quinta-feira, 10 de maio de 2012

Os destaques do Premio Acorianos

Como já se podia mais ou menos esperar, Filipe Catto foi o grande vencedor do Prêmio Açorianos de Música 2011/2012. 


Filipe Catto recebeu três prêmios no Açorianos 2012.
O jovem (23 anos) cantor e compositor saiu do Theatro São Pedro, ontem à noite, com três troféus: melhor intérprete de MPB, melhor disco de MPB por “Fôlego”, e disco do ano entre todas as categorias. Radicado em São Paulo desde o fim de 2010 (ano em que conquistou o Açorianos de revelação), foi logo conquistando público e espaços na mídia e rapidamente tornou-se um nome nacional. E está apenas no início da carreira. Não tenho dúvidas de que será uma estrela de primeira grandeza, pois tem enorme talento, muita qualidade, carisma, e mantém os pés no chão.

Também Vagner Cunha, grande revelação da música erudita gaúcha, recebeu três prêmios pelo disco “Mahavidyas”: compositor, disco e instrumentista (para Cristina Capparelli e Ney Fialkow). Com dois troféus, foram contemplados Tonho Crocco, compositor e disco pop pelo álbum “O Lado Brilhante da Lua”; o grupo Sinuca de Bico, revelação e instrumentista para Leonardo Boff pelo disco “Tá Todo Mundo Errado, Menos Eu”; e Paulinho Supekovia, disco instrumental me compositor por “Imagens”. 

Especialmente ecumênica, a festa de entrega foi uma das mais bem produzidas da história do Açorianos, o palco dominado apenas por um luminoso com o nome “Elis” e um telão de alta definição. Com excelente timing e discursos reduzidos ao mínimo, desfilaram os vencedores e os agraciados especiais ante uma platéia atenta e várias vezes reverente, como nas homenagens ao imenso Plauto Cruz (chegou em cadeira de rodas), a Luiz Carlos Borges (mais importante compositor da música regional gaúcha), a Antonio Augusto Fagundes (pelos 30 anos do programa “Galpão Crioulo, do qual se despediu no último domingo) e ao Conjunto Farroupilha (representado por um de seus fundadores há mais de 60 anos, o maestro Tasso Bangel). E a marca musical da noite foram sucessos de Elis interpretados por cantores como Serginho Moah, Nelson Coelho de Castro, Adriana Deffenti, Renata Adegas, Gelson Oliveira, Loma, Dudu Sperb.

A Coordenação de Música da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre merece mais uma vez parabéns pela forma profissional com que vem conduzindo o Prêmio Açorianos. A relação integral dos premiados é esta:

■ Disco do ano – “Fôlego”, de Filipe Catto
■ DVD do ano – “Bloco na Rua”, dos Papas da Língua
■ Espetáculo do ano – “Tãn-Tango”, de Hique Gomez
■ Disco de MPB – “Fôlego”
■ Disco Pop – “O Lado Brilhante da Lua”, de Tonho Crocco
■ Disco Erudito – “Mahavidyas”, de Vagner Cunha
■ Disco Instrumental – “Imagens”, de Paulinho Supekovia
■ Disco Regional – “# Buenas¬_2”, de Buenas e m’Espalho
■ Disco Infantil – “Canções do Livro das Crianças Perdidas”, de Cláudio Levitan
■ Revelação – Grupo Sinuca de Bico, por “Tá Todo Mundo Errado, Menos Eu”
■ Compositor MPB – Jerônimo Jardim, por “De Viva Voz”
■ Compositor Pop – Tonho Crocco
■ Compositor Erudito – Vagner Cunha
■ Compositor Instrumental – Paulinho Supekovia
■ Compositor Regional – Airton Pimentel, por “Léguas de Milongas”
■ Intérprete MPB – Tonho Crocco
■ Intérprete Pop – Ana Krüger, do grupo Delicatessen, por “Goodnight Kiss”
■ Intérprete Erudito – Fernando Cordella, por “Cravos, de Frescobaldi a Mozart”
■ Intérprete Regional – Joca Martins por “25 Anos”
■ Arranjador – Ângelo Primon e Richard Serraria por “Pampa Esquema Novo”
■ Produtor – Beto Callage e Carlos Badia por “Goodninght Kiss”
■ Instrumentista MPB – Leonardo Boff, em “Tá Todo Mundo Errado, Menos Eu”
■ Instrumentista Pop – Gambona, em “Bourbon Blues”, de Gambona e Ale Ravanello
■ Instrumentista Erudito – Cristina Capparelli e Ney Fialkow em “Mahavidyas”
■ Instrumenta no gênero Instrumental – Adolfo Almeida Jr, em “Música Pra Ouvir Sentado”, de Arthur de Faria e Seu Conjunto
■ Instrumentista Regional – Lucio Yanel, em “Folclore Argentino”.
■ Projeto gráfico – Gustavo Demarchi por “The 25th Aniversary Box Set”, da banda Apocalypse

Homenageado do ano – Conjunto Farroupilha, pelo conjunto da obra
Menções especiais – Banda Apocalypse (25 anos), Galpão Crioulo (30 anos), Luiz Carlos Borges (50 anos de carreira), Plauto Cruz (60 anos de carreira) e Luiz Osvaldo Leite (representatividade histórico-musical)

Foto de Filipe Catto por Carolina Bittencourt

fonte: Juarez Fonseca (no Facebook)

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