segunda-feira, 27 de agosto de 2012

[Economia] Poucos se safam da queda no trimestre

Em 2010 e 2011, as taxas de crescimento da economia brasileira nos primeiros seis meses foram de 9% e 3,8%, respectivamente.

Um levantamento feito pelo Valor Econômico com base em dados da Economática indica que, no período, somente 12 empresas se safaram de resultados negativos, apresentando os lucros em 153% e o faturamento em 65%, na média do grupo.

A lista das companhias “no azul” inclui representantes dos setores de locação de imóveis, shopping centers e educação no grupo de maior crescimento, além de farmacêuticas, frigoríficos e planos de saúde, que também não derraparam nos lucros, mas ficaram aquém das expectativas dos analistas.

No conjunto das 245 principais empresas listadas em bolsa no país, houve média de queda de 70% no lucro, revelando o pior segundo trimestre desde 2002.

O mesmo grupo registrou alta média de 12% nas receitas.

O levantamento do Serasa Experian indica que, efetuados ajustes sazonais, a atividade econômica brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2012, na comparação anual.

Um crescimento considerado baixo, o que, segundo a pesquisa, foi determinado pelas quedas de 7,3% na produção agropecuária e de 1,1% na atividade industrial.

Apenas o setor de serviços encerrou a primeira metade de 2012 no território positivo, com alta de 1,7% frente ao primeiro semestre de 2011.

Pelo lado da demanda agregada, o enfraquecimento da atividade econômica deveu-se à queda de 1,6% nos investimentos bem como pela expansão de 4,2% das importações de bens e serviços.

Poucas empresas escaparam de uma onda de maus resultados no segundo trimestre deste ano, quando a atividade econômica do país foi fraca no geral: crescimento de 0,7% no acumulado do primeiro semestre, o pior resultado dos últimos três anos, segundo o indicador Serasa Experian.

PIB EM QUEDA
No boletim semanal Focus, divulgado nesta segunda-feira, 27, pelo Banco Central, a média das projeções para o crescimento do PIB em 2012 no Focus cedeu de 1,75% para 1,73%.

A queda é ainda mais acentuada na previsão do Ministério da Fazenda, que na sexta-feira, 24, reduziu de 4,5% para 3% a projeção para o crescimento do PIB no ano.

Para 2013, o BC prevê expansão de 4% no PIB.

FÔLEGO
No boletim Focus, o Banco também elevou pela sétima semana consecutiva suas projeções para a inflação em 2012, com expectativa de 5,19% + para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O índice anteriormente previsto era de 5,15%.

Para 2013, o BC mantém projeção de 5,5% pela nona semana consecutiva.

Considerado o indicador oficial de inflação do país, o IPCA é usado para balizar as metas de inflação perseguidas pelo banco e, para 2012, está fixado em meta de 4,5%.


fonte: Baguete

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