Os beneficiários do programa Bolsa-Família terão reajustes que chegarão a até 45,5%, anunciou a presidenta Dilma Rousseff nesta terça-feira (1º) à tarde, durante visita ao município de Irecê, no Sertão baiano. O aumento médio será de 19,4%, acompanhando uma reposição real de 8,7% sobre a inflação entre setembro de 2009 e março deste ano. A elevação maior, de 45,5%, abrange crianças e adolescentes de até 15 anos de idade. Para jovens de 16 e 17 anos, a correção é de 15,2%.
No Orçamento do governo federal, a medida representa R$ 2,1 bilhões, o equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB). O governo informa que 12,9 milhões de famílias em todo o país recebem o Bolsa-Família. Entre elas, 50 milhões de famílias têm rendimento mensal de até R$ 140,00 por pessoa. A partir do aumento anunciado por Dilma, o menor valor do benefício pula de R$ 22,00 para R$ 32,00, e o maior, de R$ 200,00 para R$ 242,00. O valor médio, que era de R$ 96,00, passa a ser de R$ 115,00.
Ao fazer o anúncio em Irecê, onde foi participar de uma feira de produtores rurais, Dilma Rousseff disse que a intenção do governo foi favorecer “quem tem mais filhos e maior dificuldade de enfrentar a vida e o nível de pobreza”. O último reajuste do Bolsa-Família, de 4%, havia ocorrido em setembro de 2009. Dados do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome indicam que 93% dos usuários do programa são mulheres.
A Bahia é o estado com maior número de beneficiários — são mais de 1,7 milhão de famílias. Somente em Irecê, localizado no Polígono das Secas, a 478 quilômetros de Salvador, mais de 7 mil famílias são atendidas. Em segundo lugar, vem o estado de São Paulo, onde 1,2 milhão de famílias recebem os recursos. E em terceiro, está Minas Gerais, com 1,1 milhão de famílias.
Com informações da Agência Brasil
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