sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Brasil registra o menor desemprego da história

Contratações nos setores de serviços e de comércio, aliadas à manutenção dos postos de trabalho na indústria, contribuíram para o índice do IBGE encerrar 2012 em 5,5%


Contratações nos setores de serviços e de comércio, aliadas à manutenção dos postos de trabalho na indústria, contribuíram para o índice do IBGE encerrar 2012 em 5,5%
Rio - O Brasil fechou 2012 com a menor taxa de desemprego da série histórica, iniciada em março de 2002, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em um ano de fraco desempenho da economia, que cresceu apenas 1%, o país conseguiu chegar a uma taxa média de 5,5%. No mês de dezembro, o percentual caiu para 4,6%, ante 4,9% de novembro do ano passado.

O principal responsável pelo baixo nível de desemprego foi o setor de serviços. Outra contribuição veio pela retenção de mão de obra, principalmente pela indústria. A política do governo de isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), em 2012, para alguns setores previa a manutenção do emprego.

Para Fabio Giambiagi, mestre em Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a leitura sobre os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada ontem pelo IBGE, pode até ser otimista, mas o reverso da moeda mostra a face de um péssimo comportamento da produtividade. Ele explica que, para a indústria, o custo de demissões é grande, sendo melhor manter a mão de obra represada nas empresas do que ir em busca da força de trabalho, quando a demanda voltar a se aquecer.

“Isso indica uma certa anomalia. Hoje, a indústria deve estar aguardando a demanda aumentar e segura o empregado. Isso é uma acomodação. Em 2009, tivemos algo parecido. O comportamento ruim da produção é razoável para o mercado de trabalho. Foi um ano de fraca produtividade. Mas em 2010, o que se viu foi um crescimento forte, mas com as pessoas já empregadas. Isso pode vir a se repetir em relação a 2012 e 2013, sendo que não será um crescimento exuberante, como o de 2010”, detalha.

O percentual de trabalhadores com carteira assinada passou de 48,5% em dezembro de 2011 para 49,2% em dezembro de 2012 (11,3 milhões).

Com informações d' O Dia Online


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