs, na elaboração do site e também aos servidores da SJDH, principalmente ao secretário adjunto Miguel Velasquez, que cuidou do processo. Ele, ainda, destacou que a sociedade vive um momento de pressão social ocasionada por problemas, como a violência. Para mudar esse cenário, o secretário disse que uma alternativa “é começarmos a dar atenção a nossas crianças”. Depois do pronunciamento do secretário, o servidor Aldo Peres fez uma apresentação do site.
Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedica), e diretora de projetos da SJDH, Márcia Herbertz disse que com as arrecadações deste ano ao FECA será possível pagar 43 projetos ainda pendentes do ano passado. Ela também destacou que tanto o fundo quanto o Cedica são transparentes, conclamando toda sociedade a contribuir para “uma vida digna das nossas crianças e adolescentes”.
A solenidade terminou com música. Crianças e de adolescentes da Orquestra Jovem encantaram e arrancaram aplausos do público.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Manual da velha midia contra as greves

Por Alexandre Haubrich, no blog Jornalismo B:


A cada movimento grevista, os ataques da mídia dominante se sucedem. Isso acontece porque determinados setores da mídia atuam não como espaços informativos, mas como instrumentos discursivos das elites.

Abaixo, um imaginado (ou nem tanto) manual prático da velha mídia brasileira sobre como cobrir uma greve. Baseado em fatos reais:

1. Para tentar esvaziar a greve:

1.1. Diga que a greve é “de vanguarda” e que os trabalhadores não foram devidamente consultados;

1.2. Caso você seja obrigado pelos fatos a admitir que houve uma Assembléia Geral, diga que a Assembléia teve pouca participação;

1.3. Diga que a Assembléia que definiu a greve teve grande quantidade de discordantes;

1.4. Faça todo o possível para mostrar os trabalhadores como simples massa de manobra das lideranças sindicais

1.5. Ignore o fato de que as lideranças sindicais são eleitas pelos próprios trabalhadores;

1.6. Ignore a obrigação legal que as lideranças sindicais têm de convocar uma Assembléia Geral para votar uma proposta de greve;

1.7. Afirme, reafirme e repita quantas vezes for possível que a greve está esvaziada, estando ela como estiver.

2. Para pressionar o governo contra os grevistas:

2.1. Escreva que os grevistas estão provocando o governo;

2.2. Diga que o resultado das mobilizações vai demonstrar “quem realmente manda” no governo;

2.3. Garanta que o governo perderá força se ceder às exigências dos grevistas;

2.4. Ameace: escreva que ceder é demonstrar fraqueza, e que governos fracos não se sustentam no poder;

2.5. Coloque a sociedade contra o movimento, fazendo o governante ver que perderá votos na próxima eleição caso ceda.

3. Coloque a sociedade contra o movimento:

3.1. Destaque todos os prejuízos que o cidadão “de bem” terá com a greve;

3.1.1. Se for uma greve de professores, ressalte os danos às férias escolares, ao vestibular e ao aprendizado das crianças;

3.1.2. Caso alguma manifestação dos grevistas interrompa o trânsito, faça imagens do congestionamento, e não esqueça de falar que os “trabalhadores” foram prejudicados por não conseguirem chegar às empresas onde trabalham.

4. Na hora das entrevistas:

4.1. Evite ao máximo entrevistar grevistas. Se precisar fazê-lo, pouco espaço, e apenas no final da matéria;

4.2. Entreviste muitos “populares” prejudicados pela greve;

4.2.1. Se for uma greve de professores, entreviste diretores de escolas preocupados, pais desesperados, e não hesite em procurar desesperadamente crianças que adorariam estar na escola, mas não podem estudar por causa da greve;

4.2.2. Caso alguma manifestação dos grevistas interrompa o trânsito, entreviste motoristas tensos e anti-greve, mas não esqueça de variar com outros que afirmam “até concordarem” com as reivindicações, mas que também precisam ir trabalhar.

5. Na hora da redação da matéria:

5.1. Comece o texto sempre com os problemas que a greve (“os grevistas”) causa à população;

Obs.: Nos casos em que é possível aproximar ações dos grevistas de atos “criminosos”, os transtornos à população devem ceder o primeiro posto e serem transformados em uma segunda questão a ser colocada no texto;

5.2. Esforce-se para mostrar posicionamento das instituições do governo contra a greve;

5.3. As reivindicações dos grevistas devem aparecer em um ou dois parágrafos, no máximo, no fim da matéria;

5.4. Possíveis denúncias dos grevistas devem aparecer sempre acompanhadas de “suposto” ou derivados.

6. Glossário subjetivo:

Grevista = vagabundo

População = desrespeitada

Greve = vagabundagem

Mobilização = baderna

Empresas = coitadinhas

Reivindicações = privilégios

Campanha ‘16 Dias de Ativismo’ marca Dia Internacional de combate a violencia contra mulher

Camila Queiroz
Jornalista da ADITAL

O dia 25 de novembro já está consolidado como Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher. A data marca ainda o início dos 1
6 Dias de ativismo contra a violência de gênero, que culminam em 10 de dezembro, no Dia Internacional dos Direitos Humanos. Para fortalecer a mobilização, a Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres lançou agenda política e pronunciamentos em que conclama todos e todas a participarem.

Em mensagem, a diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, destacou que muito já se conquistou na arena dos direitos das mulheres, porém, ainda há um longo caminho a percorrer. "Na atualidade, 125 países contam com leis específicas que penalizam a violência doméstica, algo inimaginável há 20 anos. O Conselho de Segurança reconheceu a violência sexual como tática de guerra deliberada e planificada.”, comemora.

No âmbito do que precisa ser feito, a lista é longa e os problemas causam graves consequências: são 603 milhões de mulheres e crianças em países onde a violência doméstica ainda não é considerada um crime; seis em cada dez mulheres já sofreu violência física ou sexual; mais de 60 milhões de meninas são obrigadas a casar-se; 140 milhões de meninas e mulheres sofrem mutilação; e mais de 600 mil mulheres e meninas são traficadas, a maioria para ser explorada sexualmente.

Diante disso, a "agenda política de 16 passos” da ONU se apoia em três bases - a prevenção, a proteção e o oferecimento de serviços. Entre os pontos pelos quais os líderes mundiais devem se mobilizar estão ratificar os tratados internacionais e regionais; adotar e cumprir as leis; criar planos nacionais e locais de ação; tornar a justiça acessível; acabar com a impunidade em casos de violência sexual nos conflitos; garantir o acesso universal a serviços essenciais, e outros.

Também em pronunciamento, o secretário-geral da ONU, Ban ki-moon, destacou que "o direito das mulheres e das meninas a viver sem sofrer violência é inalienável e fundamental”. O líder afirmou a importância de os Estados se aliarem às iniciativas da juventude na busca por garantia de direitos e promoção de um mundo "mais justo, pacífico e equitativo”. El derecho de las mujeres y las niñas a vivir sin sufrir violencia es inalienable y fundamental. / mundo más justo, pacífico y equitativo.

Para que ninguém fique sem participar da mobilização, a ONU aponta 16 possibilidades de atuar – informar aos amigos sobre os 16 Dias de Ativismo, criar uma ação (desde exibir um filme sobre a violência contra as mulheres, a organizar oficinas, petições, marchas), participar das discussões nas redes sociais, opinar sobre a problemática e fazer uma doação ao Fundo Fiduciário da ONU são algumas das opções.

O órgão comemora ainda o aniversário de 15 anos do Fundo Fiduciário das Nações Unidas para acabar com a violência contra as mulheres. Segundo informou, desde o início da atuação, o Fundo já outorgou mais de 78 milhões de dólares para 339 iniciativas em 127 países e territórios.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Homem armado invade prefeitura


Um homem invadiu a prefeitura de Três de Maio, ontem (21) à tarde, ameaçou funcionários e demais pessoas que encontrava pela frente. Segundo relato do delegado de polícia João Vitório Barbatto, o indivíduo estava armado com uma faca e ameaçou matar quem aparecesse na frente dele. Um grande tumulto foi formado no interior da prefeitura, com as pessoas procurando se abrigar. Apesar das ameças, ninguém saiu ferido.  Apenas um servidor machucou a mão ao prensá-la em um porta. 
O homem foi detido pela Brigada Militar e levado para a Delegacia de Polícia, onde ainda não foi ouvido em função de estar alterado. Atualmente, se encontra recolhido no Presídio de Santa Rosa e deverá responder por tentativa de homicídio e danos ao patrimônio público.

fonte: Paulo Marques / Rádio Colonial

Oferta de empregos

Governo Municipal de Giruá em parceria com grupo Madero proporcionam vagas de trabalho para jovens da região


O Governo Municipal de Giruá ajustou acordo de cooperação com um dos maiores grupos de gastronomia da região sul do Brasil, para intermediação de mão de obra.
O grupo MADERO estará selecionando interessados em trabalhar em seus restaurantes, localizados em Curitiba, São José dos Pinhais e Balneário Camboriú. Não é necessário experiência, e todo suporte é dado aos funcionários pela empresa, inclusive moradia. São dezenas de vagas, os interessados de toda a região poderão se inscrever. O recrutamento ocorrerá no dia 24 e 25 de novembro, quinta e sexta feira, às 09 horas na Prefeitura Municipal de Giruá.

fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Giruá

Nosso racismo eh um crime perfeito


O antropólogo Kabengele Munanga fala sobre o mito da democracia racial brasileira, a polêmica 

com Demétrio Magnoli e o papel da mídia 

e da educação no combate ao preconceito no país

Por Camila Souza Ramos e Glauco Faria - Revista Fórum - www.revistaforum.com.br 
Fórum - O senhor veio do antigo Zaire que, apesar de ter alguns pontos de contato com a cultura brasileira e a cultura do Congo, é um país bem diferente. O senhor sentiu, quando veio pra cá, a questão racial? Como foi essa mudança para o senhor?
Kabengele - Essas coisas não são tão abertas como a gente pensa. Cheguei aqui em 1975, diretamente para a USP, para fazer doutorado. Não se depara com o preconceito à primeira vista, logo que sai do aeroporto. Essas coisas vêm pouco a pouco, quando se começa a descobrir que você entra em alguns lugares e percebe que é único, que te olham e já sabem que não é daqui, que não é como “nossos negros”, é diferente. Poderia dizer que esse estranhamento é por ser estrangeiro, mas essa comparação na verdade é feita em relação aos negros da terra, que não entram em alguns lugares ou não entram de cabeça erguida.
Depois, com o tempo, na academia, fiz disciplinas em antropologia e alguns de meus professores eram especialistas na questão racial. Foi através da academia, da literatura, que comecei a descobrir que havia problemas no país. Uma das primeiras aulas que fiz foi em 1975, 1976, já era uma disciplina sobre a questão racial com meu orientador João Batista Borges Pereira. Depois, com o tempo, você vai entrar em algum lugar em que está sozinho e se pergunta: onde estão os outros? As pessoas olhavam mesmo, inclusive olhavam mais quando eu entrava com minha mulher e meus filhos. Porque é uma família inter-racial: a mulher branca, o homem negro, um filho negro e um filho mestiço. Em todos os lugares em que a gente entrava, era motivo de curiosidade. O pessoal tentava ser discreto, mas nem sempre escondia. Entrávamos em lugares onde geralmente os negros não entram.
A partir daí você começa a buscar uma explicação para saber o porquê e se aproxima da literatura e das aulas da universidade que falam da discriminação racial no Brasil, os trabalhos de Florestan Fernandes, do Otavio Ianni, do meu próprio orientador e de tantos outros que trabalharam com a questão. Mas o problema é que quando a pessoa é adulta sabe se defender, mas as crianças não. Tenho dois filhos que nasceram na Bélgica, dois no Congo e meu caçula é brasileiro. Quantas vezes, quando estavam sozinhos na rua, sem defesa, se depararam com a polícia?
Meus filhos estudaram em escola particular, Colégio Equipe, onde estudavam filhos de alguns colegas professores. Eu não ia buscá-los na escola, e quando saíam para tomar ônibus e voltar para casa com alguns colegas que eram brancos, eles eram os únicos a ser revistados. No entanto, a condição social era a mesma e estudavam no mesmo colégio. Por que só eles podiam ser suspeitos e revistados pela polícia? Essa situação eu não posso contar quantas vezes vi acontecer. Lembro que meu filho mais velho, que hoje é ator, quando comprou o primeiro carro dele, não sei quantas vezes ele foi parado pela polícia. Sempre apontando a arma para ele para mostrar o documento. Ele foi instruído para não discutir e dizer que os documentos estão no porta-luvas, senão podem pensar que ele vai sacar uma arma. Na realidade, era suspeito de ser ladrão do próprio carro que ele comprou com o trabalho dele. Meus filhos até hoje não saem de casa para atravessar a rua sem documento. São adultos e criaram esse hábito, porque até você provar que não é ladrão... A geografia do seu corpo não indica isso.
Então, essa coisa de pensar que a diferença é simplesmente social, é claro que o social acompanha, mas e a geografia do corpo? Isso aqui também vai junto com o social, não tem como separar as duas coisas. Fui com o tempo respondendo à questão, por meio da vivência, com o cotidiano e as coisas que aprendi na universidade, depoimentos de pessoas da população negra, e entendi que a democracia racial é um mito. Existe realmente um racismo no Brasil, diferenciado daquele praticado na África do Sul durante o regime do apartheid, diferente também do racismo praticado nos EUA, principalmente no Sul. Porque nosso racismo é, utilizando uma palavra bem conhecida, sutil. Ele é velado. Pelo fato de ser sutil e velado isso não quer dizer que faça menos vítimas do que aquele que é aberto. Faz vítimas de qualquer maneira.

Revista Fórum - Quando você tem um sistema como o sul-africano ou um sistema de restrição de direitos como houve nos EUA, o inimigo está claro. No caso brasileiro é mais difícil combatê-lo...
Kabengele - Claro, é mais difícil. Porque você não identifica seu opressor. Nos EUA era mais fácil porque começava pelas leis. A primeira reivindicação: o fim das leis racistas. Depois, se luta para implementar políticas públicas que busquem a promoção da igualdade racial. Aqui é mais difícil, porque não tinha lei nem pra discriminar, nem pra proteger. As leis pra proteger estão na nova Constituição que diz que o racismo é um crime inafiançável. Antes disso tinha a lei Afonso Arinos, de 1951. De acordo com essa lei, a prática do racismo não era um crime, era uma contravenção. A população negra e indígena viveu muito tempo sem leis nem para discriminar nem para proteger.

Revista Fórum - Aqui no Brasil há mais dificuldade com relação ao sistema de cotas justamente por conta do mito da democracia racial?
Kabengele - Tem segmentos da população a favor e contra. Começaria pelos que estão contra as cotas, que apelam para a própria Constituição, afirmando que perante a lei somos todos iguais. Então não devemos tratar os cidadãos brasileiros diferentemente, as cotas seriam uma inconstitucionalidade. Outro argumento contrário, que já foi demolido, é a ideia de que seria difícil distinguir os negros no Brasil para se beneficiar pelas cotas por causa da mestiçagem. O Brasil é um país de mestiçagem, muitos brasileiros têm sangue europeu, além de sangue indígena e africano, então seria difícil saber quem é afro-descendente que poderia ser beneficiado pela cota. Esse argumento não resistiu. Por quê? Num país onde existe discriminação antinegro, a própria discriminação é a prova de que é possível identificar os negros. Senão não teria discriminação.
Em comparação com outros países do mundo, o Brasil é um país que tem um índice de mestiçamento muito mais alto. Mas isso não pode impedir uma política, porque basta a autodeclaração. Basta um candidato declarar sua afro-descendência. Se tiver alguma dúvida, tem que averiguar. Nos casos-limite, o indivíduo se autodeclara afrodescendente. Às vezes, tem erros humanos, como o que aconteceu na UnB, de dois jovens mestiços, de mesmos pais, um entrou pelas cotas porque acharam que era mestiço, e o outro foi barrado porque acharam que era branco. Isso são erros humanos. Se tivessem certeza absoluta que era afro-descendente, não seria assim. Mas houve um recurso e ele entrou. Esses casos-limite existem, mas não é isso que vai impedir uma política pública que possa beneficiar uma grande parte da população brasileira.
Além do mais, o critério de cota no Brasil é diferente dos EUA. Nos EUA, começaram com um critério fixo e nato. Basta você nascer negro. No Brasil não. Se a gente analisar a história, com exceção da UnB, que tem suas razões, em todas as universidades brasileiras que entraram pelo critério das cotas, usaram o critério étnico-racial combinado com o critério econômico. O ponto de partida é a escola pública. Nos EUA não foi isso. Só que a imprensa não quer enxergar, todo mundo quer dizer que cota é simplesmente racial. Não é. Isso é mentira, tem que ver como funciona em todas as universidades. É necessário fazer um certo controle, senão não adianta aplicar as cotas. No entanto, se mantém a ideia de que, pelas pesquisas quantitativas, do IBGE, do Ipea, dos índices do Pnud, mostram que o abismo em matéria de educação entre negros e brancos é muito grande. Se a gente considerar isso então tem que ter uma política de mudança. É nesse sentido que se defende uma política de cotas.
O racismo é cotidiano na sociedade brasileira. As pessoas que estão contra cotas pensam como se o racismo não tivesse existido na sociedade, não estivesse criando vítimas. Se alguém comprovar que não tem mais racismo no Brasil, não devemos mais falar em cotas para negros. Deveríamos falar só de classes sociais. Mas como o racismo ainda existe, então não há como você tratar igualmente as pessoas que são vítimas de racismo e da questão econômica em relação àquelas que não sofrem esse tipo de preconceito. A própria pesquisa do IPEA mostra que se não mudar esse quadro, os negros vão levar muitos e muitos anos para chegar aonde estão os brancos em matéria de educação. Os que são contra cotas ainda dão o argumento de que qualquer política de diferença por parte do governo no Brasil seria uma política de reconhecimento das raças e isso seria um retrocesso, que teríamos conflitos, como os que aconteciam nos EUA.
Fórum - Que é o argumento do Demétrio Magnoli.
Kabengele - Isso é muito falso, porque já temos a experiência, alguns falam de mais de 70 universidades públicas, outros falam em 80. Já ouviu falar de conflitos raciais em algum lugar, linchamentos raciais? Não existe. É claro que houve manifestações numa universidade ou outra, umas pichações, "negro, volta pra senzala". Mas isso não se caracteriza como conflito racial. Isso é uma maneira de horrorizar a população, projetar conflitos que na realidade não vão existir.
Fórum - Agora o DEM entrou com uma ação no STF pedindo anulação das cotas. O que motiva um partido como o DEM, qual a conexão entre a ideologia de um partido ou um intelectual como o Magnoli e essa oposição ao sistema de cotas? Qual é a raiz dessa resistência?
Kabengele – Tenho a impressão que as posições ideológicas não são explícitas, são implícitas. A questão das cotas é uma questão política. Tem pessoas no Brasil que ainda acreditam que não há racismo no país. E o argumento desse deputado do DEM é esse, de que não há racismo no Brasil, que a questão é simplesmente socioeconômica. É um ponto de vista refutável, porque nós temos provas de que há racismo no Brasil no cotidiano. O que essas pessoas querem? Status quo. A ideia de que o Brasil vive muito bem, não há problema com ele, que o problema é só com os pobres, que não podemos introduzir as cotas porque seria introduzir uma discriminação contra os brancos e pobres. Mas eles ignoram que os brancos e pobres também são beneficiados pelas cotas, e eles negam esse argumento automaticamente, deixam isso de lado.
Fórum – Mas isso não é um cinismo de parte desses atores políticos, já que eles são contra o sistema de cotas, mas também são contra o Bolsa-Família ou qualquer tipo de política compensatória no campo socioeconômico?
Kabengele - É interessante, porque um país que tem problemas sociais do tamanho do Brasil deveria buscar caminhos de mudança, de transformação da sociedade. Cada vez que se toca nas políticas concretas de mudança, vem um discurso. Mas você não resolve os problemas sociais somente com a retórica. Quanto tempo se fala da qualidade da escola pública? Estou aqui no Brasil há 34 anos. Desde que cheguei aqui, a escola pública mudou em algum lugar? Não, mas o discurso continua. "Ah, é só mudar a escola pública." Os mesmos que dizem isso colocam os seus filhos na escola particular e sabem que a escola pública é ruim. Poderiam eles, como autoridades, dar melhor exemplo e colocar os filhos deles em escola pública e lutar pelas leis, bom salário para os educadores, laboratórios, segurança. Mas a coisa só fica no nível da retórica.
E tem esse argumento legalista, "porque a cota é uma inconstitucionalidade, porque não há racismo no Brasil". Há juristas que dizem que a igualdade da qual fala a Constituição é uma igualdade formal, mas tem a igualdade material. É essa igualdade material que é visada pelas políticas de ação afirmativa. Não basta dizer que somos todos iguais. Isso é importante, mas você tem que dar os meios e isso se faz com as políticas públicas. Muitos disseram que as cotas nas universidades iriam atingir a excelência universitária. Está comprovado que os alunos cotistas tiveram um rendimento igual ou superior aos outros. Então a excelência não foi prejudicada. Aliás, é curioso falar de mérito como se nosso vestibular fosse exemplo de democracia e de mérito. Mérito significa simplesmente que você coloca como ponto de partida as pessoas no mesmo nível.
Quando as pessoas não são iguais, não se pode colocar no ponto de partida para concorrer igualmente. É como você pegar uma pessoa com um fusquinha e outro com um Mercedes, colocar na mesma linha de partida e ver qual o carro mais veloz. O aluno que vem da escola pública, da periferia, de péssima qualidade, e o aluno que vem de escola particular de boa qualidade, partindo do mesmo ponto, é claro que os que vêm de uma boa escola vão ter uma nota superior. Se um aluno que vem de um Pueri Domus, Liceu Pasteur, tira nota 8, esse que vem da periferia e tirou nota 5 teve uma caminhada muito longa. Essa nota 5 pode ser mais significativa do que a nota 7 ou 8. Dando oportunidade ao aluno, ele não vai decepcionar.
Foi isso que aconteceu, deram oportunidade. As cotas são aplicadas desde 2003. Nestes sete anos, quantos jovens beneficiados pelas cotas terminaram o curso universitário e quantos anos o Brasil levaria para formar o tanto de negros sem cotas? Talvez 20 ou mais. Isso são coisas concretas para as quais as pessoas fecham os olhos. No artigo do professor Demétrio Magnoli, ele me critica, mas não leu nada. Nem uma linha de meus livros. Simplesmente pegou o livro da Eneida de Almeida dos Santos, Mulato, negro não-negro e branco não-branco que pediu para eu fazer uma introdução, e desta introdução de três páginas ele tirou algumas frases e, a partir dessas frases, me acusa de ser um charlatão acadêmico, de professar o racismo científico abandonado há mais de um século e fazer parte de um projeto de racialização oficial do Brasil. Nunca leu nada do que eu escrevi.
A autora do livro é mestiça, psiquiatra e estuda a dificuldade que os mestiços entre branco e negro têm pra construir a sua identidade. Fiz a introdução mostrando que eles têm essa dificuldade justamente por causa de serem negros não-negros e brancos não-brancos. Isso prejudica o processo, mas no plano político, jurídico, eles não podem ficar ambivalentes. Eles têm que optar por uma identidade, têm que aceitar sua negritude, e não rejeitá-la. Com isso ele acha que eu estou professando a supressão dos mestiços no Brasil e que isso faz parte do projeto de racialização do brasileiro. Não tinha nada para me acusar, soube que estou defendendo as cotas, tirou três frases e fez a acusação dele no jornal.

Fórum - O senhor toca na questão do imaginário da democracia racial, mas as pessoas são formadas para aceitarem esse mito...
Kabengele - O racismo é uma ideologia. A ideologia só pode ser reproduzida se as próprias vítimas aceitam, a introjetam, naturalizam essa ideologia. Além das próprias vítimas, outros cidadãos também, que discriminam e acham que são superiores aos outros, que têm direito de ocupar os melhores lugares na sociedade. Se não reunir essas duas condições, o racismo não pode ser reproduzido como ideologia, mas toda educação que nós recebemos é para poder reproduzi-la.
Há negros que introduziram isso, que alienaram sua humanidade, que acham que são mesmo inferiores e o branco tem todo o direito de ocupar os postos de comando. Como também tem os brancos que introjetaram isso e acham mesmo que são superiores por natureza. Mas para você lutar contra essa ideia não bastam as leis, que são repressivas, só vão punir. Tem que educar também. A educação é um instrumento muito importante de mudança de mentalidade e o brasileiro foi educado para não assumir seus preconceitos. O Florestan Fernandes dizia que um dos problemas dos brasileiros é o “preconceito de ter preconceito de ter preconceito”. O brasileiro nunca vai aceitar que é preconceituoso. Foi educado para não aceitar isso. Como se diz, na casa de enforcado não se fala de corda.
Quando você está diante do negro, dizem que tem que dizer que é moreno, porque se disser que é negro, ele vai se sentir ofendido. O que não quer dizer que ele não deve ser chamado de negro. Ele tem nome, tem identidade, mas quando se fala dele, pode dizer que é negro, não precisa branqueá-lo, torná-lo moreno. O brasileiro foi educado para se comportar assim, para não falar de corda na casa de enforcado. Quando você pega um brasileiro em flagrante de prática racista, ele não aceita, porque não foi educado para isso. Se fosse um americano, ele vai dizer: "Não vou alugar minha casa para um negro". No Brasil, vai dizer: "Olha, amigo, você chegou tarde, acabei de alugar". Porque a educação que o americano recebeu é pra assumir suas práticas racistas, pra ser uma coisa explícita.
Quando a Folha de S. Paulo fez aquela pesquisa de opinião em 1995, perguntaram para muitos brasileiros se existe racismo no Brasil. Mais de 80% disseram que sim. Perguntaram para as mesmas pessoas: "você já discriminou alguém?". A maioria disse que não. Significa que há racismo, mas sem racistas. Ele está no ar... Como você vai combater isso? Muitas vezes o brasileiro chega a dizer ao negro que reage: "você que é complexado, o problema está na sua cabeça". Ele rejeita a culpa e coloca na própria vítima. Já ouviu falar de crime perfeito? Nosso racismo é um crime perfeito, porque a própria vítima é que é responsável pelo seu racismo, quem comentou não tem nenhum problema.

Revista Fórum - O humorista Danilo Gentilli escreveu no Twitter uma piada a respeito do King Kong, comparando com um jogador de futebol que saía com loiras. Houve uma reação grande e a continuação dos argumentos dele para se justificar vai ao encontro disso que o senhor está falando. Ele dizia que racista era quem acusava ele, e citava a questão do orgulho negro como algo de quem é racista.
Kabengele - Faz parte desse imaginário. O que está por trás dessa ilustração de King Kong, que ele compara a um jogador de futebol que vai casar com uma loira, é a ideia de alguém que ascende na vida e vai procurar sua loira. Mas qual é o problema desse jogador de futebol? São pessoas vítimas do racismo que acham que agora ascenderam na vida e, para mostrar isso, têm que ter uma loira que era proibida quando eram pobres? Pode até ser uma explicação. Mas essa loira não é uma pessoa humana que pode dizer não ou sim e foi obrigada a ir com o King Kong por causa de dinheiro? Pode ser, quantos casamentos não são por dinheiro na nossa sociedade? A velha burguesia só se casa dentro da velha burguesia. Mas sempre tem pessoas que desobedecem as normas da sociedade.
Essas jovens brancas, loiras, também pulam a cerca de suas identidades pra casar com um negro jogador. Por que a corda só arrebenta do lado do jogador de futebol? No fundo, essas pessoas não querem que os negros casem com suas filhas. É uma forma de racismo. Estão praticando um preconceito que não respeita a vontade dessas mulheres nem essas pessoas que ascenderam na vida, numa sociedade onde o amor é algo sem fronteiras, e não teria tantos mestiços nessa sociedade. Com tudo o que aconteceu no campo de futebol com aquele jogador da Argentina que chamou o Grafite de macaco, com tudo o que acontece na Europa, esse humorista faz uma ilustração disso, ou é uma provocação ou quer reafirmar os preconceitos na nossa sociedade.

Fórum - É que no caso, o Danilo Gentili ainda justificou sua piada com um argumento muito simplório: "por que eu posso chamar um gordo de baleia e um negro de macaco", como se fosse a mesma coisa.
Kabengele - É interessante isso, porque tenho a impressão de que é um cara que não conhece a história e o orgulho negro tem uma história. São seres humanos que, pelo próprio processo de colonização, de escravidão, a essas pessoas foi negada sua humanidade. Para poder se recuperar, ele tem que assumir seu corpo como negro. Se olhar no espelho e se achar bonito ou se achar feio. É isso o orgulho negro. E faz parte do processo de se assumir como negro, assumir seu corpo que foi recusado. Se o humorista conhecesse isso, entenderia a história do orgulho negro. O branco não tem motivo para ter orgulho branco porque ele é vitorioso, está lá em cima. O outro que está lá em baixo que deve ter orgulho, que deve construir esse orgulho para poder se reerguer.

Fórum - O senhor tocou no caso do Grafite com o Desábato, e recentemente tivemos, no jogo da Libertadores entre Cruzeiro e Grêmio, o caso de um jogador que teria sido chamado de macaco por outro atleta. Em geral, as pessoas – jornalistas que comentaram, a diretoria gremista – argumentavam que no campo de futebol você pode falar qualquer coisa, e que se as pessoas fossem se importar com isso, não teria como ter jogo de futebol. Como você vê esse tipo de situação?
Kabengele - Isso é uma prova daquilo que falei, os brasileiros são educados para não assumir seus hábitos, seu racismo. Em outros países, não teria essa conversa de que no campo de futebol vale. O pessoal pune mesmo. Mas aqui, quando se trata do negro... Já ouviu caso contrário, de negro que chama branco de macaco? Quando aquele delegado prendeu o jogador argentino no caso do Grafite, todo mundo caiu em cima. Os técnicos, jornalistas, esportistas, todo mundo dizendo que é assim no futebol. Então a gente não pode educar o jogador de futebol, tudo é permitido? Quando há violência física, eles são punidos, mas isso aqui é uma violência também, uma violência simbólica. Por que a violência simbólica é aceita a violência física é punida?

Fórum - Como o senhor vê hoje a aplicação da lei que determina a obrigatoriedade do ensino de cultura africana nas escolas? Os professores, de um modo geral, estão preparados para lidar com a questão racial?
Kabengele - Essa lei já foi objeto de crítica das pessoas que acham que isso também seria uma racialização do Brasil. Pessoas que acham que, sendo a população brasileira uma população mestiça, não é preciso ensinar a cultura do negro, ensinar a história do negro ou da África. Temos uma única história, uma única cultura, que é uma cultura mestiça. Tem pessoas que vão nessa direção, pensam que isso é uma racialização da educação no Brasil.
Mas essa questão do ensino da diversidade na escola não é propriedade do Brasil. Todos os países do mundo lidam com a questão da diversidade, do ensino da diversidade na escola, até os que não foram colonizadores, os nórdicos, com a vinda dos imigrantes, estão tratando da questão da diversidade na escola.
O Brasil deveria tratar dessa questão com mais força, porque é um país que nasceu do encontro das culturas, das civilizações. Os europeus chegaram, a população indígena – dona da terra – os africanos, depois a última onda imigratória é dos asiáticos. Então tudo isso faz parte das raízes formadoras do Brasil que devem fazer parte da formação do cidadão. Ora, se a gente olhar nosso sistema educativo, percebemos que a história do negro, da África, das populações indígenas não fazia parte da educação do brasileiro.
Nosso modelo de educação é eurocêntrico. Do ponto de vista da historiografia oficial, os portugueses chegaram na África, encontraram os africanos vendendo seus filhos, compraram e levaram para o Brasil. Não foi isso que aconteceu. A história da escravidão é uma história da violência. Quando se fala de contribuições, nunca se fala da África. Se se introduzir a história do outro de uma maneira positiva, isso ajuda.
É por isso que a educação, a introdução da história dele no Brasil, faz parte desse processo de construção do orgulho negro. Ele tem que saber que foi trazido e aqui contribuiu com o seu trabalho, trabalho escravizado, para construir as bases da economia colonial brasileira. Além do mais, houve a resistência, o negro não era um João-Bobo que simplesmente aceitou, senão a gente não teria rebeliões das senzalas, o Quilombo dos Palmares, que durou quase um século. São provas de resistência e de defesa da dignidade humana. São essas coisas que devem ser ensinadas. Isso faz parte do patrimônio histórico de todos os brasileiros. O branco e o negro têm que conhecer essa história porque é aí que vão poder respeitar os outros.
Voltando a sua pergunta, as dificuldades são de duas ordens. Em primeiro lugar, os educadores não têm formação para ensinar a diversidade. Estudaram em escolas de educação eurocêntrica, onde não se ensinava a história do negro, não estudaram história da África, como vão passar isso aos alunos? Além do mais, a África é um continente, com centenas de culturas e civilizações. São 54 países oficialmente. A primeira coisa é formar os educadores, orientar por onde começou a cultura negra no Brasil, por onde começa essa história. Depois dessa formação, com certo conteúdo, material didático de boa qualidade, que nada tem a ver com a historiografia oficial, o processo pode funcionar.

Fórum - Outra questão que se discute é sobre o negro nos espaços de poder. Não se veem negros como prefeitos, governadores. Como trabalhar contra isso?
Kabengele - O que é um país democrático? Um país democrático, no meu ponto de vista, é um país que reflete a sua diversidade na estrutura de poder. Nela, você vê mulheres ocupando cargos de responsabilidade, no Executivo, no Legislativo, no Judiciário, assim como no setor privado. E ainda os índios, que são os grandes discriminados pela sociedade. Isso seria um país democrático. O fato de você olhar a estrutura de poder e ver poucos negros ou quase não ver negros, não ver mulheres, não ver índios, isso significa que há alguma coisa que não foi feita nesse país. Como construção da democracia, a representatividade da diversidade não existe na estrutura de poder. Por quê?
Se você fizer um levantamento no campo jurídico, quantos desembargadores e juízes negros têm na sociedade brasileira? Se você for pras universidades públicas, quantos professores negros tem, começando por minha própria universidade? Esta universidade tem cerca de 5 mil professores. Quantos professores negros tem na USP? Nessa grande faculdade, que é a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), uma das maiores da USP junto com a Politécnica, tenho certeza de que na minha faculdade fui o primeiro negro a entrar como professor. Desde que entrei no Departamento de Antropologia, não entrou outro. Daqui três anos vou me aposentar. O professor Milton Santos, que era um grande professor, quase Nobel da Geografia, entrou no departamento, veio do exterior e eu já estava aqui. Em toda a USP, não sou capaz de passar de dez pessoas conhecidas. Pode ter mais, mas não chega a 50, exagerando. Se você for para as grandes universidades americanas, Harvard, Princeton, Standford, você vai encontrar mais negros professores do que no Brasil. Lá eles são mais racistas, ou eram mais racistas, mas como explicar tudo isso?
120 anos de abolição. Por que não houve uma certa mobilidade social para os negros chegarem lá? Há duas explicações: ou você diz que ele é geneticamente menos inteligente, o que seria uma explicação racista, ou encontra explicação na sociedade. Quer dizer que se bloqueou a sua mobilidade. E isso passa por questão de preconceito, de discriminação racial. Não há como explicar isso. Se você entender que os imigrantes japoneses chegaram, nós comemoramos 100 anos recentemente da sua vinda, eles tiveram uma certa mobilidade. Os coreanos também ocupam um lugar na sociedade. Mas os negros já estão a 120 anos da abolição. Então tem uma explicação. Daí a necessidade de se mudar o quadro. Ou nós mantemos o quadro, porque se não mudamos estamos racializando o Brasil, ou a gente mantém a situação para mostrar que não somos racistas. Porque a explicação é essa, se mexer, somos racistas e estamos racializando. Então vamos deixar as coisas do jeito que estão. Esse é o dilema da sociedade.

Revista Fórum – como o senhor vê o tratamento dado pela mídia à questão racial?
Kabengele - A imprensa faz parte da sociedade. Acho que esse discurso do mito da democracia racial é um discurso também que é absorvido por alguns membros da imprensa. Acho que há uma certa tendência na imprensa pelo fato de ser contra as políticas de ação afirmativa, sendo que também não são muito favoráveis a essa questão da obrigatoriedade do ensino da história do negro na escola.
Houve, no mês passado, a II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Silêncio completo da imprensa brasileira. Não houve matérias sobre isso. Os grandes jornais da imprensa escrita não pautaram isso. O silêncio faz parte do dispositivo do racismo brasileiro. Como disse Elie Wiesel, o carrasco mata sempre duas vezes. A segunda mata pelo silêncio. O silêncio é uma maneira de você matar a consciência de um povo. Porque se falar sobre isso abertamente, as pessoas vão buscar saber, se conscientizar, mas se ficar no silêncio a coisa morre por aí. Então acho que o silêncio da imprensa, no meu ponto de vista, passa por essa estratégia, é o não-dito.
Acabei de passar por uma experiência interessante. Saí da Conferência Nacional e fui para Barcelona, convidado por um grupo de brasileiros que pratica capoeira. Claro, receberam recursos do Ministério das Relações Exteriores, que pagou minha passagem e a estadia. Era uma reunião pequena de capoeiristas e fiz uma conferência sobre a cultura negra no Brasil. Saiu no El Pais, que é o jornal mais importante da Espanha, noticiou isso, uma coisa pequena. Uma conferência nacional deste tamanho aqui não se fala. É um contrassenso. O silêncio da imprensa não é um silêncio neutro, é um silêncio que indica uma certa orientação da questão racial. Tem que não dizer muita coisa e ficar calado. Amanhã não se fala mais, acabou.
Essa matéria é parte integrante da edição impressa da Fórum de agosto. Nas bancas.