quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Meios analogicos e digitais seguem a mesma etica, diz ANJ

Pesquisa da entidade mensurou demissões em razão de comentários não apropriados em mídias sociais


Embora as mídias sociais apresentem novos dilemas para o jornalismo, "a ética no jornalismo exercido nas mídias digitais é a mesma dos meios impressos", disse o diretor-executivo da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) em seminário realizado nesta quarta-feira, em São Paulo. O jornalista, a exemplo de qualquer cidadão, não está imune de fazer comentários impulsivos e inapropriados na rede. A diferença é que, mesmo em contas privadas nas mídias sociais, o que se escreve pode atingir a imagem – e a credibilidade – da empresa em que trabalha. "É preciso ter em mente que tudo o que os jornalistas escrevem na rede é público", diz Bárbara Nickel, editora de mídias sociais do grupo RBS. Para o jornalista Marco Chiaretti, a profissão sempre foi "um campo minado". A diferença é a "velocidade do 'espalhamento' das notícias".

Pesquisa da ANJ com 80 jornais do país divulgada no evento mostra que 9% demitiram algum profissional devido a comentários não apropriados nas mídias sociais. O levantamento indica ainda que 68% das redações incentivam o uso das mídias sociais pelos jornalistas. E que 77,5% dos veículos têm políticas sobre comportamento no mundo virtual. No entanto, somente 22,5% dispõem de regras formais e escritas. Em 55% das redações a política sobre o uso é apresentada de maneira informal ou verbal.

O diretor do curso de pós-graduação em jornalismo da ESPM, Eugênio Bucci, ex-presidente da Radiobrás, defendeu um modelo de negócios para as empresas de comunicação na internet no qual elas dependam mais de leitores – com o pagamento de assinaturas, por exemplo – do que de verba de publicidade. Segundo Bucci, os veículos ganharam autoridade na era digital justamente por conta da credibilidade construída nos meios tradicionais.

fonte: www.coletiva.ne

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