sábado, 26 de novembro de 2011

PT nao precisa de seminario. Governe!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Diz o meu amigo Miro Borges que o PT fez um importante seminário sobre o marco regulatório da mídia.

Pode ser.

Não estou aqui para discordar do Miro.

Mas, tenho outra perspectiva.

O PT é governo.

Governa o Brasil há nove anos.

Nenhum partido apanhou mais do PiG do que o PT.

E, agora, nove anos depois, o PT faz um seminário.

Seminário para estudar o que?

Pergunte ao Nunca Dantes o que é sofrer na mão do PiG.

Não se ouvir a voz do Nunca Dantes no jornal nacional.

O Alberico editar o debate com o Collor.

O Ali Kamel (mais poderosos que o Alberico, mil vezes) levar a edição de 2006 para o segundo turno (e o desastre da Gol que fique para a Band…).

Pergunte à Dilma como é que o Casal 45 a entrevistou.

Estudar o que?

Seminarar mais o que?

Precisa estudar mais o que?

A Confecom já estudou o que tinha que estudar e propôs o que tem que ser feito.

Alguma dúvida?

Copia a legislação dos Estados Unidos, onde impera o capitalismo selvagem, na sua essência.

O PT governa.

Quem governa tem que mandar uma Ley de Medios para o Congresso e lutar por ela.

E, não, fazer como o Ministro Bernardo, do PT, que foge do seminário do PT.

Por que Bernardo fugiu?

Porque o PT não pode se sentar em torno de uma mesa para governar sobre o PiG (*).

O Nunca Dantes passou 90 minutos do jogo a contemporizar com o PiG (*).

Nos acréscimos, ele pediu ao Franklin para fazer uma Ley de Medios.

O Franklin entregou ao Ministro Bernardo.

Bernardo disse uns desaforos ao Franklin e colocou a Ley de Medios do Franklin embaixo da pilha onde estão sepultadas as Leys de Medios que o Sergio Mota fez para o Farol de Alexandria.

Cascata.

Todo petista, no fundo da alma, gostaria de poder chamar o João de João (João é o primeiro nome de um dos filhos do Roberto Marinho, que, em geral, não têm nome próprio).

Se o PT quer enfrentar o PiG, governe.

Governar significa mandar.

Quem estuda é a oposição.

O PT tem medo da Globo.

O resto é o luar de Paquetá, diria o Nelson Rodrigues, que entendia de luar e da Globo.

Em tempo: é indispensável ler o artigo de Sergio Lirio, na pág. 76 da Carta Capital: “Para ganhar no grito”.

“Regulação da mídia – Como o fantasma da censura invocado constantemente pelos meios de comunicação tornou-se a mais escancarada censura.”

“A mídia brasileira não quer se discutir, nem deixa discutir”, diz o ex-ministro Franklin Martins, que defende uma base para o debate: a Constituição.”

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