SOCIEDADES – CONCÓRDIA E CULTURAL
João Jayme Araujo
Bloco de Subtenentes e Sargentos da Guarnição de Santa Rosa – [esq p/ direita] Meneghel (pai da Xuxa),
Campanaro, Macedo, Atos, Euclides, (...), Jardim, João Tito, Bretas, Juarez,
João Lopes.
Na década de 50 os clubes sociais mais destacados na cidade eram o Concórdia e o Cultural.
Tornaram-se entidades sociais pela evolução ou involução dos
tempos. Vejamos: Sociedade Lirica
Concórdia.
Lira – instrumento musical de cordas em forma de U.
Lírica: Poesia lírica.
Lírico – diz-se do gênero de poesias em que se cantam
emoções e sentimentos íntimos.
2 – sentimental – 3 – relativo à ópera. (Mini Aurélio – 4ª
Edição - 2001).
Lembro vagamente que um tio meu DORALINO LEUSIN, que para lá
ia, de vez em quando, levando seu violino a tiracolo.
De igual sorte, outro tio QUIRINO KOCH e seu pai - FELIPE, -
também atravessavam a rua para, no (a)
Concórdia ensaiarem algum tipo ou gênero de música.
Com objetivos similares fundou-se a SOCIEDADE CULTURAL.
Referentemente ao (à)
Cultural, encontramos:
“ Movimento
Cultural
"Conquanto Santa
Rosa esteja ainda na infância, conta com uma pleayde de idealistas e
estudiosos, que muito vêm se esforçando para elevar o nível cultural do povo
santarosense e o próprio nome da comuna no conceito dos municípios mais velhos
e adeantados.
Dentre os propósitos: Promover e despertar entre seus
associados o interesse pelas sciencias, arte, literatura, bem como o estimular
o civismo e a cultura.
Contava com os Departamentos de Cultura Scientifica e Philosofica; de Cultura
Litterária e Cívica; Cultura Artística e Cultura Physica.” (Fernando Albino da
Rosa, in Centenário Farroupilha.)
Ambas serviram de alojamento, quando aqui chegaram os
militares com a instalação do 1º Regimento de Cavalaria Transportada.
Com o tempo apareceu o antagonismo.
Julgo, também, que porque a sociedade Concórdia contasse nos
seus quadros com pessoas descendentes de imigrantes, a intelectualidade da época numa rusga bem comum em cidades
interioranas, houve como que uma separação entre as duas.
A Cultural sendo, segundo se dizia dos caixas-altas, também
trouxe para o seu seio a oficialidade da unidade do Exército brasileiro, aqui
aportada.
Na época a oficialidade era completamente separada das
praças.
Para permanecer num recinto em que estivessem oficiais, os
sargentos, por exemplo, deveriam se apresentar e pedir permissão para ali
permanecer.
Talvez, por essa causa, houve uma cisão nos clubes Concórdia
e Cultural.
Os oficiais freqüentavam a Cultural.
Os Sargentos, a
Concórdia.
Estes, menos formais se faziam presente, principalmente, nos
bailes de carnaval com blocos formados para tal.
“ Velhos tempos, belos dias”...
DA REDAÇÃO:
A propósito da ampla discussão que mobiliza setores culturais de Santa Rosa, sobre a preservação de prédios antigos, históricos e com uma retrospectiva importante no desenvolvimento social e cultural da comunidade local, publicamos aqui texto do Sr. João Jayme Araujo. Santa-rosense da gema, oriundo de uma das famílias mais tradicionais deste rincão, Araujo nos privilegia com uma fantástica história vivenciada em tempos pretéritos e de extrema significância e contribuição ao debate atual.
João Jayme Araujo reside em Porto Alegre. É escritor, militar aposentado e apaixonado por esta terra. Escreveu e lançou há poucos meses atrás, livro comemorativo dos 50 anos da grande vitória do E.C. Aliança no campeonato estadual amador do RS. Oportunamente falaremos sobre o livro.
O colunista João Jayme Araujo enviou o texto acima junto com uma foto no corpo do texto que foi impossível postar aqui no blog. Solicitamos o envio da foto separadamente. Providência que ele já deve estar efetivando. Aguardemos, pois.
DA REDAÇÃO:
A propósito da ampla discussão que mobiliza setores culturais de Santa Rosa, sobre a preservação de prédios antigos, históricos e com uma retrospectiva importante no desenvolvimento social e cultural da comunidade local, publicamos aqui texto do Sr. João Jayme Araujo. Santa-rosense da gema, oriundo de uma das famílias mais tradicionais deste rincão, Araujo nos privilegia com uma fantástica história vivenciada em tempos pretéritos e de extrema significância e contribuição ao debate atual.
João Jayme Araujo reside em Porto Alegre. É escritor, militar aposentado e apaixonado por esta terra. Escreveu e lançou há poucos meses atrás, livro comemorativo dos 50 anos da grande vitória do E.C. Aliança no campeonato estadual amador do RS. Oportunamente falaremos sobre o livro.
O colunista João Jayme Araujo enviou o texto acima junto com uma foto no corpo do texto que foi impossível postar aqui no blog. Solicitamos o envio da foto separadamente. Providência que ele já deve estar efetivando. Aguardemos, pois.
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