quarta-feira, 25 de julho de 2012

Memoria do Jornalismo

Jacqueline Patrocinio
Em um prédio comercial no centro do Rio de Janeiro está documentada a história do país pela imprensa. Lançado em abril de 2008, por uma iniciativa do Sindicato de Jornalismo do Município do Rio de Janeiro, com apoio da Petrobrás, o Centro de Cultura e Memória do Jornalismo (CCMJ) mostra a relevância da imprensa na construção da história do Brasil. 

O acervo ocupa três salas com publicações e obras de literatura nacional e estrangeira. A ideia é registrar a história do país por meio dos debates públicos propiciados pela mídia, para destacar a importância do jornalismo na sociedade. No espaço, há um computador disponível para pesquisa e uma mesa ampla. Entre os 5 mil livros, estão todas as edições dos periódicos O Movimento e Opinião, da chamada imprensa alternativa no período de ditadura militar.

O espaço tem uma sala dedicada à biblioteca pessoal do jornalista Joel Silveira, que foi doado por seus familiares. Em obras de Fernando Sabino, José Lins do Rego e Mário de Andrade encontram-se anotações e resenhas que dizem muito da interpretação e do modo com que ele enxergava o mundo. A sala foi inaugurada em 2010 e abriga, também, documentos, objetos e quadros que pertenceram ao jornalista brasileiro que publicou cerca de 40 obras.

O centro funciona de modo virtual. No site da instituição, é possível acessar conteúdos do núcleo de memória como textos, imagens e depoimentos de Alberto Dines e Audálio Dantas. Além de recordações da carreira, eles contam a trajetória política, cultural, social e econômica do país. Os vídeos somam cerca de 300 horas de gravação. Na página, também encontram-se exemplares de publicações como O Cruzeiro, O Pasquim e Realidade disponíveis para download.

A presidente do sindicato responsável pelo Centro de Cultura e Memória do Jornalismo, Suzana Blassa, salienta a importância do jornalista em um regime democrático. “O objetivo é criar um espaço de preservação e registro da memória do país pelo material que a imprensa produz”, diz ao Comunique-se.

O CCMJ é um espaço aberto para a sociedade em geral. Para conhecer o local, é preciso agendar a vista pelo telefone 21 3906-2450 ou pelo e-mail sindicato-rio@jornalistas.org.br. Com o acervo jornalístico, Suzana considera que o espaço é importante para estudantes de comunicação e jovens jornalistas. “Queremos incentivar a formação de novos profissionais. É importante que os estudantes conheçam”.

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