terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Solidao de fim de ano e o CVV

Solidão de fim de ano congestiona serviço de prevenção ao suicídio


A procura por atendimento no CVV (Centro de Valorização da Vida) aumenta 20% durante as festas de fim de ano, de acordo com estimativas da entidade. O objetivo da instituição é atender gratuitamente pessoas que precisam de apoio emocional imediato. Nesta época, a maior queixa das pessoas é a solidão de não ter com quem passar o Natal e o Ano-Novo, segundo a voluntária Adriana Rizzo. Para ela, muitos sofrem ao ver que o mundo inteiro está em festa enquanto eles não conseguem aproveitar. A maior procura acontece durante a noite e aos finais de semana e o atendimento não é interrompido na véspera de Natal ou no Réveillon. Em muitos momentos, as linhas ficam congestionadas. Anualmente o CVV recebe aproximadamente 1,2 milhões de ligações telefônicas, o principal canal de atendimento. Dentre elas, pouco mais da metade são pedidos de ajuda. Como o anonimato é preservado, não é possivel identificar qual a faixa etária ou sexo predominante entre os que procuram o serviço. Desde 1962, quando a entidade foi criada, o foco do atendimento mudou. Inicialmente, o objetivo era a intervenção com pessoas que estavam prestes a se matar. Atualmente, a filosofia do grupo é dar oportunidade para que as pessoas precisando de ajuda possam desabafar e falar de seus sofrimentos antes de pensarem em suicídio. Os atendimentos do CVV são feitos 24 horas, a partir da central telefônica 141, por e-mail, Voip, por correspondência ou pessoalmente em uma das 71 unidades espalhadas pelo Brasil. O site também oferece um serviço de chat em que se pode conversar com um voluntário reservadamente. Os atendentes são voluntários que passam por uma seleção e por um treinamento de três meses.

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