sábado, 7 de fevereiro de 2015

Gaúchos garantem qualidade do leite e exigem medidas para enfrentar a crise do setor

Gaúchos garantem qualidade do leite e exigem 
medidas para enfrentar a crise do setor

Entidades, Cooperativas, lideranças e produtores mobilizados



SANTA ROSA - O Leite, considerado um dos alimentos mais importantes da vida dos brasileiros, motoriza uma das cadeias produtivas mais importantes na economia do Rio Grande do Sul. O leite produzido no Noroeste Gaúcho é reconhecido pela sua qualidade, do produtor à mesa do consumidor. A indústria, cooperativa ou não, está próxima ao produtor. 

Grandes investimentos em fomento e qualificação do processo produtivo, em alimentação, genética e manejo do rebanho vem gerando aumento na produção e produtividade. Orientado pro boas práticas, desde a ordenha à indústria, com crescentes tecnologias de rastreabilidade, o leite e seus derivados possuem qualidade garantida, alimentando uma cadeia produtiva com elevada agregação de valor e aportes ao desenvolvimento regional.
O Noroeste Gaúcho tem na produção de leite a sua principal sustentabilidade econômica e um dos maiores fatores de fixação de famílias no campo. Combinado economicamente com as demais cadeias produtivas de alimentos, metalmecânica, móveis, confecções e outros, geram uma matriz produtiva saudável e diversificada para o progresso da região. O vigor maior é aportado econômica, social e ambientalmente pela cadeia produtiva do leite, envolvendo desde a produção e comercialização de insumos, máquinas e equipamentos a montante da produção (negócios antes da produção rural) e no industrialização, transporte, distribuição e comercialização da produção, a jusante (negócios após a produção rural).
A produção está alicerçada num tecido numeroso de produtores, organizados na maioria em cooperativas, que estão combinados com várias indústrias, com operações nacionais e internacionais, destacando CCGL, Br Foods/Carbery e DPA-Nestlê, indústrias de médio porte e uma grande número de indústrias de pequeno porte (onde se incluem as agroindústrias) que atendem a mercados estaduais com grandes impactos na economia dos municípios. 

A Região Noroeste do RS, abrangendo 77 municípios vinculados ao território dos Coredes Celeiro, Fronteira Noroeste, Missões e Noroeste Colonial, responde por aproximadamente 60% da produção de leite do Estado. Abarca aproximadamente 40 mil famílias, com mais de 160 mil agricultores vinculados, considerando a média de 4 pessoas por unidade familiar. A produção de quase 4 milhões de litros por dia, atingindo um faturamento mensal de R$ 103 milhões. Este representa somente ao nível do produtor um faturamento de mais de R$ 1,3 bilhões. 

A região Fronteira Noroeste, com abrangência de 20 Municípios, possui atualmente 11.508 produtores de leite, representando aproximadamente 40.000 pessoas diretamente envolvidas ( média pessoas por Unidade familiar). São produzidos e comercializados 1.062.744 litros de leite por dia, que ao preço médio de R$ 0,86 por litro, representa um faturamento mensal de R$ 27 milhões. Com maior produção diária na região estão os municípios de Santo Cristo com 160.000 lts, Três de Maio com 120.000 lts, Tuparendi com 85.000 lts, Cândido Godói com 81.000 lts e Santa Rosa com 75.000 lts. Estes dados combinados também com fonte na Emater/RS.

Em síntese, o leite se destaca: pela agregação de valor a economia local; incorporação de produtos e serviços de outras cadeias produtivas; absorção de grande quantidade de mão de obra, com geração de oportunidades de trabalho e renda e fixação das famílias rurais no campo; Remuneração de fatores de produção tecnologicamente inovadores nos diversos elos da cadeia (alimentação, genética e sanidade do rebanho, máquinas, processos, formação técnica das pessoas, etc); produção de leite com qualidade e indicadores confirmados pelos laboratórios públicos e privados; bons níveis de rastreabilidade da produção no conjunto da cadeia; elevado impacto no comércio e serviços da região; elevado aporte ao valor adicionado dos municípios e da região; elevadas taxas de reinvestimento na economia local-regional da renda gerada pela cadeia e a atração de novos investimentos; sustenta uma rede de programas e projetos de formação técnico-profissional; um dos mais rígidos sistemas do país em termos de fiscalização sanitária e de controle de qualidade de produto; redução abrupta da informalidade no sistema produtivo.

Solicitações de curto prazo:
• Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário e a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), façam a quisição de leite em pó reduzir os estoques no mercado.
• Imediata liberação de linha de crédito específica para socorrer os produtores de leite, no moldes do crédito emergencial concedido aos agricultores atingidos pela estiagem.
• Ministério do Desenvolvimento Agrário conceder bônus para pagamento dos custeios pecuários vinculados a área do leite.
• Deputados federais a agilidade na tramitação e aprovação do Projeto de Lei – PL 8216/2014, que altera o art. 83 da Lei nº 11.101, de 09/02/2005, da “Lei das Falências”, assegurando prioridade na classificação na ordem dos créditos na falência aos devidos a agricultores familiares pela venda de seus produtos.
• Cobrar a responsabilidade e o comprometimento para com os produtores das indústrias que desfrutam de benefícios fiscais e isenção tributária;

A médio prazo solicitam e propõem:
• Investir na qualificação da imagem e conceito do produto leite e derivados produzidos no Noroeste Gaúcho, com a valoração da certificação de origem e de marca ao produto produzido.
• Investimentos na qualificação da cadeia produtiva do leite e a sua competitividade em mercados nacionais e internacionais.
• Desenvolvimento de programa visando a certificação de origem, sobre a Qualidade Superior do Leite do Noroeste Gaúcho.
• Maior cooperação entre agentes produtivos (produtores e empresários), governos e órgãos de fomento e formação e sociedade, visando qualificação da cadeia produtiva do leite.
• Fomentar a organização cooperativa e associativa entre os operadores integrantes dos elos da cadeia produtiva, em especial, os produtores que são em maior número e diversos.
• Implantar mecanismos de contratualização entre os elos da cadeia de produção, em especial entre indústrias e produtores, indicando sistemas de rastreabilidade da produção.
• Aprimoramento da legislação e das práticas de comercialização, em especial, entre produtores e indústria, ampliando a segurança alimentar e as garantias econômicas entre os elos da cadeia.

Os cenários futuros da cadeia produtiva do leite no Noroeste Gaúcho resultam da combinação, por um lado, das tendências e desafios do sistema que envolve os elos desta cadeia produtiva e as cadeias demais presentes na região. Por outro, o panorama e as projeções sócio-econômicas para as próximas décadas. Isto requer práticas inovadoras nos processos de gestão do desenvolvimento territorial, contemplando o melhor alinhamento estratégico das lideranças e entidades, maior cooperação em torno de um programa de qualificação da competitividade da matriz produtiva, aumento nos investimentos públicos e privados referenciado em projetos sustentáveis, a agregação de valor e a promoção do desenvolvimento.

Contatos:
Conselho Regional de Desenvolvimento – Corede Fronteira Noroeste
Endereço: RS 344, Km 39 - Cx.P. 489 – 98.900.000
Santa Rosa/RS (Câmpus da Unijuí) - Fones: 55-35115200 – 55-99621318
E-mails: coredefn@unijui.edu.br e pedrolb@unijui.edu.br :

Associação dos Municípios da Região da Grande Santa Rosa – AMGSR
Rua Sergipe, 141 - SANTA ROSA - CEP: 98900000
secretaria@amgsr.com.br - Fone: 55-35125774

Cooperativas, Sindicatos, Universidades e Prefeituras do RS.


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