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Adriana Calcanhoto |
São 12 faixas de composições próprias, sendo duas já gravadas nas vozes de Marisa Monte e Teresa Cristina – Vai Saber e Beijo Sem, respectivamente.
O micróbio de Adriana bebe direto na cadência do conterrâneo Lupicínio Rodrigues, na arte das palavras e na musicalidade de Noel Rosa e de Ismael Silva. É o samba dos anos 1920, 1930 e 1940, que Calcanhoto traz para o século 21 com um trio formado pelos músicos Alberto Continentino (baixo), Davi Moraes (violão e percussão) e Domenico Lancelotti (bateria e percussão).
Ouvi o álbum na estrada e no computador umas quatro vezes e fiquei ainda mais fã de Adriana. Ela sempre faz o diferente, nunca cai na armadilha do sucesso fácil e batido. É uma artista alternativa que não faz um disco igual ao outro e arrisca sonoridades. Neste Micróbio, por exemplo, até guitarra no samba Calcanhoto usou. Em Pode se Remoer, Rodrigo Amarante faz a diferença ao flertar sua guitarra distorcida com o axé. Já a canção Tá na Minha Hora, música de trabalho e disponibilizada no site oficial da artista, exalta a Mangueira.
O bem humorado Mais Perfumado é uma boa história dos rolos de sempre entre o malandro e a patroa, só que agora é a mulher a narradora, com a ironia fina da compositora. Gostei também da marcha-rancho com pitada de frevo Tão Chic. É um disco leve, calmo, com sotaque de Adriana Calcanhoto. Curti a dica Nani.
Escute aqui http://www.youtube.com/watch?
do site da Duda Hamilton http://dudahamilton.blogspot.com/
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