domingo, 18 de março de 2012

Gentileza gera gentileza

Escute as conversas ao seu redor — colegas no escritório, clientes na fila da cafeteria, aqueles que te servem, aqueles a quem você serve, as pessoas que você conhece a cada dia. “Dê-me um café com leite.” “Passe-me aquele martelo.” Notou alguma coisa faltando? As tradicionais palavras mágicas “por favor” e “obrigado” que muitas pessoas aprendem quando crianças parecem estar desaparecendo.

Lisa Gache, co-fundadora do Beverly Hills Manners em Los Angeles, notou o gradual desaparecimento da linguagem cortesa. Ela culpa o problema no coloquial. “A lenta erosão das ‘palavras mágicas’ no nosso dia-a-dia vernacular”, diz Gache, que treina pessoas para serem mais civilizadas, “tem a ver com a predileção à todas as coisas casuais na nossa sociedade hoje. Conversas descontraídas, vestuário casual e comportamento casual sequestraram praticamente todas as áreas da vida, e eu acho que isso não está ajudando ninguém”.

Outras frases educadas também parecem estar caindo no esquecimento. “Seja bem-vindo”, por exemplo. Dizer “obrigada” a alguém e ao invés de ouvir “de nada”, é mais provável que você ouça: “claro”, “sem problema”, “pode apostar”, ou uma longa lista de respostas que substituem o tradicional “de nada”.

Ao invés de dizer “obrigado”, as pessoas dizem “valeu”, ou mais frequentemente não dizem nada. E no lugar de dizerem “não, obrigado”, reações como “tô bem” são cada vez mais comuns. “Respostas como ‘tô bem’ e ‘pode apostar’ não carregam o mesmo sentimento ou transmitem a mesma convicção de quando estamos sinceramente expressando nossa gratidão”, diz Gache. “Elas parecem menos francas, quase como se fossem dolorosas para serem proferidas.”

Então, estamos apenas encontrando novas formas de dizer velhas frases educadas? As boas maneiras estão apenas mudando? Ou elas estão simplesmente sumindo?

Leia a matéria na íntegra aqui.

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