terça-feira, 27 de agosto de 2013

Como lidar com a morte

Mestre em tanatologia explica como lidar com a morte

VI Semana Acadêmica de Psicologia da SETREM abordou a Tanatologia e como as pessoas devem trabalhar a perda, o luto e a morte


Você sabe como lidar com a morte, com a dor, com o luto? Está preparado para aceitar o fim da vida e todo o aparente sofrimento que ele causa? Foi para falar sobre este tema polêmico que o mestre em Tanatologia Aroldo Escudeiro participou da VI Semana Acadêmica de Psicologia da Sociedade Educacional Três de Maio (SETREM). Escudeiro abordou a temática durante duas noites para o público formado por professores, acadêmicos de psicologia enfermagem e comunidade em geral. A atividade aconteceu no Auditório 526, no campus, e foi organizada pelas acadêmicas do 10º semestre.

Entre tantas definições que variam entre o fim, o recomeço, a dor, saudade, a ausência, perda, transição, a partida, a esperança, apenas uma certeza: da morte não escaparemos! E sob ela pairam dor, distanciamento, aceitação. “A morte é a maior educadora que existe. Ela ensina pela dor. A morte é uma necessidade, está contida na vida. Cada dia que vivemos é um a mais perto da morte”, resumiu Escudeiro.

Na atividade realizada na primeira noite, na quinta-feira, 22, o mestre explicou que a perda é a pior experiência que existe. Escudeiro salientou que o trabalho do luto é um processo psicológico que visa a retirada do apego e a elaboração da dor pela perda. “A perda significa privação de alguma coisa e está relacionada a um estado de luto, processo pelo qual a tristeza será resolvida”, afirmou, acrescentando que cada pessoa tem o seu jeito próprio de viver o luto e que esse sentimento deve ser extravasado e não reprimido. “Não devemos evitar o choro, a tristeza, ou a revolta. Devemos sim viver esse momento do modo que achamos melhor, do modo que fará nos sentir melhor”, orienta.

O mestre sugeriu também que os adultos não escondam a morte das crianças. “A verdade é sempre melhor. Explicar que alguém virou anjo, estrelinha ou foi para junto de Deus, só vai adiar o problema. A criança tem o direito de saber sobre a morte. Assim, ela poderá encarar melhor a sua realidade”, afirmou.

Na noite de sexta-feira, 23, foi realizada uma roda de conversa que envolveu, além de Escudeiro, os profissionais Jean Stumpf Zanette, médico intensivista do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), Fabiane Freoder, assistente social do Lar de Acolhimento de Idosos, Jacinta Spies, professora da SETREM e enfermeira do Hospital Vida e Saúde, com a mediação de Evandir Barasuol, psicóloga e professora da SETREM. O momento serviu como uma troca de experiências vivenciadas pelos profissionais em seus ambientes de trabalho. “Foram dois dias intensos que mexeram com o público, onde o tema central – a morte - é abordado muito pouco em nosso meio. Diante dessa constatação, nós profissionais da saúde, poderemos trabalhar a morte de uma forma mais humanizada. Essas noites de discussão sobre o tema desmistificou alguns conceitos e medos sobre a morte, pois ela certamente chegará para todos nós”, concluiu a coordenadora do curso de Psicologia da SETREM, Lílian Winter.

Para saber mais sobre a morte, acesse: http://www.redenacionaldetanatologia.psc.br/


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