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| Professor Paulo Leal, coordenador do Sebo Café de Santo Ângelo. |
Criado em 2006, em Santo Ângelo, o grupo Sebo Café se reúne todos os sábados das 10hs às 11hs e promete revolução em estudos sobre o comportamento humano. A seguir uma conversa com Paulo Leal, coordenador do grupo.
Pessoas que se reúnem com objetivo de entender o funcionamento da inteligência humana (e dos demais seres). Os estudos iniciaram a partir das investigações feitas por Kant sobre juízos, na Crítica da Razão Pura, mas hoje, com as novas descobertas, o grupo segue por conta própria.
E quais foram essas descobertas?
Descobrimos que a inteligência humana está assentada em um sistema de sentidos e em um sistema moral. O primeiro é funcional e permite a existência da vida. O segundo é relacional e muda de acordo com o meio em que vive o homem, mas é o de sentidos que determina a índole humana ao constituir relações a partir de experiências, positivas ou negativas, do meio em que ele vive.
E o que tem isso de importante para ser revolucionário?
Essa descoberta permite a separação entre inteligência de sentidos (que é autônoma) e inteligência moral (ou de ideias) para apartar os relacionamentos utilizados pelo homem para pensar, que em última análise, constituiu aquilo que denominamos civilização.
E como vocês chegaram a essa conclusão?
Ao tentar entender como foi possível ao Mbyá-guarani (os mbiás ou embiás são um subgrupo do povo guarani que habita a região meridional da América do Sul) ter erradicado a violência entre eles. Descobrimos que diferentemente do que ocorre nas demais culturas, suas crianças não engatinham e ficam permanentemente no colo de alguém até firmarem as pernas para andarem no mundo por conta própria. Esse contato corporal serve de base na constituição do acervo de relacionamentos da inteligência de sentidos, vinculando-os de tal forma ao outro a ponto de interditar a violência.
E a questão da miséria?
O ser humano não é “bom” ou “mau” por conta da riqueza ou pobreza e sim por conta das experiências que constroem a Inteligência de sentidos e que servem de base na constituição da inteligência moral. O Mbyá-guarani vive na mais absoluta pobreza dando prova de que ela não é causa da violência como equivocadamente pensamos.
Como participar do grupo de estudos?
Descobrimos que a inteligência humana está assentada em um sistema de sentidos e em um sistema moral. O primeiro é funcional e permite a existência da vida. O segundo é relacional e muda de acordo com o meio em que vive o homem, mas é o de sentidos que determina a índole humana ao constituir relações a partir de experiências, positivas ou negativas, do meio em que ele vive.
E o que tem isso de importante para ser revolucionário?
Essa descoberta permite a separação entre inteligência de sentidos (que é autônoma) e inteligência moral (ou de ideias) para apartar os relacionamentos utilizados pelo homem para pensar, que em última análise, constituiu aquilo que denominamos civilização.
E como vocês chegaram a essa conclusão?
Ao tentar entender como foi possível ao Mbyá-guarani (os mbiás ou embiás são um subgrupo do povo guarani que habita a região meridional da América do Sul) ter erradicado a violência entre eles. Descobrimos que diferentemente do que ocorre nas demais culturas, suas crianças não engatinham e ficam permanentemente no colo de alguém até firmarem as pernas para andarem no mundo por conta própria. Esse contato corporal serve de base na constituição do acervo de relacionamentos da inteligência de sentidos, vinculando-os de tal forma ao outro a ponto de interditar a violência.
E a questão da miséria?
O ser humano não é “bom” ou “mau” por conta da riqueza ou pobreza e sim por conta das experiências que constroem a Inteligência de sentidos e que servem de base na constituição da inteligência moral. O Mbyá-guarani vive na mais absoluta pobreza dando prova de que ela não é causa da violência como equivocadamente pensamos.
Como participar do grupo de estudos?
Nos reunimos todos os sábados, das 10 às 11hs. Temos também informações sobre o grupo em nossa página www.sebocafe.com.br
Da Redação:
Entrevista publicada na edição nº 36 da Revista Afinal, página 20.
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