sábado, 5 de novembro de 2011

Subvertendo sistema cultural, Fora do Eixo se espalha pelo Brasil

Vivian Virissimo

Um movimento cultural que se apropriou da disseminação das tecnologias da informação para colocar em prática uma nova proposta cultural, pautada pela economia solidária e no trabalho colaborativo. Esse é o contexto em que surge o Circuito Fora do Eixo. Desde 2006, o movimento faz um contraponto à centralização no eixo Rio-São Paulo, que até então monopolizava tudo que era reconhecido como cultura no país.

Os primeiro passos do Fora do Eixo foram dados em Cuiabá (MT), Rio Branco (AC), Londrina (PR) e Uberlândia (MG). Nesses locais, coletivos de artistas foram se unindo em torno da ideia de que Rio-São Paulo não deveria ser o único eixo da cena cultural brasileira. A partir desse descontentamento, o movimento começou a criar circuitos alternativos em regiões culturalmente segregadas por todo o país. Para se ter noção do alcance atual da proposta, o Fora do Eixo já está representado em quase todos os estados brasileiros – com exceção de Tocantins – e promoveu cinco mil shows apenas em 2011.

Mas como definir uma proposta tão abrangente de cultura, que mistura economia solidária e trabalho colaborativo? “A ação em rede nos define. O atual sistema cultural está ruindo, não se deu conta que vivemos um momento de transição e não está acompanhando o uso da internet”, explica Atílio Alencar, integrante do Fora do Eixo, em conversa com o Sul21 na recém inaugurada Casa Fora do Eixo de Porto Alegre, localizada na Cidade Baixa. “Não nos definimos como produtores culturais, mas como ativistas”, resume.

Beba na fonte, acesse e saiba mais: SUL21 http://sul21.com.br

Nenhum comentário: