Vivian Virissimo
Os primeiro passos do Fora do Eixo foram dados em Cuiabá (MT), Rio Branco (AC), Londrina (PR) e Uberlândia (MG). Nesses locais, coletivos de artistas foram se unindo em torno da ideia de que Rio-São Paulo não deveria ser o único eixo da cena cultural brasileira. A partir desse descontentamento, o movimento começou a criar circuitos alternativos em regiões culturalmente segregadas por todo o país. Para se ter noção do alcance atual da proposta, o Fora do Eixo já está representado em quase todos os estados brasileiros – com exceção de Tocantins – e promoveu cinco mil shows apenas em 2011.
Mas como definir uma proposta tão abrangente de cultura, que mistura economia solidária e trabalho colaborativo? “A ação em rede nos define. O atual sistema cultural está ruindo, não se deu conta que vivemos um momento de transição e não está acompanhando o uso da internet”, explica Atílio Alencar, integrante do Fora do Eixo, em conversa com o Sul21 na recém inaugurada Casa Fora do Eixo de Porto Alegre, localizada na Cidade Baixa. “Não nos definimos como produtores culturais, mas como ativistas”, resume.
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