quarta-feira, 17 de julho de 2013

A arte pode estimular a economia?


Secretária de Cultura da Grã-Bretanha evita cortes no orçamento do setor e diz que investir em cultura é investir em crescimento econômico


Maria Miller, Secretária de Cultura da Grã-Bretanha
Em meio à crise econômica global, o setor cultural vem sofrendo dolorosos cortes de orçamento. Porém, durante a última revisão orçamentária britânica, uma reviravolta livrou o setor do país de mais um aperto de cinto.

Os apaixonados pela arte respiraram aliviados após saber que o corte no orçamento da Cultura será bem menor que esperado. O governo britânico decidiu pelo corte misericordioso após concordar com o argumento apresentado dois meses antes pela atual secretária de Cultura, Maria Miller.

Maria sugeriu que o financiamento das artes deve ser visto como uma forma de capital de risco. Para a secretária, incentivar o investimento no setor artístico do país é uma forma de estimular o crescimento econômico. De acordo com Maria, a cultura deve ser vista como o porta-estandarte da diplomacia cultural britânica e uma ferramenta de desenvolvimento que tornará o país competitivo no comércio e no investimento. A secretária utilizou sua experiência em jargões econômicos para explicar seu ponto de vista, mencionou os lucros do setor artístico e sua esperança de obter segurança financeira para o setor.

Contudo, o argumento econômico de Maria não foi bem aceito pelo Conselho de Artes da Inglaterra, que controla os gastos no setor. A atual chefe do órgão, Dame Liz Forgan, disse que a arte é tão necessária quanto comida, sexo, moradia e segurança e teme que a visão estritamente monetária para o setor direcione os investimentos apenas para o lado comercial da cultura. Dame argumentou que isso resultaria “em uma arte pior e comercial” e acusou Maria de ver as artes como commodities.

Apesar de ter seu argumento refutado por Dame e outras figuras ligadas às artes, Maria conseguiu evitar mais cortes na Cultura e incentivar o governo a investir no setor.


Fontes: The Atlantic-Does Art Help the Economy? (via Opinião & Notícia)


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