Precisamos continuar tomando uma série de decisões em relação a questões como baixar os custos da energia, melhorar os transportes e reduzir impostos. São medidas importantes para dinamizar a economia, o que deve incluir o aumento dos investimentos públicos. O governo também deve investir em melhorias na área de gestão e ter uma preocupação específica com as exportações. Tenho sugerido – e insisto, pois julgo essencial – a criação do Eximbank brasileiro e a retomada da integração sul americana.
Por mais importantes que tenham sido as medidas adotadas até agora, precisamos avançar. As decisões que devem ser tomadas, de caráter político, envolvem o Congresso Nacional, partidos, empresários e sindicatos de trabalhadores. As greves e as pressões sobre o governo indicam a necessidade de uma pactuação política sobre as próximas medidas e ou reformas, sem falar nas reformas trabalhista e/ou previdenciária.
Crise no 1º semestre foi feia
A gravidade da situação enfrentada pelo país no primeiro semestre deste ano pode ser aferida pelos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, do Ministério do Trabalho (MTE). O emprego com carteira assinada caiu quase 26% (25,9%, na verdade) de janeiro a junho. O percentual corresponde a uma diminuição de 366 mil vagas abertas no mercado de trabalho.
Junho manteve a tendência de redução: foram abertos 44% postos formais a menos do que em maio – o equivalente a 121 mil vagas.
Como vocês podem ver, a situação está difícil. Mesmo com a expectativa de uma retomada no nível da atividade econômica agora, a perspectiva para frente é cada vez mais difícil. Por isso é que eu insisto na necessidade de aprofundar as ações econômicas e também pensar em uma ampla ação política visando sensibilizar o conjunto da sociedade brasileira para o enfrentamento da crise.
fonte: Blog do Zé
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