terça-feira, 10 de janeiro de 2012

FARC propoe o dialogo 'sem mentiras'

Rodrigo Echeverry, o 'Timochenko', líder  das FARC

Gara - [Tradução do Diário Liberdade] O chefe das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia (FARC), Rodrigo Echeverry, alias "Timochenko", instou ao Governo colombiano a estabelecer um diálogo "face ao país" e "sem mentiras".

"Interessa-nos tratar em uma hipotética mesa de conversas. Face ao país. Pôr em questão as privatizações, a desregulamentação, a liberdade absoluta de comércio e investimento, a depredaçao ambiental, a democracia de mercado, a doutrina militar", assinala o máximo comandante das FARC.

"Timochenko" ou "Timoleón Jiménez", cujo verdadeiro nome é Rodrigo Echeverry Londoño, substituiu na máxima chefatura do grupo guerrilheiro a Guillermo León Sáenz alias "Alfonso Cano" quem morreu em uma operação do Exército o 4 de novembro de 2011 em um lugar montanhoso do departamento do Cauca.

Aos poucos dias o chamado "secretariado" designou "Timochenko" como o seu novo guia.

O chefe guerrilheiro denuncia em um comunicado difundido através do site das FARC que se regista um despreagamento de tropas na região do Catatumbo, no Norte de Santander, departamento fronteiriço com Venezuela, território no que as autoridades colombianas acham que se localizam acampamentos guerrilheiros.

"Timochenko" assinala que as tropas querem garantir a chegada de empresas multinacionais para semear palma de azeite e explodir minerais, e denúncia que o Exército "se acerca às comunidades indígenas do Catatumbo simulando brigadas de ajuda".

No entanto, acrescenta, "o que terá de acontecer será a perseguição infame e o desterro dos indígenas Barí, cujos assentamentos sao o alvo das grandes companhias transnacionais que vêm pelo carvão, o petróleo e os agrocarburantes".

Na sua mensagem, o comandante guerrilheiro pede ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos, "retomar a agenda que ficou pendendo no Caguán", nas selvas do sul do país, palco de um frustrado processo com o Governo de Andrés Pastrana entre 1998 e 2002.

Echeverry recorda a Santos que então o hoje presidente "fez parte" desse Governo (de Pastrana) e "se negou à abordar (a agenda) dez anos atrás" com o que selou uma condenação "a todos a esta Troia sangrenta que sem tomada de Iliao se apresta a se repetir".

Destes "e similares assuntos, com participação ativa dos afetados, nos interessa tratar em uma hipotética mesa de conversas", indica.

"Timochenko" conclui assinalando que as FARC sempre negar-se-ão a "aceitar a imposição de verdades absolutas" e afirma que "este conflito não terá solução enquanto não sejam atendidas as nossas vozes".


fonte: Diário da Liberdade / Acesse aqui: www.diarioliberdade.org 

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