quinta-feira, 17 de julho de 2014

Festival de Arte Cidade de Porto Alegre começa dia 28 de julho

O XXVIII Festival de Arte Cidade de Porto Alegre se inicia dia 28 de julho com exposições, oficinas, palestras e performances


Gestão de arte contemporânea e de espaços de arte, práticas coletivas em artes visuais e profissionalização são alguns dos temas presentes nesta edição


Pensar, discutir, expor, trocar. Estas são as propostas do Festival de Arte Cidade de Porto Alegre que em sua 28ª edição apresenta uma rica programação envolvendo os artistas da cidade. “Atualmente vem-se produzindo cada vez mais informações sobre auto gestão, trabalho em rede, ateliês coletivos nas artes visuais, e foi pensando nos coletivos que criamos a programação para o XXVIII Festival de Artes de Porto Alegre, que inclui palestras, cursos, bate papo e exposição para os ateliês locais compartilharem suas experiências e mostrarem os seus trabalhos. Estas iniciativas não são novas, temos experiências desta natureza que se consolidaram e institucionalizaram ao longo do tempo”, explica Eleonora Fabre, diretora do Atelier Livre Xico Stockinger, que realiza o festival com a Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Coordenação de Artes Plásticas.

Este ano a programação reúne diversos coletivos de artistas em debates sobre gestão de arte contemporânea e de espaços para as artes visuais, produção, profissionalização, práticas coletivas. Oferece cursos e oficinas abrangendo as mais diversas técnicas e enfoques acerca da arte: desenho, fotografia, gravura, pós-produção de um objeto artístico, a importância da documentação do processo, tecnologia, mídias digitais, traçando assim um amplo espectro do que é e que caminhos tomam as artes visuais na atualidade. Confira a programação.

CURSOS / Atelier Livre - 28 de julho a 01 de agosto
14h às 17h

A nuvem como espaço expositivo: produção e prós produção em Artes Visuais

Acervo Independente, com Cadu Peixoto e Joana Burd (Porto Alegre – RS)

Debater o que seria uma pós-produção de um objeto artístico, a importância da documentação do processo e os possíveis meios de veiculação on-line e off-line. A oficina tem como objetivo que o participante inicie um projeto para uma futura apresentação. Cadu Peixoto estudou Publicidade e Propaganda e trabalhava no mercado publicitário no segmento Identidade Visual. Ingressou no Curso de Artes Visuais na UFRGS e trabalha atualmente com desenho, pintura e gravura. Joana Burd é estudante de Artes Visuais e concentra sua pesquisa no diálogo entre escultura, mídias digitais e tecnologia. Participou de exposições coletivas como a IV Bienal de Artes Visuais da UFRJ e I Bienal do Sertão de Artes Visuais


Provocações sobre produção em grupo: vivência prática de um processo coletivo

Bando de Barro, com Adriana Deccache (Porto Alegre – RS)

A ideia é desenvolver um trabalho coletivo tendo como objetivo a concepção, reflexão e pesquisa de uma exposição que parta do princípio da visão do todo ao trabalho individualizado. Adriana Daccache

tem Pós graduação na Faculdade de Educação da UFRGS. Atua como artista visual e professora desde 1996. É coordenadora adjunta da Ação de extensão voltada à inclusão de público especial por meio da prática cerâmica, UFRGS. É integrante do coletivo Bando de Barro, grupo com o qual ganhou o Prêmio Açorianos, ao lado de Rodrigo Nuñez, organizador do Projeto Colunas na exposição Essa Poa é Boa.


Usos práticos da poética serigráfica: impressões para suportes bi e tridimensionais

Projeto Circular/ Universidade Feevale, com Alexandra Eckert (Novo Hamburgo – RS)

A oficina objetiva criar um espaço de interlocução sobre a produção serigráfica através de exercícios práticos em suportes bi e tridimensionais, bem como compreender os diferentes materiais e procedimentos de impressão utilizados na arte contemporânea. Coletivo de arte vinculado à disciplinas do curso de Design Gráfico da Feevale, o Projeto Circular completa seis anos de atuação, participando de exposições e convocatórias de arte no Brasil e exterior, principalmente nas categorias do livro de artista e da arte postal. Alexandra Eckert é bacharel em cerâmica e mestre em poéticas visuais.


Falsa Verdade

Atelier Mascate, com Tiago Coelho, Régis Duarte, Paulo Brum e Denny Chang

(Porto Alegre – RS)


As várias etapas de um ensaio fotográfico, da escolha de elenco, produção de locação, figurino e maquiagem dos fotografados. Vivenciar todos os papéis existentes na “cadeia produtiva” de um ensaio ficcional incluindo o processo de edição e finalização do trabalho.

19h às 22h

Proposições Para Circunstancias Expositivas

Casa Paralela, com Chico Machado, Adriane Hernandez e Thiago Reis (Porto Alegre-RS)


A oficina irá oferecer atividades que possibilitem relações entre objetos em situação expositiva, levando em consideração aspectos visuais, como materialidade, função, uso, maleabilidade, desgaste, cor, tamanho e outros. Além das atividades práticas, serão apresentados referenciais teóricos e artísticos.


Oficina de desenho coletivo (dias 29, 30 e 31 de julho)

Atelier D 43, com Kelvin Koubik e Kjú Galon (Porto Alegre – RS)

Em uma construção coletiva, esta oficina busca trabalhar a prática e teoria em desenho, no cruzamento com outras linguagens artísticas: fotografia, vídeo ou escrita. O Atelier D43 foi criado por Alexandre Copês, Kelvin Koubik e KjÚ Galon juntamente com a coordenadora, artista e professora Teresa Poester, e está vinculado ao projeto de pesquisa Desenho, Gesto e Pensamento: procedimentos gráficos e outras mídias do IA-UFRGS. O grupo se encontra semanalmente na sala 43 do Instituto de Artes, desde 2012. http://atelierd43.com/


Ilustração em quadrinhos, com Rafael Sica (Pelotas – RS)
Considerado um dos mais importantes autores de sua geração, Rafael Sica venceu por duas vezes o Prêmio HQ Mix, nas categorias Novo Talento (2005) e Web Quadrinhos (2009), por seus Quadrinhos Ordinários publicados na internet. Ilustrou o conto “João Sortudo” para a coletânea Irmãos Grimm em quadrinhos (Desiderata, 2007), e publicou uma seleção de 115 de seus quadrinhos ordinários na antologia Ordinário (Cia das Letras, 2011). Em 2009, montou com treze de seus desenhos a lápis a exposição “Cinza-Choque” no Museu do Trabalho, em Porto Alegre. Em 2012 expôs na mostra coletiva “Lista”, na Galeria Logo em São Paulo. Em 2013, participou do Consórcio de Gravuras do Museu do Trabalho com uma gravura em litografia e esteve em exposição individual recentemente no Jabutipê. Publicou o álbum Tobogã (Narval, 2013) pelo selo da coleção 1000. No ano de 2014 publicou Novela (BebelBooks) e FIM – Fácil e Ilustrado Manifesto (Beleléu).


Incursões noturnas: a fotografia em situações obscuras (de 28 de julho a 1 de agosto)

Plataforma espaço de criação, com Lizângela Torres (Porto Alegre – RS)

O espaço noturno como método de construção de um repertório visual através de fotografia, vídeo, texto e objeto. A fotografia será analisada como veículo que possibilita o acesso à noite, zona de indeterminação da qual advém a imagem e pela qual o outro é arremessado na duração fugidia de sua experiência.


PALESTRAS / De 28 a 31 de julho na Sala Álvaro Moreyra, das 19h às 21h
28 de julho

Agenciamento de experiências colaborativas no espaço universitário
Palestrantes: Alexandra Eckert (Projeto Circular) e Teresa Poester, Kelvin Koubik e Kjú Galon (Atelier D43) / Mediadora: Maria Amélia Bulhões

O Projeto Circular tem como questão principal ser um espaço de experimentação e aprofundamento da prática serigráfica, reunindo acadêmicos, professores e egressos dos cursos de Artes Visuais na Universidade Feevale. O ponto comum entre os participantes do atelier D43 é a consciência do desenho como registro gestual e a preocupação de investigar suas possibilidades em cruzamento com outras linguagens artísticas.


29 de julho

Práticas coletivas em Artes Visuais, com Maria Amélia Bulhões

Atelier Livre da Prefeitura: Grupos de Artistas, com Ana Pettini



30 de julho

Curatoria Forense - rede de gestões autônomas em arte contemporânea

Mediação: Maria Amélia Bullhões

Palestrantes: Jorge Sepúlveda (Chile) e Ilze Petroni (Argentina)

Organização: Denis Rodriguez

Uma importante reflexão sobre as diferentes formas de compreender a autonomia e analisar suas relações e tensões com as instituições artísticas. Os modelos de gestão que operam de forma autônoma na América do Sul, as formas como "cena local" e "gestão independente" vem organizando e potencializando os esforços de artistas e gestores, favorecendo a criação e o fortalecimento de vínculos e gerando acordos táticos e alianças estratégicas. Todos esses assuntos serão trazidos à tona com a experiência dos palestrantes.

Jorge Sepúlveda é curador independente e crítico de arte. Foi curador e conselheiro de mais de 25 exposições individuais e coletivas de artistas plásticos sul-americanos e em 2005 criou o grupo de trabalho Curatoría Forense. Editou a Revista Digital de Arte e Ciências Sociais Sepiensa, proferiu conferências e seminários sobre arte contemporânea em várias instituições e espaços de arte da Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile, Equador, França, Itália, México, Uruguai e Venezuela. É membro fundador e coordenador da Rede de Gestões Autônomas de Arte Contemporânea - América Latina (www.gestionautonomadearte.net). Em 2013 fundou, junto com Ilze Petroni, o projeto editorial homônimo com o qual editou livros sore gestão de artes visuais contemporâneas e políticas culturais.

A argentina Ilze Petroni é pesquisadora de arte contemporânea, Doutora em Artes pela Universidade Nacional de Córdoba. Participou de vários encontros acadêmicos nacionais e internacionais. Recebeu duas bolsas do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) entre 2008 e 2012. Desde 2009, é coordenadora da Curatoría Forense e desde 2012 é membro fundador e coordenadora da Rede de Gestões Autônomas de Arte Contemporânea - América Latina


31 de julho

Coletivos e Espaços Autogestionados: práticas artísticas na América Latina

Mediadora: Maria Amélia Bulhões

Palestrante: Claudia Paim

Serão abordados alguns coletivos e espaços observando seus modos de fazer ao atuarem fora dos tradicionais lugares de arte, inventando e ativando outros espaços e possibilidades de ação. Claudia Paim tem mestrado e doutorado em artes visuais na UFRGS. É professora adjunta de Poéticas Visuais no Curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande, graduação e pós-graduação. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em História Teoria e Crítica da Arte, atuando principalmente nos temas: arte contemporânea, intervenções urbanas, videoarte, cinema experimental, América Latina, iniciativas de artistas e coletivos. Como artista tem trabalhos em vídeo, performance, instalações e fotografia.


BATE PAPO e APRESENTAÇÃO DE TRABALHO – Auditório do Atelier Livre, das 17h às 19h

28 de julho

Distensões da experiência: a pintura como zona de aporte


Apresentação da pesquisa desenvolvida pelo artista Clóvis Martins Costa acerca do cruzamento de procedimentos na construção do campo pictórico, através de processos que envolvem a experiência em um território específico e sua distensão através da fotografia e do contato entre superfícies.


29 de julho

Atelier Subterrânea – Lilian Maus (Porto Alegre – RS)


O Atelier Subterrânea, gerido por Lilian Maus, Túlio Pinto, James Zortéa, Guilherme Dable e Gabriel Netto, apresenta experiências realizadas ao longo dos oito anos de atividade como espaço artístico independente em Porto Alegre. Na palestra serão enfatizadas as estratégias de sobrevivências, a formação de arquivo, as parcerias institucionais e a formação de redes, além do caráter experimental do espaço.


30 de julho

Plataforma Espaço de Criação - Marcos Sari (Porto Alegre – RS)

O encontro se propõe a uma apresentação sobre a recente produção do artista que fará comentários e relações entre as imagens de sua produção permeadas por perguntas e intervenções dos participantes. Ao final será aberta uma conversa sobre percepções individuais.


31 de julho

Atelier Mascate / Tiago Coelho, Régis Duarte, Paulo Brum e Denny Chang (Porto Alegre – RS)


Será apresentado o processo criativo do Barraco Estúdio, espaço multidisciplinar que dialoga com a moda, a fotografia, o design e a arte contemporânea. Também será mostrado o processo de curadoria da Galeria Mascate, integrante do estúdio.


ATIVIDADES DO COLETIVO CONTORNO: Fronteira em Chamas/
Estacionamento do CMC, das 15h às 18h

28 de julho

A normatização de diferentes Estados origina procedimentos conflituosos e de delitos. A ideia dessa atividade é colocar peças dispostas como num jogo, questionando as noções de territorialidade e nacionalidade e a validade de códigos e valores locais, regionais e universais. As atividades são compostas pelos seguintes passos:

- Mala perdida: achar malas e mapas de instruções que estarão escondidos no Atelier Livre;

- Cadastro: pintar com giz os contornos de corpos no piso do estacionamento do CMC, criando um painel. Esta atividade é requisito para seguir na brincadeira;

- Travessia clandestina: o trailer Contorno* se transforma num grande espaço penetrável, onde um paramilitar controla a entrada dos participantes, que deverão entrar descalços. Experiência sensorial;

- Desenho do desejo: o trailer será revestido com desenhos alusivos à desejos de liberdade.



01 de agosto

Trailer em chamas

Experiência sensorial direta de grande impacto visual. Encerra o festival.

A Contorno é um atelier móvel que realiza exposições, produz livros e filmes. É uma editora, galeria de arte, uma produtora, uma cooperativa de artistas que busca produzir valor e intervir num certo campo cultural, em âmbito local, regional, nacional e internacional. A ideia é dinamizar e trazer alternativas à produção e circulação de arte. Com dois anos de atividades, publicou cinco livros independentes e prepara seu primeiro livro com financiamento público, com lançamento previsto para setembro 2014. Realizou duas exposições: Tiro ao alvo,na Usina do Gasômetro e Horizonte à venda, na Casa de Cultura Mario Quintana, ambas em Porto Alegre/RS. Entre os projetos pro futuro próximo estão as participações na segunda edição da Parada Gráfica, dias 26 e 27 de julho no Museu do Trabalho; happening no Festival de Inverno do Atelier Livre; a exposição Corpo Presente, na Galeria Lunara, em agosto e ainda uma exposição no Atelier Subterrânea, também em agosto. Integram o coletivo os artistas: Daniel Eizirik, Denis Rodriguez, João Kowacs e Leonardo Remor.


LANÇAMENTO DE LIVRO / 30 de julho na Sala Álvaro Moreyra, às 21h
Diretório de gestões autônomas de artes visuais contemporâneas – Latinoamericano/ livro de Jorge Sepúlveda (Chile) e Ilze Petroni (Argentina)


SERVIÇO

XXVIII Festival de Arte Cidade de Porto Alegre

28 de julho a 01 de agosto de 2014


Inscrições para as atividades: 21 a 28 de julho

SOMENTE no Atelier Livre Xico Stockinger nos seguintes horários:

Manhã: 9h às 12h/ Tarde: 14h às 18h / Noite: 19h às 21h


Obs:

· A efetivação da inscrição do curso escolhido será mediante a apresentação do comprovante de depósito efetuado no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais).


Exposição XXVIII Festival de Arte de Porto Alegre

Obra dos artistas integrantes dos coletivos participantes

Saguão Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues

25 de julho a 01 de agosto


Mais informações: http://atelierlivre.wordpress.com

(51) 3289 - 80 57 ou 3289 – 80 58

alivre@smc.prefpoa.com.br


[BB gracias]


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