quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Cadeia produtiva do leite em discussão

Engajados em planejar estratégias e discutir a cadeia do leite, representantes de Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Emater/RS-Ascar, associação dos municípios, Corede, secretários municipais, produtores de leite e a Fetag RS participaram de reunião realizada nesta quarta-feira (28/01), em Santa Rosa, Noroeste do Estado. Em busca de maior estabilidade no mercado e de disponibilizar um produto de qualidade, estratégias foram traçadas para enfrentar as dificuldades do setor e trazer maior tranquilidade a produtores e a consumidores.

Segundo o presidente da Fetag RS, Elton Weber, adequados à Instrução Normativa 62, os produtores têm fornecido leite de qualidade às indústrias e, destas, esperam comprometimento. “Uma pequena minoria do leite foi detectada com problemas e temos clareza que o leite gaúcho é um dos melhores em qualidade, justamente porque está sendo fiscalizado”, destacou o presidente da Associação dos Municípios da Grande Santa Rosa, prefeito de Santo Cristo José Luís Seger.

Para o presidente do Corede Fronteira Noroeste, Pedro Büttenbender, a problemática do leite não afeta apenas o produtor, mas é um problema de todas as demais cadeias. “A dimensão da cadeia do leite faz com que nossa região seja uma das que mais reinveste recursos na própria cadeia, no município e na região. O leite é um dos principais elementos de fixação das famílias no campo”, afirma.

Elton Weber destaca, também, que é “necessário unir esforços para mostrar a importância e a qualidade do leite produzido aqui, trabalhando de forma interinstitucional e tendo a clareza de que o produto é um dos melhores disponíveis no mercado”.

Por outro lado, o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, na área de manejo animal, engenheiro agrônomo Ivar Kreutz lembra que mais de 17.400 produtores de leite tem vinculação com o mercado nas regiões Fronteira Noroeste e Missões, com uma receita média mensal de 2.500 reais. “Com isso são movimentados por mês na região em torno de 43 milhões e 800 mil reais provenientes da atividade leiteira, sendo que uma crise neste setor afeta a toda a sociedade”, reflete.

Como perspectiva, o assessor parlamentar Volmir Amaral, informou que o Governo Federal deverá liberar, na próxima semana, em torno de R$ 40 milhões para a aquisição de leite em pó no Rio Grande do Sul via programas governamentais de compras institucionais.

As entidades presentes assumiram alguns encaminhamentos como a realização de uma campanha massiva na mídia sobre a importância do consumo de leite e a qualidade do produto no Estado; constituição de um grupo de trabalho interinstitucional na região para manter a discussão permanente sobre a cadeia leiteira; buscar junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário a concessão de bônus para pagamento de custeios pecuários; formalizar via contrato a relação comercial entre produtores e indústrias como forma de trazer maior proteção aos produtores de leite, entre outros.


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