terça-feira, 24 de julho de 2012

2013 tambem nao sera facil

Pelo andar da carruagem na Europa, USA e China, não teremos um 2013 fácil. Por isso, apesar da certeza em relação ao fato de que no segundo semestre haverá uma retomada das atividades econômicas – fruto de uma série de medidas que o governo tomou até aqui – não podemos ficar de braços cruzados, esperando que essas medidas surtam seus efeitos. Agindo assim, estaríamos incorrendo em erro grave de avaliação.

Precisamos continuar tomando uma série de decisões em relação a questões como baixar os custos da energia, melhorar os transportes e reduzir impostos. São medidas importantes para dinamizar a economia, o que deve incluir o aumento dos investimentos públicos. O governo também deve investir em melhorias na área de gestão e ter uma preocupação específica com as exportações. Tenho sugerido – e insisto, pois julgo essencial – a criação do Eximbank brasileiro e a retomada da integração sul americana.

Por mais importantes que tenham sido as medidas adotadas até agora, precisamos avançar. As decisões que devem ser tomadas, de caráter político, envolvem o Congresso Nacional, partidos, empresários e sindicatos de trabalhadores. As greves e as pressões sobre o governo indicam a necessidade de uma pactuação política sobre as próximas medidas e ou reformas, sem falar nas reformas trabalhista e/ou previdenciária.

Crise no 1º semestre foi feia

A gravidade da situação enfrentada pelo país no primeiro semestre deste ano pode ser aferida pelos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, do Ministério do Trabalho (MTE). O emprego com carteira assinada caiu quase 26% (25,9%, na verdade) de janeiro a junho. O percentual corresponde a uma diminuição de 366 mil vagas abertas no mercado de trabalho.

Junho manteve a tendência de redução: foram abertos 44% postos formais a menos do que em maio – o equivalente a 121 mil vagas.

Como vocês podem ver, a situação está difícil. Mesmo com a expectativa de uma retomada no nível da atividade econômica agora, a perspectiva para frente é cada vez mais difícil. Por isso é que eu insisto na necessidade de aprofundar as ações econômicas e também pensar em uma ampla ação política visando sensibilizar o conjunto da sociedade brasileira para o enfrentamento da crise.

fonte: Blog do Zé

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