Mas o detalhe é que o cinema do “lado de lá” da Europa também conquistou todos os outros prêmios importantes – e isso, sim, foi surpreendente. O chinês Cai Shangjun levou o prêmio de melhor diretor para People Mountain People Sea; a também chinesa Deanie Yip foi escolhida melhor atriz por A Simple Life; enquanto os dois jovens atores (Shota Sometani e Fumi Nikaido), do longa japonês Himizu, ganharam o Prêmio Marcello Mastroianni, concedido a estreantes. Para não deixar os europeus de mãos abanando, o júri deu o prêmio de melhor ator para Michael Fassbender por seu papel no drama Shame, de Steve McQueen, e um prêmio especial pela contribuição técnica da fotografia de O Morro dos Ventos Uivantes, de Andrea Arnold. Shame ainda foi eleito o melhor prêmio segundo a Federação Internacional dos Críticos. Para a Itália, país-sede do festival, também restou um único “Leão”: o longa Terraferma, de Emanuele Crialese, que fala da intolerância em relação aos imigrantes clandestinos africanos, ganhou o Prêmio Especial do Júri.
Apesar da premiação inesperada, o Festival de Veneza deixou uma grande expectativa em relação aos concorrentes. Nos próximos meses, devem desembarcar nas telas brasileiras alguns bons títulos exibidos na cidade italiana, como Carnage, de Roman Polanski; Tudo pelo Poder, de George Clooney; Killer Joe, de William Friedkin; 4:44 Last Day on Earth, de Abel Ferrara; Dark Horse, de Todd Solondz; e A Dangerous Method , de David Cronenberg.
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