sexta-feira, 31 de maio de 2013

13° Fórum Estadual de Museus do RS

13° Fórum Estadual de Museus do RS tem inscrições abertas e ocorre em junho em Porto Alegre


No mês de junho a Casa de Cultura Mario Quintana, o Museu Hipólito José da Costa e o Museu Militar do CMS recebem o 13° Fórum Estadual de Museus do Rio Grande do Sul, evento promovido pelo Sistema Estadual de Museus da Secretaria de Estado da Cultura. Incluindo palestras, debates e apresentações culturais, o evento coloca em pauta as políticas públicas que circundam os museus, analisando os processos históricos de construção museológica e as perspectivas futuras na área. Com inscrições abertas até 7 de junho, o Fórum conta com atividades pela manhã, tarde e noite durante os dias 11 e 13 do próximo mês.

Centralizado na temática Políticas museais: a memória, os avanços e a contemporaneidade, o 13° Fórum Estadual de Museus apresenta ao público interessados diferentes atividades que visam debater sobre o panorama político e social da museologia no Rio Grande do Sul. Como eixo norteador do encontro, a construção do Plano Estadual de Museus será objeto central da discussão com representantes de entidades museológicas do Estado e de diversas regiões do país. Intensificando a produção de conteúdo de base para o Plano e a demais projetos estaduais, foram formados Grupo de Trabalhos (GT’s), com encontros marcados para todos os dias de evento, tendo como objetivo reunir conhecimentos e visões diferentes, em subáreas específicas, que contribuíam com as diretrizes das iniciativas no Rio Grande.

>> LEIA MAIS AQUI



Bem-vindo, Nelson Coelho de Castro!



Nelson Coelho de Castro faz show logo mais, à noite, no Teatro do SESC Santa Rosa.
Com uma vasta trajetória na música do RS, o artista tem ainda a seu favor uma forte     ligação com Santa Rosa. Em 1983, ele foi o vencedor do 1º MUSICANTO  com a composição "No Sangue da Terra, Nada Guarani", interpretada por Berê. A partir daí, ele vem com frequência em nossa cidade onde é sempre bem recebido.
No seu périplo para divulgação do show de hoje à noite, ele passa pelo Jornal do Almoço da RBSTV, a partir das 13h30 grava o programa 'O Rumo das Coisas' com o professor Alcindo Dalcin, na Rádio FEMA Educativa e às 19h será entrevistado pelo editor da Revista Afinal.

Conheça a história dele.

Nelson Coelho de Castro nasceu em Porto Alegre no dia 17 de abril de 1954. A vocação pela música vem de casa: escuta desde pequeno a mãe cantarolar clássicos da MPB via Rádio Nacional e o pai a tocar gaita de boca com os tios. Entre 1965 e 68, participa do grupo de meninos cantores do Colégio São João.

Nas Rodas de Som projeto de Carlinhos Hartlieb de 1975, Nelson faz sua estréia como compositor. Em 1976 participa dos Festivais Universitários da PUC. Ali, com a música "Futebol", recebe o Prêmio de Originalidade. No mesmo ano em que se forma em Jornalismo - 1977 - realiza seu primeiro espetáculo E O Crocodilo Chorou, ao lado do seu grupo Olho da Rua e dirigido por Luciano Alabarse. Em 78, as canções "Rasa Calamidade" (sobre a miséria e altivez da Vila Cruzeiro do Sul de Porto Alegre) e "Águias" irão fazer parte primeiro registro fonográfico de seu trabalho através do LP, histórico, o coletivo Paralelo 30, produzido pelo jornalista Juarez Fonseca.

Em 1979, lança seu primeiro compacto, Faz A Cabeça e, entre 80-81, produz e lança, o primeiro disco independente produzido no Estado, Juntos - um marco na música gaúcha e que vai influenciar outros compositores neste segmento alternativo, esse trabalho foi relançado em CD em 1996. Já em 83, grava o LP Nelson Coelho de Castro (RGE), o sucesso "Vim Vadiá", marcou época. No mesmo ano em que vence o 1º Festival Latino Americano da Canção - Musicanto. Recebe o Prêmio Tibicuera com o musical infantil "Cidade do Lugar Nenhum"; participa da trilha sonora do filme Verdes Anos, com a canção "Armadilha" e ganha o título de Personalidade do Ano pela crítica especializada.

Com o disco Força D'água (Ariola) em 85, tem seu primeiro lançamento nacional. Ainda nesta época recebe o Prêmio Açorianos - Melhor Trilha Sonora para Teatro - para a peça o Doce Vampiro, de Carlos Carvalho. Foi um dos fundadores da Cooperativa dos Músicos de Porto Alegre sendo o primeiro presidente de 87 a 89.

Em 1991, fez parte do espetáculo Compor Canta Lupi, em homenagem a Lupicínio Rodrigues, resultando em um LP, onde ele canta "Esses Moços".

Em 1996, inicia a gravação do quarto disco de sua carreira: o Cd, Verniz da Madrugada que conquista três Prêmios Açorianos: Melhor Disco do Ano, Melhor Compositor e Melhor Disco de MPB.

Com o show "Juntos Ao Vivo" com Bebeto Alves, Gelson Oliveira e Totonho Villeroy conquista o Prêmio Açorianos de Melhor Espetáculo do Ano de 1997 e Disco do Ano e Disco de MPB em 1998.

Em 2000, lança o Cd Coletânea, com músicas de seu segundo e terceiro discos pela gravadora Barulinho. É selecionado para o projeto "Itaú - Rumos Culturais, Cartografia Brasileira". O Projeto lança uma coleção chamada "Cartografia Musical Brasileira", de dez CDs divididos regionalmente, que estabelece uma amostragem de 78 artistas e grupos independentes (sejam novos ou veteranos), abrangendo variadas vertentes da música popular e instrumental. Sob patrocínio do Itaú, o pacote é viabilizado comercialmente pela associação de dez gravadoras independentes espalhadas pelo Brasil inteiro. Nelson participa com as faixas "Ele Vem de Manhã" e "Colombina".

Em 2001 sai o Cd Da Pessoa (Fumproarte), pelo qual recebeu novamente o Premio Açorianos de Música. Tem 15 músicas, todas de autoria de Nelson (apenas uma, “Pérola no Veludo”, é em parceria com Cezar Ulysses Coelho de Castro). Várias delas têm menos de um minuto, podendo até ser definidas como vinhetas. Mas é importante notar que elas não são brincadeirinhas, como geralmente as vinhetas são. Um dos destaques do disco é “Futebol”, música com a qual Nelson Coelho de Castro venceu o prêmio de originalidade no festival Musi-PUC em 1977. A instrumentação típica do samba é usada sem que se configure o ritmo de samba, enquanto na letra o compositor fala de dribles e impedimentos – metáforas à ditadura, para enganar a censura dos militares.

Além de Nelson (voz e violão), o disco tem a participação de Edílson Ávila (guitarra e violão), Mário Carvalho (baixo), Michel Dorfman (teclados) e Fernando do Ó e Giovani Berti nas percussões. A parceria com Bebeto Alves, Gelson Oliveira e Totonho Villeroy foi repetida em 2002, quando fizeram uma turnê pela Europa (Paris, Viena e Munique) para o lançamento do Cd Povoado das Águas, fazendo, no retorno, uma apresentação no Fórum Social Mundial de Porto Alegre, para mais de 70 mil pessoas.

Em 2004, faz a pré-produção do seu novo trabalho e a gravação do Cd A Cidade do Lugar Nenhum, premiado espetáculo infantil. É classificado com a música "Cidade" parceria com Sérgio Napp no concurso sobre músicas de Porto Alegre. Em 2005 participa do Projeto Sonoras Energias, patrocinado pela AES Sul, em um roteiro por seis cidades do interior gaúcho, continua a pré-produção de seu novo Cd, com canções inéditas, chamado provisoriamente de Lua Caiada, pelo selo homônimo. E começa a pesquisar, reunir, atualizar textos, crônicas, memórias e ensaios sobre cultura, que farão parte de um livro seu, a ser lançado esse ano.

Entre seus grandes sucessos estão: "Armadilha", "Verniz da Madrugada", "Tão Bonita Voz", "Ver-te Algo Teu", "Pátria Mãe", "Vim Vadiá", "Aquele Tempo do Julinho", "Legislativo", "Rapaz" e "Cristal".

fonte: Wikipédia

quinta-feira, 30 de maio de 2013

[Santa Maria] Festival de Teatro Independente



É com muito prazer que anunciamos a programação da 6° edição do Festival de Teatro Independente de Santa Maria (FETISM).

Este ano, o Fetism busca mais uma vez a descentralização e ocupação de outros campos com mais teatro e alegria. Em São Vicente do Sul e em Dilermando de Aguiar o Fetism teve o seu início, e agora é a vez de Santa Maria fazer a sua cidade respirar a cultura artística!

De 08 a 16 de junho o festival apresenta duas mostras oficiais: a Mostra Noturna, com espetáculos de palco e a 4ª Mostra de Teatro de Rua. 

O festival conta com oficinas, debates, Cabaré, Póstv e faz parceria com o III Seminário de Licenciatura em Teatro/UFSM em comemoração aos 50 anos do Centro de Artes e Letras.

Confira a programação!



[Kulturtour] Alemanha sobre rodas em Três de Maio

Um caminhão idealizado por artistas internacionais viaja como um Instituto Cultural pelo Brasil

Três de Maio é a única cidade gaúcha que receberá o projeto


O projeto surgiu da parceira entre o Ministério de Cultura do Brasil e o Goethe-Institut, com patrocínio da Volkswagen do Brasil, do Banco Volkswagen e da MAN Latin America.

Projetado pelo artista alemão Jim Avignon e o brasileiro Carlos Dias, o caminhão vai visitar 17 cidades brasileiras de norte a sul, com eventos musicais, apresentações performáticas e de filmes, uma biblioteca com acervo de 1000 mídias, contações de histórias, workshops para bibliotecários e festas em bibliotecas públicas e escolares.

A KulturTour se aproxima das pessoas chegando nas praças públicas, bem no coração das cidades. Crianças, jovens e adultos estão convidados a conhecer a cultura e a língua alemãs e festejar juntos.

Nesta viagem de um ano, o tour será acompanhado pelas mídias sociais. No Facebook, Twitter, Youtube e Blogs, os visitantes do KulturTour estão convidados a compartilhar as suas impressões e, assim, permitir que interessados do mundo inteiro participem virtualmente desta emocionante viagem.

Este verdadeiro centro cultural sobre rodas apresenta uma conceituada e diversificada programação acerca da Alemanha, juntamente com os parceiros regionais de cultura e educação.

KULTURTOUR E UM DESTAQUE DA TEMPORADA 
“ALEMANHA + BRASIL 2013 – 2014”

As relações culturais entre Brasil e Alemanha são marcadas por uma longa tradição e, ao mesmo tempo, por um grande dinamismo. Aqui se encontram duas culturas altamente vibrantes e inovadoras. Para fortalecer ainda mais os laços entre os dois países, foi criada a iniciativa “Alemanha + Brasil 2013-2014”, sob o mote “Quando ideias se encontram”, com uma grande quantidade de eventos nas áreas de cultura, meio ambiente, economia, tecnologia, ciências, educação e esporte em todo o Brasil até 2014.

”Alemanha + Brasil 2013-2014” é uma iniciativa do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, em cooperação com o Goethe-Institut, o Ministério de Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF), o Ministério da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ) e a Federação das Indústrias Alemãs.

Como instituição responsável pela programação cultural e de educação da iniciativa, o Goethe-Institut pretende mostrar a Alemanha como país de diversas faces artísticas. Estão previstas atrações em artes visuais, cinema, literatura, teatro, dança, entre outras.

EM TRÊS DE MAIO

As atividades ocorrerão de 11 a 17 de junho, em Três de Maio, com música, filmes, teatro, contações de histórias e outros eventos culturais.

>> Mais info: kulturtour.com.br



terça-feira, 28 de maio de 2013

Talento três-maiense premiado em São Paulo

A atriz três-maiense Rafaela Cassol venceu o Prêmio Aplauso Brasil de Teatro na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante



Atriz Rafaela Cassol (Foto: Adriane Lopes)

O evento ocorreu na sede Roosevelt da SP Escola de Teatro na noite desta segunda-feira. O Prêmio Aplauso Brasil de Teatro é dividido em 12 categorias, cada uma com cinco indicados, na disputa pelo título. No total, foram mais de 11 mil votos, contabilizados durante 15 dias, com o encerramento da votação em 31 de dezembro de 2012, no site (cujo sistema eletrônico é o do Word Press, permitindo apenas um voto por computador). O artista plástico Fernando Castioni assina o desenho do troféu, cuja confecção é dos aprendizes do Curso de Cenografia da SP Escola de Teatro.

Rafaela Perinazzo Cassol nasceu em Três de Maio em 5 de junho de 1984. Graduou-se em Teatro pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Trabalhou em inúmeras peças de teatro em Porto Alegre, entre elas "Dez (Quase) Amores", "Homens" e "Filhote de Cruz Credo", todas dirigidas por Bob Bahlis.

Também atuou em curtas-metragens e seriados de televisão, como "Na Moral", dirigido por Luís D´Mohr e "As aventuras da Família Brasil", produzido pela Casa de Cinema de POA.

Radicada em São Paulo, faz parte do Centro de Pesquisa Teatral (CPT), dirigido por Antunes Filho, atuando no espetáculo "Policarpo Quaresma".

Integrante do Núcleo Experimental, dirigido por Zé Henrique de Paula, atua na montagem de "Mormaço", texto de Ricardo Inhan, que lhe rendeu o Prêmio Aplauso Brasil de Teatro 2012 na categoria Atriz Coadjuvante.

Confira a lista completa dos premiados com o Prêmio Aplauso Brasil de Teatro 2012, em suas respectivas categorias:


Melhor Espetáculo de Grupo

"Toda Nudez Será Castigada" - Grupo Macunaíma/ CPT


Melhor Espetáculo de Produção Independente

"Atreva-Se!" - Velloni Produções


Melhor Espetáculo Musical

"Priscilla, a Rainha do Deserto" - GEO


Melhor Ator

Antônio Fagundes por "Vermelho"


Melhor Atriz

Mariana Terra por "Nise da Silveira - Senhora das Imagens"


Melhor Ator Coadjuvante

Antonio Petrin por "Hamlet"


Melhor Atriz Coadjuvante

Rafaela Cassol por "Mormaço"


Melhor Dramaturgia

Ricardo Inham por "Mormaço"


Melhor Elenco

"A Família Addams"


Melhor Diretor

Daniel Lobo por "Nise da Silveira - Senhora das Imagens"


Melhor Trilha Original

João Carlos Assis Brasil Por "Nise da Silveira - Senhora das Imagens"


Destaque

Bibi Ferreira - 90 Anos


Homenagem

Programa Vivo EnCena


>> Mais info: www.aplausobrasil.com.br




segunda-feira, 27 de maio de 2013

Filhos do Musicanto



Somos todos crias do Musicanto. Desde sua primeira - e inesquecível - edição, em 1983, fomos tocados pelos sons e idéias desse festival “terrivelmente democrático” (gracias, Jacaré). Saímos estrada afora para divulgá-lo, acolhemos público e artistas forasteiros, ocupamos o Centro Cívico e acampamos no Parque (onde nos defumamos de música e poesia). Através dele, Musicanto, curtimos incontáveis artistas, tais como: Raulito Barboza, Mercedes Sosa, Alceu Valença, João Bosco, João de Almeida Neto, Artur Moreira Lima, Argentino Luna, Ivan Lins, Nana Caymmi,

Demônios da Garoa, Cordel do Fogo Encantado, Borghetinho, Yamandú Costa, Dominguinhos, Ballet Brandsen, Oswaldo Montenegro, Tambo do Bando, Olodum, Jean e Paulo Garfunkel, Teresa Parodi, Boca Livre, 14 Bis, Soledad, Telmo de Lima Freitas, Nelson Coelho de Castro, Lenine, Antonio Tarragó Ros, entre outros, muitos outros. Nessa jornada infinita presenciamos momentos realmente mágicos, emocionantes, irrepetíveis.

Muitos dos quais já continham nossas digitais.

Mas somos também filhos do Mundo. Um mundo cada vez mais sem fronteiras, onde cabe a tônica triste da milonga, a alegria da vanera, a música anárquica dos Balcãs. Onde a pajada se irmana à Nova Trova Cubana, onde Thelonius Monk busca incessantemente a blue note e um incansável L.Shankar representa a ECM alemã - e provavelmente se espantariam com a levada chamamecera do Véio Borges...

Pois é dessa tradição libertária do Musicanto que virão nossos parâmetros, e será nesse imenso caldo cultural que seguiremos tocando nosso barco, juntos com nossa aldeia, abertos para o mundo.

Curadoria: Cláudio Joner, Carlos Lozekan, Vilson Kunzler, Schimo, Larry Wisniewsky , Fernando Keiber, Edson Flores de Campos, Odemar Gerhardt. 

[Texto gentilmente cedido pelo site NOROESTE NOTÍCIAS]


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Banrisul não cumpre ordem judicial e é multado em R$ 26 milhões

MPT cobra multa de R$ 26 milhões do Banrisul por descumprimento de ordem judicial

O Ministério Público do Trabalho (MPT) está cobrando do Banrisul na Justiça do Trabalho o pagamento de multa no valor de R$ 26 milhões pelo descumprimento de uma condenação decorrente de ação civil pública (ACP) ajuizada em 1999. 

O banco foi condenado no julgamento da ACP, encerrado em março de 2010, por violar obrigações relativas à jornada de trabalho, especialmente a concessão do intervalo de repouso entre uma e duas horas quando a jornada de trabalho dos empregados exceder seis horas. 

Após a realização de ação fiscal pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do RS (SRTE/RS), foi constatado que o Banrisul não está cumprindo a ordem judicial, pois vários empregados que tiveram sua jornada de trabalho prorrogada além das seis horas diárias não usufruíram do intervalo previsto em lei. A ACP está tramitando na 22ª Vara do Trabalho de Porto Alegre e j á foi determinada a citação do banco para pagamento da quantia.

De acordo com o procurador do Trabalho Carlos Carneiro Esteves Neto, “O Banrisul, mesmo após anos de discussão judicial, que culminou com sua condenação definitiva no Tribunal Superior do Trabalho, continuou violando a legislação trabalhista, demonstrando completo desrespeito com a autoridade do Poder Judiciário e, pior, com os direitos de seus empregados. Espera-se que a execução da multa possa mudar essa realidade de uma vez por todas ”.



fonte: Assessoria de Comunicação do MPT/RS.



DESORDEM [resenha por Café Azar]

DESORDEM

Resenha do novo trabalho de Cláudio Joner elaborado pelo antropólogo argentino Café Azar (de Posadas).


En tiempos como estos – e inclusive en otros también – uno podría cuestionar la idea de que el orden es una virtud, una meta, una solución, un cielo protector (tan ausente e impávido como el de Paul Bowles). Poner en evidencia el carácter caótico del mundo, de la vida, de las relaciones es lo que interpreto surge de ese bello puñado de canciones que nos regala Cláudio Joner, músico y compositor de Santa Rosa (RS, Brasil) en su CD Desordem (Resistência Produtora: 2013).

Acá, vale la pena, hacer una salvedad: el tema de lo conceptual. Aquello que atraviesa (fundamenta e ilumina) la estética de una obra de arte. Si bien la descarga de mp3 ha modificado – y resignificado – los modos y las maneras de escuchar música creando formas aún no del todo conocidas, creo, también, en que hay artistas que todavía apuestan a ofrecer mundos nuevos en formatos que envuelven (sin homogeneizar) algunas obsesiones, correlaciones y deseos en una serie de canciones que pueden ser interpretadas por sí mismas, pero que además están contenidas en un marco (universo) semántico que les provee otros brillos y miradas impensadas.

Las siete canciones de Desordem están firmadas por Claudio Joner, algunas en coautoría con Larry Wizniewsky y Edson Luiz André De Souza y, de las tres viñetas, una es de autoría compartida con Larry Wizniewsky y las otras dos tienen la firma del propio Claudio. Reincidencia del número impar, ajeno a la simetría que suele ser una de las formas del orden. Si hubiera que pensar en un número para imaginar el deseo, este sería – creo - impar. Jorge Luís Borges apuntó alguna vez que las cosas que tienden a equilibrarse hacen que veamos todos nuestros actos como justos, pero también, indiferentes. Volveré sobre la simetría, el orden y lo que rasga, distorsiona y desarma en un mundo donde el cielo se está cayendo a pedazos (Nicanor Parra dixit).

Las viñetas son breves intervenciones, como espectros que deconstruyen sonidos y palabras y nos recuerdan aquello que es y no es al mismo tiempo; tensando sentidos y reforzando el concepto de des-orden. Las canciones remiten a las tradiciones de la MPB, al samba, al jazz, a la música de puertos y fondas, a los valses, y al rock. Pop virtuoso ejecutado con elegancia, inspiración y potencia cuando se lo requiere. Músicos de frontera, con sonoridades mixtas y diversas: Marcelo Perez (teclado, saxo alto y soprano, clarinete y flauta) y Juanma Roca (armónica) de Posadas, Misiones, Argentina; y Léo Chitolina (violão y guitarra), Sandro Cartier (batería y percisión), Bruno Timm Esperon (Violín), Adriano Nêne Justen (acordeón), Edson Santos y João Fernando Lenz en voces, Alexandre García en guitarra en el tema O corte. Músicos, estos últimos, de Santa Rosa, Rio Grande do Sul, Brasil.

Pero esto tiene una vuelta, mientras el formato de las canciones remite a exquisitas armonías pop, las letras contienen ríspidas observaciones del caos de sentido y de afectos en donde intentamos hacer pié. Pensé en las fotos de Robert Mapplethorpe, en su simetría perfecta, en la delicada composición de luces y sombras y en el carácter revulsivo de las imágenes, incomodando, interpelando y quebrando ese orden formal con las pulsiones del deseo, del sexo, de lo que no puede dejar de ser anhelado y está negado, prohibido y silenciado. Y así “o ceu que nos protege, não ê céu. Ê u moco, um beco oscuro ê um breu.”(O ceu que nos protege). El cielo deshecho en drops de felicidad química sin dioses, ni paraísos. “Se tu não ta la, / então quem é que ta? / (Desorden dadá) / então quem é que da / a orden rapa!” (Adeus ãs intruções). Preguntas sin respuestas, al menos sin certezas, como broches de ropa amontonados apresando nada. Desordenados y sin instrucciones de uso, de vida. Descartes del deseo, basura de la pasión. “…me jogou pro espaço vazio do meu desejo / eu, e meus segredos.” (Atravessei o meu samba). Para, en carne viva, seguir buscando el brillo que ilumine la oscuridad del desequilbrio. “A fe afia a faca / ate que o osso brilha.” (O corte).

Perdidos en el desierto, accidentes indiferentes a la realidad del ser creamos paraísos inmóviles, ordenados y simétricos que “no pueden prometer más que un eterno aburrimiento.” (Simone de Beauvoir). Ese es el relato que las bellísimas canciones de Desorden nos proponen. Es en el caos, en el deseo, en el dolor y en el éxtasis donde dejamos de ser maquetas – ordenadas y estáticas – para aventurarnos en estados de conciencia inesperados y vitales. Las llaves de esos estados suelen encontrarse en las mejores tradiciones de las canciones pop. En ese camino – que nunca cesa - se encuentra Desordem de Claudio Joner.

Por Café Azar – Antropólogo.

Confira a programação da Indumóveis

Nilso Guidolin, presidente da 4ª Indumóveis
A comissão organizadora da 4ª Indumóveis Internacional, presidida pelo engenheiro Nilso Fortunato Guidolin, divulgou nesta quinta-feira a programação oficial do evento que acontecerá no Parque de Exposições de Santa Rosa, no período de 6 a 9 de junho.

A Feira da Construção e do Mobiliário do Noroeste gaúcho deve mobilizar mais de 110 expositores e estima receber 50 mil visitantes.


Programação Oficial - 4ª Indumóveis Internacional


06 de junho de 2013 - Quinta-feira

14h - Abertura dos pavilhões Pavilhões 01, 08, 12 e 13

19h - Palestra: PEIEX Brasil, com o Senhor Tiago Terra Auditório do Centro Administrativo

19h45min - Palestra: Alvenaria Estrutural de Bloco de Concreto, com o Engenheiro Civil Fernando Druck, Representante da ABCP (Assoc. Brasil. De Cimentos Portland) no RS Auditório do Centro Administrativo

19h30min - Jantar Etnia Italiana Etnia Italiana

21h30min - Fechamento dos pavilhões



07 de junho de 2013 - Sexta-feira

08h - Assembleia da Associação dos Municípios da Grande Santa Rosa Etnia Italiana

08h30min - Seminário Reflorestamento e Legislação Ambiental Auditório do Centro Administrativo

09h - Visita Técnica Comitiva FEBAP Argentina Indústrias Moveleiras

12h - Almoço Etnia Italiana Etnia Italiana

13h30min - Apresentação do Projeto: “Santa Rosa nosso Planeta” - Estudantes/Escolas Auditório do Centro Administrativo

14h - Abertura dos pavilhões Pavilhões 01, 08, 12 e 13

15h45min - Abertura Oficial Auditório do Centro Administrativo

16h45min - Reinauguração do Pavilhão 01 e Visitação aos Expositores Pavilhões 01, 08, 12 e 13

18h30min - Palestra: Segurança do trabalho na execução das obras da construção civil, Engº Fernando Wypyszynski Stand Apea.sr (lote externo nº 05)

19h30min - Jantar Etnia Italiana Etnia Italiana

20h30min - Coquetel Grupo Viabiliza - Lançamento do Sistema de Pontos do Grupo Viabiliza Auditório do Centro Administrativo

21h30min - Fechamento dos pavilhões



08 de junho de 2013 - Sábado

9h - Reunião da Zonal das Inspetorias do CREA/RS (Santa Rosa, Três Passos, Palmeira das Missões e Frederico Westphalen) Stand Apea.sr (lote externo nº 05)

10h - Abertura dos pavilhões Pavilhões 01, 08, 12 e 13

10h - Recepção da Comitiva FEBAP Argentina Restaurante Central

12h - Almoço Etnia Italiana Etnia Italiana

14h - 2ª Gincana da Construção Civil Pátio Externo do Parque

15h - Lançamento do Loteamento Cresol Stand Cresol

17h30min - Premiações da Gincana Pátio Externo do Parque

18h - Show Luciano Maia Pátio Externo do Parque

19h - Premiação Concurso Indumóveis: Salão de Design Pavilhão 01

19h30min - Jantar Etnia Italiana Etnia Italiana

21h30min - Fechamento dos pavilhões



09 de junho de 2013 - Domingo

09h30min - Café Colonial aos Expositores com entrega do Certificado de Participação Restaurante Central

10h - Abertura dos pavilhões Pavilhões 01, 08, 12 e 13

12h - Almoço Etnia Italiana Etnia Italiana

18h00 Fechamento dos pavilhões Pavilhões 01, 08, 12 e 13

18h - Encerramento da Feira Parque de Exposições


Atrações paralelas

Durante a 4ª Indumóveis Internacional acontecerá ainda o Lançamento do Livro: “Da História da Árvore Lunar à moderna consciência ambiental em Santa Rosa”, assinatura de contratos de habitação com a Caixa Econômica Federal, a instalação da primeira empresa no Distrito Moveleiro de Santa Rosa, bem como a apresentação no estande da Prefeitura Municipal da maquete do Ginásio Municipal Poliesportivo que será construído no Parque de Exposições.

Atividades desenvolvidas pelo SESI: Avaliação da Acuidade Visual, Avaliação de Bioimpedância (composição corporal completa), quick maquiagem, SESI Imaginação: Livros, jornais e revistas para leitura no local, divulgação dos produtos das áreas de Educação, Saúde, Lazer e Responsabilidade Social.

A Eluir Alimentos estará servindo durante todo o período da Feira, Café Colonial no Restaurante Central.


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Seminário de Cultura em Ijuí

IJUÍ - A cultura foi tema de Seminário realizado na tarde desta quinta-feira, 23, no Auditório do Sindilojas.

Na oportunidade estiveram presentes o Presidente do Conselho dos Dirigentes Municipais de Cultura do Rio Grande do Sul (Codic) e do responsável pela área técnica de cultura da FAMURS, José Carlos Martins, juntamente com a consultora da Unesco para Sistema de Cultura no RS Carla Pinheiro.

A Consultora da Unesco para o Sistema de Cultura no RS, Carla Pinheiro destacou que a cultura tem um conceito amplo e que uma Convenção realizada em 2005 marcou no mundo o papel do estado em relação à Cultura.

Carla destacou que são direitos culturais:

- direito a identidade e a diversidade cultural

- direito a participação na vida cultural

-livre criação e expressão

- livre acesso

- livre difusão

- livre participação nas decisões de política cultural

- direito autoral

- direito ao intercâmbio cultural e internacional

A Consultora disse também que no Brasil são marcos legais da cultura a Constituição Federal, Plano Nacional de Cultura e Sistema Nacional de Cultura.

O Presidente do Conselho dos Dirigentes Municipais de Cultura do Rio Grande do Sul (Codic) e do responsável pela área técnica de cultura da FAMURS, José Carlos Martins falará no Seminário sobre Conselho Municipal de Cultura.

fonte: www.ijui.com


Fenasoja: Comissão de Relações Internacionais estreita laços com a Câmara Brasil- Alemanha

Alemanha será homenageada na 20° Fenasoja pelos 190 anos da imigração alemã no Brasil


Uma comitiva da 20°Fenasoja esteve participando do Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos, em Caxias do Sul, no dia 17 de Maio. O evento abordou os assuntos: relações comerciais Brasil-Alemanha, oportunidades de negócios e investimentos, transferência de tecnologia Alemanha-Brasil e soluções logísticas para Alemanha. O encontro foi promovido pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviço de Caxias do Sul (CIC), em conjunto com a Câmara Brasil-Alemanha de Porto Alegre e a FECOMÉRCIO.

Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimento,
em Caxias do Sul.
O evento teve a participação do Cônsul da Alemanha em Porto Alegre, o Dieter Fuchsenthaler, o Diretor-executivo da Câmara Brasil-Alemanha Valmor Kerber, o Gerente-adjunto da Câmara Brasil-Alemanha Dietmar Sukop e representando a FECOMÉRCIO, Arno Gleisner.

Ainda no mês de maio, dia 02, a Comissão de Relações Internacionais também esteve participando de um evento promovido pela ACI de Panambi em conjunto com a Câmara Brasil-Alemanha de Porto Alegre. O evento teve duas palestras que abordaram os temas: “Atuação da Alemanha no Estado através da AHK”, com Valmor Kerber e a “Feira de Agronegócio 2013”, palestrante Dietmar Sukop.

Comissão participou de evento em Panambi.

“Esses eventos são importantes nós participarmos para estreitarmos os laços com a Câmara Brasil-Alemanha de Porto Alegre, desta forma conseguimos ter uma maior integração entre estes países. Oportunidade em que a Alemanha será homenageada na 20° Fenasoja pelos 190 anos da imigração alemã no Brasil”, destaca o presidente da Comissão de Relações Internacionais Edson Lautharte.


[Assessoria de Imprensa da Fenasoja]


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Dicionário feito por crianças revela a adultos um mundo que já esqueceram

Um professor colombiano passou dez anos coletando definições de seus alunos e, como resultado, obteve um dicionário com verbetes ao mesmo tempo puros, lógicos e reais

O professor Javier Naranjo e seus alunos.

A Feira do Livro de Bogotá, que ocorreu no final de abril, teve como maior sucesso um livro chamado “Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças”. Mais especificamente, uma parte dele: um dicionário feito por crianças que traz cerca de 500 definições para 133 palavras, de A a Z.

Apesar de lançado originalmente em 1999, o livro foi reeditado neste ano. Javier Naranjo, o autor, conta que compilou as informações durante dez anos enquanto trabalhava como professor em diferentes escolas do estado de Antioquía, região rural do leste do país.

A ideia surgiu quando, em uma comemoração do Dia das Crianças, ele pediu que seus alunos definissem a palavra “criança”. O resultado encantou o professor – uma das definições era “uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e vai dormir mais cedo”. A partir daí foram surgindo novas definições, que eram sempre anotadas e guardadas.

Para ele, as crianças têm uma lógica diferente, uma maneira própria de entender o mundo e de revelar muitas coisas que os adultos já esqueceram. É assim que, no peculiar dicionário, o adulto é uma “pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro de si”, água é uma “transparência que se pode tomar”, um camponês “não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos” e a Colômbia é “uma partida de futebol”.

Confira alguns dos verbetes encontrados no livro.


Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)

Ancião: É um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos)

Água: Transparência que se pode tomar (Tatiana Ramírez, 7 anos)

Branco: O branco é uma cor que não pinta (Jonathan Ramírez, 11 anos)

Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos (Luis Alberto Ortiz, 8 anos)

Céu: De onde sai o dia (Duván Arnulfo Arango, 8 anos)

Colômbia: É uma partida de futebol (Diego Giraldo, 8 anos)

Dinheiro: Coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos (Ana María Noreña, 12 anos)

Deus: É o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos)

Escuridão: É como o frescor da noite (Ana Cristina Henao, 8 anos)

Guerra: Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos)
Inveja: Atirar pedras nos amigos (Alejandro Tobón, 7 anos)

Igreja: Onde a pessoa vai perdoar Deus (Natalia Bueno, 7 anos)

Lua: É o que nos dá a noite (Leidy Johanna García, 8 anos)

Mãe: Mãe entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos)

Paz: Quando a pessoa se perdoa (Juan Camilo Hurtado, 8 anos)

Sexo: É uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos)

Solidão: Tristeza que dá na pessoa às vezes (Iván Darío López, 10 anos)

Tempo: Coisa que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos)

Universo: Casa das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos)

Violência: Parte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos)



>> Com informações da BBC Mundo (via Catraca Livre)



terça-feira, 21 de maio de 2013

SINPRO/RS comemora 75 anos

O Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS) completa 75 anos. Trata-se do primeiro sindicato de professores constituído no Rio Grande do Sul, fundado em 21 de maio de 1938. 

A entidade representa os mais de 30 mil docentes que trabalham em 1.700 instituições de ensino privado, desde a educação infantil à educação superior, atendendo cerca 600 mil estudantes. 

Atualmente, cerca de 60% dos professores da rede privada são sócios do Sindicato. Pioneiro em adotar o conceito Sindicato Cidadão no início da década de 90, o Sinpro/RS tem uma trajetória respeitada de luta e promoção da cidadania.

>> Saiba mais, acesse www.sinprors.org.br


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Novo jornalista exibe indiferença política

por Leandro Marshall *



Estudo feito pelo Núcleo de Estudos sobre Transformações no Mundo do Trabalho (TMT) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e divulgado no dia 30 de abril no site da Fenaj, apresentou dados contendo o “Perfil do Jornalista Brasileiro”, com indicadores relativos ao ano de 2012 sobre questões como, por exemplo, sindicalização, registro profissional, demografia, engajamento político e áreas de atuação. O relatório, lançado oficialmente em livro na segunda-feira (6/5), traz alguns dados bastante interessantes e, em alguns momentos, surpreendentes. [Uma síntese dos resultados está disponível aqui.]


Também mostra que a realidade brasileira é algo bastante distinto, em muitas situações, da realidade de países mais avançados, como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha e Portugal, segundo dados revelados pelo portal Jornalismo em Classe, no seu dossiê sobre os jornalistas e o ensino de jornalismo no Brasil e no mundo (ver aqui), com números relativos ao ano de 2011.


A pesquisa brasileira mostra que a população de jornalistas no Brasil tornou-se majoritariamente feminina (64%), jovem (59% tem de 18 a 30 anos), branca (72%), mal remunerada (60% recebe até cinco salários mínimos), não sindicalizada (quase 75% não está vinculada a nenhum órgão sindical) e tem carga de trabalho excessiva (40,3% dos trabalhadores labora entre oito e 12 horas por dia e outros 4,8% dos profissionais trabalham mais de 12 horas diárias).


Salários precários


Além de não ter filiação partidária, a maioria dos jornalistas pesquisados declarou “não possuir qualquer identidade ideológica” (30%), enquanto 23% revelou ser de “esquerda” e 11% afirmou ser de “extrema-direita, direita ou centro-direita”. A imensa maioria não tinha qualquer filiação político-partidária (93%) e um contingente significativo declarou nunca ter atuado em movimentos sociais (45%).


Note-se que nos Estados Unidos, no Canadá e na França a preponderância masculina nas redações ainda é bastante significativa. Nos Estados Unidos, há 63% de homens contra 37% de mulheres trabalhando em jornalismo; no Canadá, a diferença é de 56% para homens e 44% para mulheres; e, na França existe um total de 55% de homens jornalistas contra 45% de mulheres. A média de idade dos jornalistas também sobe representativamente fora do Brasil. Os profissionais da imprensa na França têm, em média, 42,3 anos; nos Estados Unidos, 36 anos; e na Alemanha, 41 anos.


Os dados mostram que os salários não são nenhuma maravilha, embora não sejam tão precários como no Brasil. Um jornalista americano ganha em média 34.850 dólares por ano, o equivalente a pouco menos de 3 mil dólares mensais. Um francês ganha em média 3.650 euros, um alemão recebe 2.300 euros (por mês, em média) e um canadense 4.700 dólares canadenses mensais.


Regulamentação singular


É interessante notar que, ao contrário do que o senso comum apregoa, e muitos livros acadêmicos anunciam, o habitat natural dos jornalistas ainda é a redação de jornais, TVs e rádios. Isto acontece nos Estados Unidos (53% estão em jornais e revistas, 15% em TV e 5% em Rádio), no Canadá (41% atua em jornal e revista e 35% em Rádio e TV), na França (68% trabalham em jornal e 14% em TV) e no Brasil (55% trabalham em jornal, rádio e TV, 5% são professores e 40% trabalha em assessoria de comunicação).


É curioso notar que nenhuma das pesquisas traz dados significativos sobre a participação dos jornalistas no universo da internet. A justificativa está, aparentemente, no fato de que, após o diagnóstico geral da profissão, os levantamentos voltam-se para o levantamento e a análise da relação dos jornalistas com o magistério superior, um campo profissional em crescimento em todas as nações.


Deve-se ressaltar, de qualquer modo, que cada país adota uma regulamentação singular para a imprensa e para a profissão jornalística. O fato comum parece estar no detalhe de que Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Portugal, Reino Unido e Brasil exigem diploma para o exercício da profissão jornalística.



* Leandro Marshall é professor universitário, doutor em Ciências da Comunicação, pós-doutor em Sociologia e mestre em Teorias da Comunicação. O artigo foi publicado originalmente no site Observatório da Imprensa.


domingo, 19 de maio de 2013

Os privilégios da mídia têm que acabar

por Paulo Nogueira, em Diário do Centro do Mundo 

O dinheiro do contribuinte tem 
que ser mais bem empregado


Li “A Renúncia de Jânio”, do jornalista Carlos Castelo Branco, o último grande colunista político brasileiro.O que me levou a esse velho livro foram as recentes evocações do infame golpe militar de 1964 em seu aniversário, no dia 31 de março.

O golpe, de alguma forma, começa em Jânio, o demagogo que renunciou à presidência em 1961 quanto estava fazia apenas sete meses no cargo, por motivos jamais explicados.Mas o que mais me chamou a atenção no livro é um episódio que mostra bem o regime de privilégios fiscais desfrutados há muito tempo pelas empresas jornalísticas brasileiras.Castelinho, que foi assessor de imprensa de Jânio, conta que certa vez estava preparando uma sala para um pronunciamento que ele, Jânio, faria naquela noite em rede nacional de televisão.No lugar escolhido, a biblioteca do Palácio da Alvorada, Castelinho viu sobre a mesma um exemplar do Estadãode domingo. Em cima, estava um bilhete do presidente: “Não toquem neste jornal. Preciso dele”.“Só soube do que se tratava quando Jânio o ergueu na mão para exibi-lo audaciosamente ao país [na fala em rede] como fruto de privilégios, o esbanjamento de papel comprado com subvenção oficial, pago, portanto, pelo povo”, escreveu Castelinho.É o chamado “papel imune”. Os contribuintes subvencionam há décadas o papel usado para imprimir jornais e revistas.Jânio apontou o mal, mas não foi capaz de resolvê-lo. Os mesmos empresários que tanto falam num Estado mínimo não se embaraçam em, nas sombras, mamar nele em coisas como o papel imune, e em muitas outras.Dinheiro público foi sempre usado também para financiar – em condições de mãe para filho – empreendimentos que deveriam ser bancados por nossos intrépidos, aspas, capitalistas da mídia.

Nos anos 90, Roberto Marinho comemorou ao lado de FHC a inauguração de uma supergráfica projetada para quando o jornal chegasse – hahaha – à marca de 1 milhão de exemplares.

FHC não estava na foto porque Roberto Marinho queria promovê-lo. É que o governo tinha concedido um empréstimo especial às Organizações Globo para fazer a gráfica que hoje parece uma piada.

Por que o empréstimo? Ora, a Globo era então já uma potência. Tinha mais de metade do faturamento da publicidade nacional, graças à tevê e a expedientes amorais como o chamado BV (bonificação por vendas).

A empresa poderia, perfeitamente, bancar o passo (torto) que decidira dar com a nova gráfica. Mas não. O Estado babá estava ali, à disposição, na figura sorridente de FHC.

Essencialmente, o resultado é que a fortuna da família Marinho foi poupada do risco de um investimento que poderia fracassar, como aconteceu.

Coisa parecida aconteceu com as outras grandes empresas em suas incursões para fazer novos parques gráficos: dinheiro farto, quase dado.

Fora o papel imune, naturalmente.

E fora, mais recentemente, artifícios como a criação de PJs (pessoas jurídicas) para reduzir os impostos pagos.

Note. As companhias jornalísticas não querem pagar impostos, mas depois esperam que o Estado – com dinheiro alheio, do “Zé do Povo”, como dizia o patriarca Irineu Marinho – esteja com os cofres cheios para bancar seus investimentos.

Para completar a tragicomédia, as empresas promovem campanhas sistemáticas de engambelação coletiva destinadas a provar, aspas, que os impostos são elevados no Brasil.

Não são. A carga tributária brasileira, na casa de 35%, é bem menor que a de países modelos, como a Escandinávia.

A diferença é que, neles, as corporações pagam o que devem. Vá, na Dinamarca ou na Noruega, inventar PJs e você é chutado da esfera corporativa e submetido a desprezo nacional.

Para que o Brasil avance socialmente, as mamatas das empresas de mídia – fiscais e não só fiscais — têm que acabar.

Não é fácil, como vemos ao constatar o que deu do brado janista de meio século atrás. Sucessivos governos têm vergado ao poder de intimidação da mídia. (Para a qual vigora ainda uma inacreditável reserva de mercado, aliás.)

Mas nada é fácil.

O poder de manipulação da mídia se reduziu, graças à internet.

Se há uma hora para fazer o que deve ser feito, é esta.

O dinheiro que custam as mordomias bilionárias da mídia deve servir à sociedade: que se construam escolas, hospitais e estradas com ele, em vez de vê-lo dar acesso à lista de superricos da Forbes.

Dilma tem que se mexer, em nome do Brasil.




sexta-feira, 17 de maio de 2013

Médicos cubanos no Brasil?

Frei Betto



O Conselho Federal de Medicina (CFM) está indignado frente ao anúncio da presidente Dilma de que o governo trará 6.000 médicos de Cuba, e outros tantos de Portugal e Espanha, para atuarem em municípios carentes de profissionais da saúde. Por que aqui a grita se restringe aos médicos cubanos? Detalhe: 40% dos médicos do Reino Unido são estrangeiros.

Também em Portugal e Espanha há, como em qualquer país, médicos de nível técnico sofrível. A Espanha dispõe do 7º melhor sistema de saúde do mundo, e Portugal, o 12º. Em terras lusitanas, 10% dos médicos são estrangeiros, inclusive cubanos, importados desde 2009. Submetidos a exames, a maioria obteve aprovação, o que levou o governo português a renovar a parceria em 2012.

Ninguém é contra o CFM submeter médicos cubanos a exames (Revalida), como deve ocorrer com os brasileiros, muitos formados por faculdades particulares que funcionam como verdadeiras máquinas de caça-níqueis.

O CFM reclama da suposta validação automática dos diplomas dos médicos cubanos. Em nenhum momento isso foi defendido pelo governo. O ministro Padilha, da Saúde, deixou claro que pretende seguir critérios de qualidade e responsabilidade profissionais.

A opinião do CFM importa menos que a dos habitantes do interior e das periferias de nosso país que tanto necessitam de cuidados médicos. Estudos do próprio CFM, em parceria com o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, sobre a “demografia médica no Brasil”, demonstram que, em 2011, o Brasil dispunha de 1,8 médico para cada 1.000 habitantes.

Temos de esperar até 2021 para que o índice chegue a 2,5/1.000. Segundo projeções, só em 2050 teremos 4,3/1.000. Hoje, Cuba dispõe de 6,4 médicos por cada 1.000 habitantes. Em 2005, a Argentina contava com mais de 3/1.000, índice que o Brasil só alcançará em 2031.

Dos 372 mil médicos registrados no Brasil em 2011, 209 mil se concentravam nas regiões Sul e Sudeste, e pouco mais de 15 mil na região Norte.

O governo federal se empenha em melhorar essa distribuição de profissionais da saúde através do Provab (Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica), oferecendo salário inicial de R$ 8 mil e pontos de progressão na carreira, para incentivá-los a prestar serviços de atenção primária à população de 1.407 municípios brasileiros. Mais de 4 mil médicos já aderiram.

O senador Cristovam Buarque propõe que médicos formados em universidades públicas, pagas com o seu, o meu, o nosso dinheiro, trabalhem dois anos em áreas carentes para que seus registros profissionais sejam reconhecidos.

Se a medicina cubana é de má qualidade, como se explica a saúde daquela população apresentar, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), índices bem melhores que os do Brasil e comparáveis aos dos EUA?

O Brasil, antes de reclamar de medidas que beneficiam a população mais pobre, deveria se olhar no espelho. No ranking da OMS (dados de 2011), o melhor sistema de saúde do mundo é o da França. Os EUA ocupam o 37º lugar. Cuba, o 39º. O Brasil, o 125º lugar!

Se não chegam médicos cubanos, o que dizer à população desassistida de nossas periferias e do interior? Que suporte as dores? Que morra de enfermidades facilmente tratáveis? Que peça a Deus o milagre da cura?

Cuba, especialista em medicina preventiva, exporta médicos para 70 países. Graças a essa solidariedade, a população do Haiti teve amenizado o sofrimento causado pelo terremoto de 2010. Enquanto o Brasil enviou tropas, Cuba remeteu médicos treinados para atuar em condições precárias e situações de emergência.

Médico cubano não virá para o Brasil para emitir laudos de ressonância magnética ou atuar em medicina nuclear. Virá tratar de verminose e malária, diarreia e desidratação, reduzindo as mortalidades infantil e materna, aplicando vacinas, ensinando medidas preventivas, como cuidados de higiene.

O prestigioso New England Journal of Medicine, na edição de 24 de janeiro deste ano, elogiou a medicina cubana, que alcança as maiores taxas de vacinação do mundo, “porque o sistema não foi projetado para a escolha do consumidor ou iniciativas individuais”. Em outras palavras, não é o mercado que manda, é o direito do cidadão.

Por que o CFM nunca reclamou do excelente serviço prestado no Brasil pela Pastoral da Criança, embora ela disponha de poucos recursos e improvise a formação de mães que atendem à infância? A resposta é simples: é bom para uma medicina cada vez mais mercantilizada, voltada mais ao lucro que à saúde, contar com o trabalho altruísta da Pastoral da Criança. O temor é encarar a competência de médicos estrangeiros.

Quem dera que, um dia, o Brasil possa expor em suas cidades este outdoor que vi nas ruas de Havana: “A cada ano, 80 mil crianças do mundo morrem de doenças facilmente tratáveis. Nenhuma delas é cubana”.

**************

Frei Betto é escritor, autor de “O que a vida me ensinou”, que a editora Saraiva faz chegar esta semana às livrarias.


Cinesesc: Muito mais que um crime

CINESESC apresenta:

[filme] MUITO MAIS QUE UM CRIME

Dirigido por COSTA-GAVRAS
Segunda-feira - dia 20/05

Hora: 20h

Local: Teatro do SESC Santa Rosa

Entrada franca

Sinopse:

Desde que chegou nos Estados Unidos, há 50 anos atrás, Michael Laszlo (Armin Mueller-Stahl), um imigrante húngaro, se fez sozinho. Ele tem muito orgulhoso da sua filha, Ann Talbot (Jessica Lange), uma bem-sucedida advogada de Chicago. Entretanto, quando os russos revelam alguns documentos da 2ª Guerra Mundial, ele é acusado de ser um conhecido criminoso de guerra. Ele diz que está convencido que é uma trama dos comunistas para desacreditá-lo e insiste que sua filha o defenda.



quinta-feira, 16 de maio de 2013

Regulamentação das Comunicações: um passo à frente

Chegou a hora de dar um passo à frente na questão da regulamentação das comunicações no Brasil. Certamente atingimos um ponto de esgotamento no que se refere ao diagnóstico básico da situação e à identificação de atores e de suas posições. As preliminares estão postas. É necessário avançar.

Os fatos conhecidos:

Que a legislação do setor está defasada e que normas e princípios constitucionais aguardam regulamentação há quase 25 anos, é fato.

Que as TICs, sobretudo a internet, nunca foram reguladas, é fato.

Que, ao longo dos anos, consolidou-se no Brasil a hegemonia de um sistema privado oligopolizado de comunicações consequência da ausência de qualquer limite legal à propriedade cruzada, é fato.

Que esse sistema é, direta ou indiretamente, vinculado a políticos no exercício de mandatos eletivos (deputados estaduais e federais, senadores, governadores, prefeitos e vereadores), é fato.

Que boa parte dos recursos que sustentam e reproduzem esse sistema oligopolizado se origina de verbas oficiais de publicidade, é fato.

Que a política de distribuição de recursos oficiais e publicidade tem dificultado o surgimento e/ou a consolidação de sistemas alternativos de comunicações, é fato.

Que o poder econômico e político que o sistema privado oligopolizado conquistou e preserva (mesmo após o surgimento das mídias digitais), pela própria natureza da atividade de comunicações, impede qualquer alteração real na sua estrutura, é fato.

Que uma das consequências dessa realidade é a perpetuação da exclusão histórica das vozes da maioria da população brasileira do debate público e a corrupção da opinião pública, é fato.

Que o governo da presidenta Dilma Rousseff anunciou publicamente que não enfrentará essa questão, é fato.

Que os empresários do setor – concessionários do serviço público de radiodifusão e/ou proprietários de jornais e revistas e/ou donos de agências de publicidade – interditam, sem mais, qualquer tentativa de se debater publicamente essas questões como se elas constituíssem uma proposta de censura e ameaçassem a liberdade de expressão, é fato.

Conceito em disputa

Diante desses fatos, simultaneamente à campanha liderada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) – “Para expressar a liberdade – uma nova lei para um novo tempo”– e ao esforço para a elaboração de uma proposta que possa se transformar em Projeto de Lei de Iniciativa Popular, devemos qualificar e verticalizar o debate público sobre a liberdade de expressão.

É necessário trazer para o contexto histórico do liberalismo brasileiro o debate sobre as ideias de liberdade de expressão e de opinião pública. Essa questão está praticamente ausente da longa tradição de estudos sobre o liberalismo e sobre algumas de suas aparentes contradições – como, por exemplo, a convivência com a escravidão e/ou com regimes autoritários – consolidada dentro da filosofia política e da história das ideias no Brasil.

A hegemonia do conceito liberal de liberdade tem sido a principal responsável não só pela paradoxal interdição do debate público sobre a liberdade de expressão, como também pela ausência da mídia nas teorias democráticas e ainda pela permanente desqualificação da opinião pública.

A liberdade liberal tem sua matriz no liberalismo que se constrói a partir do século 17 na Inglaterra, depois como reação conservadora à Revolução Francesa e se consolida no século 19 em complemento à ideia de mercado livre, isto é, à liberdade privada de produzir, distribuir e vender mercadorias. Prevalece o caráter pré-político da liberdade, como um direito exclusivo da esfera privada. A versão mais conhecida dessa perspectiva é a que reduz a liberdade à ausência de interferência externa na ação do indivíduo, a chamada liberdade negativa.

A liberdade republicana, ao contrário, se associa historicamente à democracia clássica grega, à república romana e ao humanismo cívico do início da Idade Moderna. Nela prevalece a ideia de liberdade associada à vida ativa, ao livre-arbítrio, ao autogoverno e à participação na vida pública.

São tradições distintas: a republicana se origina em Atenas, passa por Roma e se filia modernamente a pensadores como Maquiavel, John Milton e Thomas Paine. A liberal, em Hobbes, Locke, Benjamin Constant e, mais recentemente, em Isaiah Berlin.

Chegou a hora de estudar a construção histórica da hegemonia do conceito liberal de liberdade em busca de suas peculiaridades no Brasil.

Liberdade de expressão é um conceito em disputa. Apesar disso, uma de suas versões – a liberal – tem sido empunhada como bandeira de luta exatamente pelos representantes do sistema privado oligopolizado de comunicações. Paradoxalmente, em nome da liberdade de expressão, interdita-se o debate democrático sobre ela própria.

Talvez compreendendo melhor as peculiaridades do liberalismo brasileiro e suas consequências possamos avançar no debate e na formulação de propostas que possibilitem, afinal, que mais vozes sejam ouvidas e participem da consolidação de um republicanismo verdadeiramente democrático entre nós.

A ver.

***

Por Venício A. de Lima para o Observatório da Imprensa.


Venenício A. de Lima é jornalista e sociólogo, professor titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado), pesquisador do Centro de Estudos Republicanos Brasileiros (Cerbras) da UFMG e autor de Política de Comunicações: um Balanço dos Governos Lula (2003-2010), Editora Publisher Brasil, 2012, entre outros livros.






terça-feira, 14 de maio de 2013

Primeira Pauta com inscrições abertas


Zero Hora recebe inscrições para a 
quinta edição do Primeira Pauta

Concurso seleciona estudante de Jornalismo para acompanhar uma reportagem multimídia



Estão abertas as inscrições para a quinta edição do concurso cultural Primeira Pauta, de Zero Hora. Este ano, para concorrer à vaga que garante a participação em uma cobertura multimídia de ZH, os candidatos matriculados em faculdades de Jornalismo do Rio Grande do Sul passarão por três etapas. As inscrições podem ser feitas até o dia 26 de maio pelo Blog do Editor.

A primeira fase classificatória exige dos alunos um texto com o tema "A acessibilidade na minha cidade". O conteúdo deve ter até 1.500 caracteres e contar com o uso de fontes oficiais e de especialistas na área, podendo ainda apresentar bons e maus exemplos que ilustrem o assunto. Os autores dos 10 melhores trabalhos passam para a próxima fase, que será dividida em duas etapas, com a entrega de trabalhos em vídeo e uma entrevista multimídia (texto e vídeo). Os estudantes podem acompanhar o concurso na página do Primeira Pauta no Facebook (facebook.com/primeirapauta). O vencedor será conhecido no dia 14 de julho, com divulgação na edição impressa e site de ZH.

Criado por Zero Hora em 2009, o Primeira Pauta já premiou Mariana Müller, ex-aluna da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Alvaro Andrade, da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Fabiane Paza, formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e Camila Faraco, aluna da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Confira aqui o regulamento do concurso.




Brava gente, a brasileira

texto do jornalista Elio Gaspari publicado na FSP, dia 11/05/13

Atribui-se ao professor San Tiago Dantas (1911-1964) uma frase segundo a qual "a Índia tem uma grande elite e um povo de bosta, o Brasil tem um grande povo e uma elite de bosta". Nas últimas semanas divulgaram-se duas estatísticas que ilustram o qualificativo que ele deu ao seu povo.

A primeira, revelada pelo repórter Demétrio Weber: Em uma década, o programa Bolsa Família beneficiou 50 milhões de brasileiros que vivem em 13,8 milhões de domicílios com renda inferior a R$ 140 mensais por pessoa. Nesse período, 1,69 milhão de famílias dispensaram espontaneamente o benefício de pelo menos R$ 31 mensais. Isso aconteceu porque passaram a ganhar mais, porque diminuiu o número da familiares, ou sabe-se lá por qual motivo. O fato é que de cada 100 famílias amparadas, 12 foram à prefeitura e informaram que não precisavam mais do dinheiro.

A ideia segundo a qual pobre quer moleza deriva de uma má opinião que se tem dele. É a demofobia. Quando o andar de cima vai ao BNDES pegar dinheiro a juros camaradas, estimulará o progresso. Quando o de baixo vai ao varejão comprar forno de micro-ondas a juros de mercado, estimulará a inadimplência.

Há fraudes no Bolsa Família? Sem dúvida, mas 12% de devoluções voluntárias de cheques da Viúva é um índice capaz de lustrar qualquer sociedade. Isso numa terra onde estima-se que a sonegação de impostos chegue a R$ 261 bilhões, ou 9% do PIB. O Bolsa Família custa R$ 21 bilhões, ou 0,49% do produto interno.

A segunda estatística foi revelada pela repórter Érica Fraga: Um estudo dos pesquisadores Fábio Waltenberg e Márcia de Carvalho, da Universidade Federal Fluminense, mostrou que num universo de 168 mil alunos que concluíram treze cursos em 2008, as notas dos jovens beneficiados pela política de cotas ficaram, na média, 10% abaixo daquelas obtidas pelos não cotistas. Ou seja, o não cotista terminou o curso com 6 e o outro, com 5,4. Atire a primeira pedra quem acha que seu filho fracassou porque foi aprovado com uma nota 10% inferior à da média da turma. Olhando-se para o desempenho de 2008 de todos os alunos de quatro cursos de engenharia de grandes universidades públicas, encontra-se uma variação de 8% entre a primeira e a quarta.

Para uma política demonizada como um fator de diluição do mérito no ensino universitário, esse resultado comprova seu êxito. Sobretudo porque dava-se de barato que muitos cotistas sequer conseguiriam se diplomar. Pior: abandonariam os cursos. Outra pesquisa apurou que a evasão dos cotistas é inferior à dos não cotistas. Segundo o MEC, nos números do desempenho de 2011, não existe diferença estatística na evasão e a distância do desempenho caiu para 3%. Nesse caso, um jovem diplomou-se com 6 e o outro, com 5,7, mas deixa pra lá.

As cotas estimulariam o ódio racial. Dez anos depois, ele continua onde sempre esteve. Assim como a abolição da escravatura levaria os negros ao ócio e ao vício, o Bolsa Família levaria os pobres à vadiagem e à dependência. Não aconteceu nem uma coisa nem outra.

Admita-se que a frase atribuída a San Tiago Diante é apócrifa. Em 1985, Tancredo Neves morreu sem fazer seu memorável discurso de posse. Vale lembrá-lo: "Nosso progresso político deveu-se mais à força reivindicadora dos homens do povo do que à consciência das elites. Elas, quase sempre, foram empurradas".


fonte: FSP


Metalúrgicos mobilizados por salários e melhores condições de trabalho

Metalúrgicos em campanha salarial no Parque Industrial de Santa Rosa.

Nesta semana, os Sindicatos dos Trabalhadores Metalúrgicos iniciaram uma série de mobilizações no Estado como estratégia da Campanha Salarial 2013. O objetivo é conquistar melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

Dirigentes sindicais das regiões Missões e Planalto estiveram hoje (14) em Santa Rosa. A mobilização aconteceu na primeira hora, do turno da manhã, na área industrial do município. Sindicalistas e trabalhadores do setor fecharam o acesso principal e defenderam, entre outras coisas, acordo de participação de resultados, saúde do trabalhador, férias coletivas, aumento do vale alimentação, redução da jornada de trabalho e o fim do banco de horas.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Rosa (STIMMMESR), Janir Lino Morais, a adesão dos metalúrgicos nas atividades promovidas pelos sindicatos, nas portas das fábricas, evidenciam a força da categoria em busca dos seus direitos. “Estamos aqui para afirmar que lutaremos por melhores condições de trabalho para a nossa categoria, e a participação dos metalúrgicos é a força que precisávamos para defender os seus direitos na Campanha Salarial 2013”.

O vice-presidente do Sindicato, João Roque falou sobre o momento promissor do comércio de máquinas agrícolas. “Os indicadores das principais feiras do Brasil são favoráveis para o fechamento de um bom acordo coletivo, em virtude a demanda de produção e aos negócios que movimentam o setor”, disse.

Entre as propostas para a convenção coletiva, destaque para a inclusão da compra de produtos orgânicos da agricultura familiar. De acordo com o Sindicato de Santa Rosa, os produtos poderão ser inclusos na alimentação dos trabalhadores e servidos nos refeitórios das empresas. “Com isso, conquistaremos uma alimentação mais saudável, sem agrotóxicos, e melhoraremos a saúde e o hábito alimentar dos trabalhadores”, destacaram.

Além dos dirigentes de Santa Rosa, representantes de outros Sindicatos da região, também se manifestaram. O ato durou quase uma hora. A Brigada Militar esteve no local, mas a manifestação ocorreu de forma pacífica. Durante a tarde, outras fábricas em Santa Rosa serão inclusas no roteiro dos dirigentes sindicais.

Região: Ontem (13), em Horizontina, três turnos da John Deere participaram das mobilizações. No turno da tarde, os sindicalistas estiveram em fábricas nas cidades de Três de Maio, Boa Vista do Buricá e Independência.

Amanhã (15), Santo Ângelo receberá a caravana, que até o final de semana estará em Panambi. Já na próxima semana, os sindicalistas percorrerão as fábricas de Carazinho até Erechim.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina, Irineu Schoninger, “Saúde, dignidade no trabalho e salário são necessidades comuns e que só são conquistadas com união e mobilização”.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

Quantos escravos trabalham para você? Que tal fazer o cálculo?


No dia 13 de maio de 1888 era assinada a lei áurea, abolindo de forma oficial a escravidão do Brasil, o último país das Américas a tomar tal iniciativa. O nosso passado escravocrata influencia a vida brasileira até hoje. Somos o país do racismo velado. Muitos são racistas, mas ninguém se assume racista. Ou pior, não reconhece o racismo nas suas próprias atitudes racistas.

Muitos pensam que a escravidão tornou-se um assunto de livros de história. Uma passado manchado de vergonha na história da humanidade. Mas não é bem assim. Hoje, milhões pessoas trabalham em condições análogas à escravidão. Essas pessoas fazem parte da cadeia produtiva de produtos que eu, você e todo mundo consome.

No Brasil, essa situação fica mais evidente na exploração de imigrantes bolivianos nas confecções, que prestam serviços a marcas de prestígio, e nas carvoarias “escondidas” nos nossos rincões. Entretanto, essas situações não são uma exclusividade brasileira. Se reproduzem na cadeia produtiva industrial em todo o mundo.

Para denunciar essa situação, a ONG Slavery Footprint desenvolveu um SITE onde podemos descobrir quantos trabalhadores escravos estão envolvidos na cadeia produtiva dos produtos que fazem parte do nosso “estilo de vida”.

Sem informar marcas, o cálculo tem como base as informações sobre os processos de fabricação dos 400 produtos mais consumidos mundialmente, incluindo informações obtidas em investigações das cadeias produtivas. Os dados base são do Departamento de Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas e do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, da Transparência Internacional, da Organização Internacional do Trabalho, entre outros órgãos.

De acordo com a ONG, o objetivo é incentivar hábitos de consumo conscientes e mandar uma mensagem dos consumidores as marcas: “Nós queremos saber o que vocês fazem para combater o trabalho escravo!” Para isso, a Slavery Footprint também criou o aplicativo gratuito Made in a Free World, desenvolvido para celulares com sistema Android e Iphones. A ideia é o usuário fazer check-in em lojas e questionar se há escravos envolvidos na fabricação dos produtos. O recado é repassado para as marcas e para outros consumidores que estão no Twitter e no Facebook, que podem colaborar com a discussão.

Acesse o site e comece a pensar se os seus hábitos não estão contribuindo para que pessoas continuem trabalhando como escravos.



Lula no RS

Lula vem ao Estado falar sobre política externa e diálogo social

Ex-presidente da República participará de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social

A reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS) desta terça-feira, 14, terá a presença do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Ele virá ao Rio Grande do Sul para participar do encontro, onde falará sobre política externa e a importância do diálogo social como método de gestão, além de abordar experiências suas no Governo Federal. Estratégias para promover o desenvolvimento com crescimento econômico e inclusão social, programas como o PAC, o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida e a consolidação do País no cenário global como potência emergente também entrarão na pauta do ex-presidente.

Lula chegará a Porto Alegre diretamente para a reunião, marcada para as 17h, no Palácio Piratini. Os conselheiros gaúchos entregarão a ele um documento sugerindo que o Rio Grande do Sul ganhe destaque em suas manifestações no exterior sobre o Brasil. Para recepcionar o ex-presidente, estão previstas as manifestações de três conselheiros, que representam segmentos variados da sociedade civil gaúcha: a agricultora Josecarla Signor, o sindicalista Guiomar Vidor e o empresário Paulo Tigre.



Marxismo, Ideologia e Rock´n´Roll


Marxismo, Ideologia e Rock´n´Roll é o novo espetáculo de Luciano Alabarse no Theatro São Pedro

Marxismo, Ideologia e Rock'n'roll é o novo
espetáculo de Luciano Alabarse


Mais uma vez debruçado sobre um bom texto, o diretor teatral Luciano Alabarse assina a direção de Marxismo, Ideologia e Rock´n´Roll, uma adaptação da obra de Tom Stoppard. Esta é a primeira montagem porto-alegrense do autor, um dos mais conceituados dramaturgos em atividade, com colaborações e prêmios no cinema e na televisão. O espetáculo estreiou ontem, dia 06, no Theatro São Pedro. Margarida Peixoto divide com Luciano a direção da peça.

“Rock´n´roll”, o título original, foi burilado por Luciano sem pressa, durante muitos meses, para chegar a atual versão. O pano de fundo da história contada é a histórica Primavera de Praga, quando os tanques russos sufocaram as crescentes reivindicações por liberdades democráticas da então comunista Tchecoslováquia. A ação abarca quatro décadas de história política, onde os personagens principais envelhecem, amadurecem e se transformam conforme suas experiências individuais, suas desilusões e suas crenças políticas. Até que ponto um cidadão, em nome de um partido, precisa sufocar suas convicções pessoais e defender o que não acredita em nome da unidade e consistência partidária? O poder parece afrodisíaco, seja em uma democracia radical ou num regime brutal de exceção.



Ficha técnica:

Elenco

Marcelo Adams - Max Jovem/ Jan Adulto

Carlos Cunha Filho - Max Adulto

Áurea Batista - Eleonor/ Esme Adulta

Gustavo Sussin - Jan Jovem/ Steve

Lisiane Medeiros - Magda

Pingo Alabarce - Fernando

Luiza Herter - Esme Jovem/ Alice

Clóvis Massa - Nigel

Marcello Crawshaw - Interrogador

e

Mauro Soares - Milan

Arthur de Faria (participação especial) - Syd Barret



Cenário: Luciano Alabarse

Iluminação: João Fraga

Figurinos: Cláudio Benevenga

Maquiagem: Elison Couto

Produção executiva: Miguel Arcanjo e Fernando Zugno

Fotos: Creative Fotografia



Serviço:

Marxismo, Ideologia e Rock´N´Roll

Um espetáculo de Luciano Alabarse

Estreia dia 06 de junho, 21h

Dias 06, 07, 08 e 09 de junho – de quinta a sábado 21h e domingo às 18h

Theatro São Pedro – Praça Marechal Deodoro s/n. Centro. Porto Alegre


Ingressos:

R$ 60,00 plateia / R$ 40,00 camarote central / R$ 30,00 lateral / R$ 20,00 galerias

À venda a partir de 20 de maio nas bilheterias do Theatro São Pedro