quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

[MÓ] saico (texto de Ita Keiber)


 YES , NÓS TEMOS MÓ!


Mauro de batismo, Mó de benção divina. Ungido com tinta guache, isso sim . Pra nossa sorte se bandeou da fronteira pra se lambuzar de terra vermelha. Era um piazote por suposto, mas chegou destinado a derramar suas cores em nossas camisetas e pendurar seus quadros em nossas salas.

Quando eu e o Dico éramos meninos-grandes ainda, brincando na Santa Cidade, conhecemos o “Mó & Pó”. O Dico envolveu, com “sonoras notas”, alguns de seus poemas e descobrimos , então, uma alma irmã em sonhos e vontades e que se sabia, como nós, imortal.




Hoje, quando retorno e vejo grafitado nas paredes da velha prefeitura, os traços inconfundíveis do filho do Seo Ita, ou quando visito seu atelier-morada na Winck, onde coisas que me passariam a lo largo , desprovidas de importância, não escapam ao seu olhar de artista e estão lá, transformadas em arte, sinto que somos agora velhos-meninos, mais imortais (do) que nunca.


Singelo MÓnossílabo..... tônico, claro, pois 
tem a força criativa que provém da fonte maior.


Então, agradeço a Deus por tê-lo entre meus (poucos) amigos e poder a cada final de dezembro, quando a cigarra canta no mormaço do ligustro, abraçá-lo com meus braços, pois com meu coração, que também é tela pra sua pintura, sou livre para abraçá-lo todos os dias.





Texto: Ita Keiber

Arte: Mó

Local: Prefeitura velha de Santa Rosa / Futuro Centro Cultural








2 comentários:

Ana Elisa disse...

Jóia!

Gerson Rodrigues disse...

Zyk! Jóia????? Fazia tempo que não via esta expressão! Sim, sim.. é do meu tempo sim!...shuahsuhausa..
Bjo.