sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Democratizacao dos meios de comunicacao

Jornal do Comércio dá duas páginas para o debate sobre democratização da mídia

É destaque do dia a edição desta sexta-feira, 4, do Jornal do Comércio, ao dedicar duas páginas à cobertura de evento sobre a democratização dos meios de comunicação, promovido pela Ajuris (Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul) no dia anterior. O trabalho dos repórteres Samir Oliveira e Paula Coutinho dá espaço para todas as correntes que se manifestaram, a começar pelo presidente da Ajuris, João Ricardo dos Santos Costa, que lembrou que o Judiciário tem de debater exaustivamente temas como monopólios na comunicação porque “está sendo chamado a decidir esses casos”.


Os demais jornais da Capital registraram o evento, com pequenas notas. No caso da notícia do JC, está a afirmação do desembargador do Tribunal de Justiça, Cláudio Baldino Maciel, sobre as empresas de comunicação brasileiras controladas por poucos grupos: “Estão nas mãos de seis famílias... Isso precisa ser discutido à luz do que diz a Constituição”. E afirmou considerar “escandalosa a promiscuidade entre o poder político, o poder econômico e a informação que recebemos diariamente”. O jornalista Paulo Henrique Amorim foi um dos participantes do encontro, e acusou governos petistas de não enfrentarem o debate sobre a democratização da mídia. A presidente Dilma Rousseff e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, “têm medo da Globo”, segundo ele.

Sobrou para o Judiciário também, quando o jornalista Juremir Machado da Silva, do Correio do Povo e da Rádio Guaíba, criticou o Poder Judiciário. “É certo que os juízes pensam mais que os jornalistas, porque na maior parte do tempo os jornalistas não pensam”, criticou. E acrescentou: “Mas os juízes pensam tanto que às vezes levam 40 anos pensando e não decidem”. Juremir ainda criticou o Tribunal de Contas do Estado por receber “políticos em fim de carreira, que não conseguem mais votos”.

O ex-ministro da Comunicação do governo Lula Franklin Martins defendeu o marco regulatório da mídia e disse que o jornalismo precisa passar por uma revisão: “Ou a gente olha para a frente e tenta construir um jornalismo que responda a esse momento ou a gente fica achando que pode fazer aquele jornalismo de antigamente, que faz o que quer e decide tudo”. A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) também fez a defesa de um marco regulatório. Afirmou: “Quero um dia ver a sociedade com acesso universal à informação, direito pleno à expressão e com poder de influência nas políticas de comunicação do País”.

fonte: Coletiva.Net

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