sábado, 30 de abril de 2011

Como os EUA apagaram o 1º de Maio

Reproduzo artigo de Eduardo Galeano, extraído de "O livro dos Abraços":

Chicago está cheia de fábricas. Existem fábricas até no centro da cidade, ao redor de um dos edifícios mais altos do mundo. Chicago está cheia de fábricas, Chicago está cheia de operários.

Ao chegar ao bairro de Heymarket, peço aos meus amigos que me mostrem o lugar onde foram enforcados, em 1886, aqueles operários que o mundo inteiro saúda a cada primeiro de maio. – Deve ser por aqui – me dizem. Mas ninguém sabe. Não foi erguida nenhuma estátua em memória dos mártires de Chicago nem na cidade de Chicago. Nem estátua, nem monolito, nem placa de bronze, nem nada.

O primeiro de maio é o único dia verdadeiramente universal da humanidade inteira, o único dia no qual coincidem todas as histórias e todas as geografias, todas as línguas e as religiões e as culturas do mundo; mas nos Estados Unidos o primeiro de maio é um dia como qualquer outro. Nesse dia, as pessoas trabalham normalmente, e ninguém, ou quase ninguém, recorda que os direitos da classe operária não brotaram do vento, ou da mão de Deus ou do amo.

Após a inútil exploração de Heymarket, meus amigos me levam para conhecer a melhor livraria da cidade. E lá, por pura curiosidade, por pura casualidade, descubro um velho cartaz que está como que esperando por mim, metido entre muitos outros cartazes de música, rock e cinema.

O cartaz reproduz um provérbio da África: Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador.

Chega de Morrer!

Carta entregue ao Governador Tarso Genro

Santo Ângelo, 30 de abril de 2011.
  

Excelentíssimo Senhor Governador,
Prezadas Autoridades,

As entidades abaixo nominadas, em defesa da vida e do desenvolvimento regional equilibrado, lançam um apelo a Vossas Excelências pela retomada do transporte ferroviário, ilegalmente abandonado, em várias regiões do Estado do Rio Grande do Sul, entre as quais a noroeste, que ora clama pela solução desse grave problema.

Alguns dados ilustram nossa preocupação, como a constatação de que dos 25.599 km de malha concedida em 1997, pelo período de 30 anos, cerca de 16.000 km foram abandonados unilateralmente pelas concessionárias, em processo de destruição sem precedentes, com afronta à lei e ao teor dos contratos de concessão e de arrendamento, em evidente fraude à licitação.

Esse abandono representa, só em obras de engenharia, um prejuízo estimado em mais de R$ 40 bilhões de reais, sem contar os custos paralelos, tais como a sobrecarga de rodovias, com altíssimo custo de manutenção do asfalto; aumento de acidentes, com vidas perdidas ou mutiladas, onerando-se o sistema de saúde; concentração logística e de desenvolvimento, provocando excesso de habitantes em lugares mais desenvolvidos e empobrecimento de outras regiões pelo isolamento; estímulo às construções irregulares nas faixas de domínio dos beira-trilhos; perda do patrimônio histórico-cultural com ruínas de estações, museus e armazéns, entre outros.

Mantendo o “bom ritmo” de construção de novas linhas do ano de 2010, levaremos cerca de 12 anos para repor a malha que está sendo descartada “por dentro dos contratos de concessão”. Esse estrago na malha ferroviária nacional está sendo, em boa parte, financiado com dinheiro público, com o BNDES emprestando vários bilhões de reais a empresas concessionárias, especialmente à ALL.

No Rio Grande do Sul, dos 3.242 km de ferrovias concedidas para a ALL Malha Sul, 1.025 km, ou 32% foram abandonados unilateralmente. Só na região Noroeste, há mais de três milhões de toneladas/ano possíveis de serem transportadas por via férrea. Na região do Alto Uruguai, cuja principal cidade é Erechim, outras três milhões de toneladas/ano podem ser escoadas pelos trilhos. São Borja, por sua vez, movimenta mais de um milhão de toneladas/ano somente em torno do cultivo e beneficiamento de arroz. O abandono logístico dessas (e outras) regiões representa, para além da ilegalidade, uma afronta às aspirações do nosso povo. 

Não é possível deixar de vislumbrar uma impressionante falta de compromisso público e social da América Latina Logística Malha Sul (ALL), registrando-se que desde 2003 empresários, lideranças políticas e comunitárias do noroeste do RS, acompanhados do Ministério Público Federal, promoveram várias audiências públicas com a ALL, tendo resultado um Termo de Ajustamento de Conduta no qual a empresa não apenas diz ter interesse, mas promete, escreve e assina, comprometendo-se com prazos para a retomada do transportes ferroviário na região e invariavelmente não cumpre, tanto que o TAC está sendo executado judicialmente.

Passados quase dez anos e, refeitas promessas, a recuperação da via é paliativa e o fechamento de contrato de transportes é tarefa quase impossível em razão da fixação de preços exorbitantes, falta da disponibilização de vagões e locomotivas, exigências de  fechamento de lotes de ida e volta a Rio Grande, entre outras imposições típicas de quem não quer ver a linha ativa para ter argumentos para solicitar a desativação e operar apenas nos trechos mais lucrativos.

Não há como deixar de ser registrada a omissão da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, Agência Reguladora que deveria “fiscalizar a prestação dos serviços e a manutenção dos bens arrendados, cumprindo e fazendo cumprir as cláusulas e condições avençadas nas outorgas e aplicando penalidades pelo seu descumprimento...”. Consoante o contrato, a “inadimplência reiterada das obrigações contratuais por parte da concessionária, reveladora de negligência contumaz, independente de sua gravidade, também será causa determinante da caducidade da concessão”, além da expressa possibilidade de a concedente “intervir na concessão para assegurar a prestação do serviço concedido, bem assim para fazer cumprir as cláusulas contratuais, normas regulamentares e legais".

No caso do Rio Grande do Sul, nos cinco anos anteriores a 18 de agosto de 2010, conforme informa a própria ANTT, não fora lavrado “qualquer auto de infração” e, no Brasil, as autuações são irrisórias, incapazes de financiar meia dúzia de quilômetros de trilhos novos. Tudo isso conduz à conclusão de que a Agência Reguladora desenvolve sua atividade em compasso com o setor regulado, comprometendo o interesse coletivo, em vínculo nocivo à consecução dos objetivos da atividade regulatória.

Em razão do exposto, encaminhamos especial apelo a Vossa Excelência, estendido a todas as Autoridades e Lideranças que desta tomem ciência,  para que nos apoiem na luta pela imediata volta dos trens aos trilhos de nossa região e de outras de onde eles nunca deveriam ter partido, mudando-se o rumo das concessões, sem prejuízo do aproveitamento do patrimônio ferroviário não concedido e da construção, gestão e fiscalização das novas ferrovias.

ASSINAM ESTE DOCUMENTO:

Associação Comercial e Industrial de Santo Ângelo, Cerro Largo, Santa Rosa, Ijuí, Giruá, Santo Cristo, Tucunduva, Tuparendi, Cândido Godói e Catuípe; Agência de Desenvolvimento de Santa Rosa; Câmara de Diretores Lojistas de Santo Ângelo; Câmara Municipal de Vereadores de Santo Ângelo; Carpenedo & Cia. Ltda; COTRIJUÍ; COTRISA; COTRIROSA; COMTUL; COOPATRIGO; COOPERMIL; COTAP; Deputados Estaduais, Adroaldo Loureiro e Jéferson Fernandes; Deputados Federais, Elvino Bohn Gass e Osmar Terra; Gilberto Corazza, Vereador e Suplente de Senador; Giovelli & Cia. Ltda; IESA, URI; Ministério Público Federal de Santo Ângelo; Prefeitura Municipal de Santo Ângelo, Catuípe, Cerro Largo, Entre-Ijuís, Giruá, Guarani das Missões, Horizontina, Ijuí, Panambi, Porto Xavier, Rolador, Santa Rosa, Santiago, São Borja, São Luiz Gonzaga, Santo Cristo; Movimento Pró-Memória de Santo Ângelo; OAB Santo Ângelo; OAB-RS; SICREDI União; SICREDI Missões; Sindicato do Comércio de Santo Ângelo; Sindicato dos Professores do Estado do RS; Sindilojas Missões; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Ângelo; Tadeu Martins, historiador; JOHN DEERE; FUNDIMISA; TREVOSUL; UGGERI.            

Queremos de volta o nosso trem! Já!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Buuu para o Lula!...

Texto de Luiz Fernando Veríssimo
Diálogo urbano, no meio de um engarrafamento. Carro a carro.
- É nisso que deu, 8 anos de governo Lula. Este caos. Todo o mundo com carro, e todos os carros na rua ao mesmo tempo. Não tem mais hora de pique, agora é pique o dia inteiro. Foram criar a tal nova classe média e o resultado está aí: ninguém consegue mais se mexer. E não é só o trânsito. As lojas estão cheias. Há filas para comprar em toda parte. E vá tentar viajar de avião. Até para o exterior - tudo lotado. Um inferno. Será que não previram isto? Será que ninguém se deu conta dos efeitos que uma distribuição de renda irresponsável teria sobre a população e a economia? Que botar dinheiro na mão das pessoas só criaria esta confusão? Razão tinha quem dizia que um governo do PT seria um desastre, que era melhor emigrar. Quem pode viver em meio a uma euforia assim? E o pior: a nova classe média não sabe consumir. Não está acostumada a comprar certas coisas. Já vi gente apertando secador de cabelo e lepitopi como e fosse manga na feira. É constrangedor. E as ruas estão cheias de motoristas novatos com seu primeiro carro, com acesso ao seu primeiro acelerador e ao seu primeiro delírio de velocidade. O perigo só não é maior porque o trânsito não anda. É por isso que eu sou contra o Lula, contra o que ele e o PT fizeram com este país. Viver no Brasil ficou insuportável.
- A nova classe média nos descaracterizou?
- Exatamente. Nós não éramos assim. Nós nunca fomos assim. Lula acabou com o que tínhamos de mais nosso, que era a pirâmide social. Uma coisa antiga, sólida, estruturada...
- Buuu para o Lula, então?
- Buuu para o Lula!
- E buuu para o Fernando Henrique?
- Buuu para o... Como, "buuu para o Fernando Henrique"?!
- Não é o que estão dizendo? Que tudo que está aí começou com o Fernando Henrique? Que só o que o Lula fez foi continuar o que já tinha sido começado? Que o governo Lula foi irrelevante?
- Sim. Não. Quer dizer...
- Se você concorda que o governo Lula foi apenas o governo Fernando Henrique de barba, está dizendo que o verdadeiro culpado do caos é o Fernando Henrique.
- Claro que não. Se o responsável fosse o Fernando Henrique eu não chamaria de caos, nem seria contra.
- Por quê?
- Porque um é um e o outro é outro, e eu prefiro o outro.
- Então você não acha que Lula foi irrelevante e só continuou o que o Fernando Henrique começou, como dizem os que defendem o Fernando Henrique?
- Acho, mas...
Nesse momento o trânsito começou a andar e o diálogo acabou.



via http://blogdobriguilino.blogspot.com

Marcha da maconha autorizada


Justiça autoriza realização da Marcha da Maconha no Rio

O juiz acolheu o pedido com base em decisões anteriores, que foram concedidas para evitar a prisão dos manifestantes na marcha realizada em 1º de maio de 2010. "Com efeito, o direito invocado pelos pacientes possui fundamento constitucional, a uma, por lhes ser conferida a possibilidade de reunião pacífica em locais abertos ao público, e a duas, pois o que pretendem os postulantes é a garantia da expressão de uma ideia, uma opinião, um pensamento, o que se distingue de fazer apologia ao uso de substâncias entorpecentes ou a qualquer outra conduta delitiva, como o tráfico de drogas", afirmou o juiz Alberto Fraga.

O magistrado disse ainda que a proposta da manifestação é discutir uma política pública e defender a exclusão da maconha do rol das substâncias ilícitas, sem incentivar o seu uso ou comércio. A ação foi proposta contra o delegado de polícia da 14ª DP e o comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar.

Confira a notícia no Terra

via http://blogoleone.blogspot.com acesse!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Globo completa 46 anos com o pior Ibope


Reproduzo matéria publicada no portal R7:


Nesta terça-feira (26), quando completou 46 anos de existência, a Globo recebeu de presente uma notícia nada agradável. Dados apontaram que a emissora teve somente 16,2 pontos de média de audiência do início do ano até agora, entre 7h e 0h na Grande São Paulo. Esse resultado está 0,3 ponto abaixo da média registrada ao longo de todo o ano de 2010 e é o mais baixo registrado pela emissora do Jardim Botânico, desde sua fundação.

As quedas de audiência da Globo vêm se acentuando desde 2006. Naquele ano, a emissora registrava média de 21,4 pontos, ou seja, 5,2 pontos a mais do que tem apresentando atualmente. Esse número representa também o terceiro recuo consecutivo em três anos e indica uma queda de cerca de 26% em relação ao maior ibope obtido pela Globo nos últimos dez anos: 21,7 pontos em 2004.

Como não houve uma mudança grande no número de televisores ligados nesse mesmo período, esses dados mostram que a Globo perdeu telespectador, seja para outras emissoras abertas, canais fechados ou DVDs.

As manhãs globais, por exemplo, vêm apresentando sérios problemas. Na última quarta-feira (20), o programa Fala Brasil (Record) ampliou ainda mais a vantagem em relação ao Mais Você (Globo). Naquela data, os dados mostravam que a atração da Record atingiu 7,2 pontos de audiência e share (participação de televisores ligados) de 27,4%. Já o Mais Você não passou de 6,4 pontos no Ibope, com share de 24,3%.

O programa ancorado por Ana Maria Braga vem perdendo audiência sucessivamente, o que tem colocado o diretor Boninho em situação ainda mais desconfortável. Ele, que já vinha se enfraquecendo na emissora carioca, perdeu espaço e prestígio neste ano com a estreia do Bem Estar, em fevereiro. O programa de qualidade de vida tirou 40 minutos da TV Globinho e não é subordinado ao diretor, que comandava toda a manhã da Globo.

Boninho também teve dificuldades com o BBB, programa que, quando lançado, foi responsável pela mudança de seu status. A edição deste ano teve o desempenho mais fraco desde a estreia do reality show, em 2002.

Internet em poucas mãos

Mariano Blejman
Página 12


Dois provedores globais de Internet anunciaram sua fusão há poucos dias por três bilhões de dólares. Setenta por cento do tráfego mundial de dados ficaria em mãos de uma só empresa.

O tráfego mundial de dados de alta velocidade está cada vez em menos mãos. O leitor pensou alguma vez por onde viajam os dados que alguém busca na web? como se faz, fisicamente, para chegar até aos servidores do Facebook, Twitter, Google ou Wikipedia? Como? Faz-se através dos provedores da camada mais alta da internet: a chamada camada 1 (tier 1). Alguns dias atrás, Leve 3 adquiriu Global Crossing, por uns três bilhões de dólares. Em ambas trafegam dados nesta camada 1: são o coração da internet. Seguramente o leitor não conhece a nenhuma destas empresas, mas é provável que as está utilizando neste momento. Pois bem, esta fusão serve para analisar como funciona a camada mais alta de internet e como mudará a fisionomia da rede em diante: uma só empresa terá estrutura própria em 50 paises, chegará a 70 paise e concentrará 70 por cento do tráfego mundial daqui até 2013.

Vejam o texto completo em REBELION.ORG

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Serra assiste a agonia da oposição

Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho

Tema dominante nas colunas políticas das últimas semanas, a agonia em praça pública dos partidos de oposição não mereceu ainda qualquer manifestação do seu maior líder até o final do ano passado, o ex-candidato presidencial José Serra, que sumiu do cenário político.

Na medida em que PSDB e DEM vão desmilinguindo a cada dia, e engordando o PSD de Gilberto Kassab, mais estranho fica o silêncio do ex-governador paulista, que abriu duas frentes de combate nos bastidores e sumiu. 

No plano federal, os serristas disputam o comando do partido com o senador mineiro Aécio Neves, que se apresenta como candidato natural dos tucanos nas eleições de 2014. Em São Paulo, o confronto se dá entre a turma de José Serra e a turma de Geraldo Alckmin, com os dois lados sofrendo baixas. Na semana passada, perderam metade da bancada de vereadores paulistanos.

Nesta segunda-feira, foi a vez de o serrista Walter Feldman, secretário da prefeitura paulistana e um dos fundadores do partido, pedir para sair do PSDB. Desde o dia 18 de março, quando foi anunciada oficialmente a criação do PSD de Kassab, uma cria de Serra recrutada no malufismo para ser seu vice e depois prefeito de São Paulo, a oposição passa por um desmanche federal.

O que quer Serra, afinal? Qual o seu papel na criação do PSD, que pode ser tudo, menos um partido de oposição? O que ele acha da fusão do PSDB com o DEM, já chamado de o abraço dos afogados? O que fazer com o PPS do seu aliado Roberto Freire, que foi à Justiça para salvar alguns (poucos) parlamentares em suas fileiras?

Ninguém sabe. A situação chegou a tal ponto que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi obrigado a sair dos seus cuidados para tentar salvar alguns aliados do seu lado.

Primeiro, FHC lançou um manifesto, “O papel da oposição”, que deveria servir de bússola para os náufragos, mas no fim só aumentou a confusão, causando divergências entre os líderes tucanos, que não entenderam direito a opção dele pela nova classe média, deixando o “povão” para o PT.

Agora, o ex-presidente está sendo chamado para servir de bombeiro até em Santa Catarina, onde o governador Raimundo Colombo, o único do aliado DEM, também está ameaçando sair do partido, abrindo a porteira para a família Bornhausen.

O estado de saúde da oposição brasileira é tão grave que deve estar preocupando até mesmo o governo federal e os que verdadeiramente defendem a democracia no país. Não é bom para ninguém que sucumbam as lideranças dos partidos de oposição, deixando o campo livre para setores radicalizados da mídia, do empresariado e das igrejas.

Nestas horas, ainda mais com a delicada situação econômica do momento, costumam aparecer malucos salvadores da pátria, o que é sempre um perigo. Para se ter uma ideia, a bancada da oposição caiu para apenas 96 parlamentares na Câmara Federal, num total de 513 deputados, o menor número em 15 anos.

De outro lado, a base do governo cresceu tanto que a ministra Ideli Salvatti, da Pesca, se permite até fazer piada: “Com uma base assim, é melhor passar protetor…”.

Aguarda-se alguma palavra de José Serra, ainda que seja pelo Twitter.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Relação dos projetos aprovados

FUNDO MUNICIPAL DE CULTURA DE SANTA ROSA (RS)
RELAÇÃO DE PROJETOS


N° Proc.
PROPONENTE
TÍTULO
VALOR EM R$
3363
AAPLAS – Associação dos Artistas Plásticos de Santa Rosa
8ª Exposição Anual da AAPLAS – “De onde viemos, quem somos, para onde vamos?”
9.000,00
3380
Willian Jará do Nascimento
Hip Hop Intense 2ª Edição
6.000,00
3400
Clóvis José Pacheco
Oficinas para filmagem, edição de vídeo e roteiro
12.000,00
3158
José Sávio Hermes
Mapa Hídrico-Poético de Santa Ros
7.000,00
3681
Grupo de Arte e Cultura Os Costeiros
Show Folclórico e Tradicionalista de Música Latino-Americana
5.000,00
3396
Vilson José Kunzler
Shows Talentos Locais
8.000,00
3394
Grupo Amador de Cultura Nativa Os Quarteadores
5ª Quarteada da Cultura Musical
5.000,00
3395
Sociedade Carnavalesca A Turma do Alambique
Oficinas de Artes Carnavalescas A Turma do Alambique
12.000,00
3374
Dimitrius Catasblancas
Dançando Pra Não “Dançar”
10.000,00
3375
Piquete Parceria
Semana Farroupilha – Desfile Temátivo com Tema Farroupilha
12.000,00
3368
ASES – Associação Santa-rosense de Escritores
Coletâneas Temáticas
5.000,00
3366
Etnia Africana de Santa Rosa
V Semana Afro-Brasileira de Santa Rosa - ?Faces da Diversidade da Nossa Terra?
6.000,00
3362
Larry Antônio Wizniewsky
Resistência Festival
12.000,00
2516
Alessandro Munnawek
Projeto de Musicalização
8.000,00
2801
Clarimar Moraes Ribeiro
Dois Caminhos
6.000,00
2808
Maria Inez Flores Pedroso
Publicação do Livro: “Algo Mais – Cenas da Vida Adolescente”
4.000,00
3113
Mary Ana da Silva Nagel
Rede de Florestas Urbanas
3.000,00
2851
Telmo Brandão da Silva
15º Encontro Internacional de Amigos
8.000,00
3109
Guilherme César Temp Schmidt
Projeto de Prospecção, localização e registro de sítios arqueológicos na área de Santa Rosa
12.000,00

TOTAL

150.000,00

Projetos Aprovados pelo Fundo Municipal de Cultura


Santa Rosa - O Conselho Municipal de Cultura, em reunião realizada no dia 19/04/2011 - Terça-Feira, definiu os Projetos que receberão recursos para a produção de atividades culturais em nosso município. Foram aprovadas 19 propostas, dentre 58 protocoladas na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Os projetos aprovados serão encaminhados pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo aos órgãos competentes da Administração Municipal para fins de tramitação para a confecção dos contratos e empenhos para posterior liberação dos recursos aos responsáveis pelos projetos culturais.

As áreas culturais contempladas foram Literatura, Dança, Música, Shows Artísticos e Folclóricos, Tradicionalismo e Artes Plásticas.

“A comunidade cultural Santa-rosense está convivendo com uma grande produção de bens culturais em nosso município. Boa parte deste momento se deve à criação do Fundo Municipal de Cultura que possibilita atender demandas que antes nunca haviam sido contempladas. Precisamos ampliar a participação e o acesso da comunidade aos eventos culturais e turísticos no município”. comentou Angelo Zeni – Secretário Municipal de Cultura e Turismo.

sábado, 23 de abril de 2011

A cara da mídia nativa


Sem dúvida o aspecto mais chocante no episódio da blitz da Lei Seca, no Rio, que flagrou Aécio Neves dirigindo com habilitação vencida e metabolicamente impossibilitado de soprar o bafômetro, não foi o fato em si , mas o comportamento da mídia demotucana. Os blindados da 'isenção' entraram em cena para filtrar o simbolismo do incidente, 'um episódio menor', na genuflexão de um desses animadores da Pág 2 da Folha. Menor? Não, nos próprios termos dele e de outros comentaristas do diário em questão. Recordemos. Em 24 de novembro de 2004, Lula participou da cerimônia de inauguração de turbinas da Usina de Tucuruí, no Pará. No palanque, sentado, espremido entre convidados, o presidente comeu um bombom de cupuaçu, jogou o papel no chão. Fotos da cena captada por Luiz Carlos Murauskas, da Folha, saturaram o jornalismo isento ao longo de dias e dias. Ou melhor , anos e anos. Sim, em 2007, por exemplo, dois colunistas do jornal recorreriam às fotos de Tucuruí para refrescar o anti-petismo flácido do eleitor que acabara de dar um novo mandato a Lula. O papel do bombom foi arrolado por um deles como evidencia de que o país caminhava a passos resolutos para a barbárie: "Só falta o osso no nariz', arrematava Fernando Canzian (23-07-2007) do alto de sofisticada antropologia social. Sem deixar por menos, Fernando Rodrigues pontificaria em 09-04-2007: "...Respira-se em Brasília o ar da impunidade. Valores republicanos estão em falta. Há exemplos em profusão (...) em 2004, Lula recebeu um bombom. ... O doce foi desembrulhado e saboreado. O papel, amassado. Da mão do petista, caiu ao chão. Lula seguramente não viu nada de muito errado nesse ato. Deve considerá-lo assunto quase irrelevante. ...Não é. No Brasil é rara a punição -se é que existe- para pequenas infrações como jogar papel no chão. Delitos milionários também ficam nos escaninhos do Judiciário anos a fio (...) Aí está parte da gênese do inconformismo de alguns, até ingênuos, defensores de uma solução extrema como a pena de morte. Gente que talvez também jogue na calçada a embalagem do bombom de maneira irrefletida. São "milhões de Lulas", martelava o jingle do petista. São todos a cara do Brasil..."

(Carta Maior; Domingo, 24/04/2011)


Motocicletas

Do blog do Beto Kieling:

Não é só em Santa Rosa que os motociclistas deixam em estado de pânico os pedestres e os motoristas que circulam pela cidade. O fenômeno é nacional. Aliás, acho que nesse grupo de pessoas amedrontadas e apreensivas podemos incluir também os parentes dos motociclistas.

Pesquisa com informações de 2008 dá conta da morte de 8.939 mortes de motociclistas no país, quando em 1998 (dez anos antes) foram “apenas” 1.047 mortes.

É claro que isso tem a ver com a quantidade maior de motocicletas, que hoje já passa de 14 milhões em circulação. O que impressiona, no entanto, é que o número de mortes cresceu 754% em dez anos.

A pesquisa, denominada “Mapa da Violência 2011” ainda traz uma constatação que parece bastante óbvia, mas que não deixa de nos trazer profunda tristeza: a esmagadora maioria das vítimas é jovem, muito jovem. Garotos e garotas entre 18 e 24 anos.

Precisa ser assim?

http://betokieling.wordpress.com/ Pode acessar que o blog é muito bom!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

[Neruda] Morre lentamente...

Morre lentamente,quem não viaja, quem não lê, quem não houve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente,
quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente,
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente,
quem evita uma paixão
quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobres os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorriso dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente,
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente,
quem passa o dia queixando-se da má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece,
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exije um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

[via http://ruieloiarend.blogspot.com/] Acessa lá! O blog é muito bom!

domingo, 17 de abril de 2011

Fórum da “liberdade” de quem?

O tal fórum da liberdade é um mega evento. Mega tambem é o forum conômico mundial. E mega é a crise econômica na qual o neo liberalismo jogou o mundo. Trilhões de dólares públicos de muitos países do mundo rechearam as burras dos bancos privados, saqueados por ladrões de colarinho que acreditaram mesmo que a história havia chegado ao fim, e que eles próprios reinariam como deuses da única história que seria contada a partir de então. A História não terminou. A farra do livre mercado terminou em quebradeira, desemprego e aumento da miséria no mundo. Até na meca deles, os EUA, há bolsões de pobreza extrema. O Brasil passou quase incólune aos ataques destas aves de rapina. E só passou, por que nos ultimos 9 anos este país fez uma opção pelo desenvolvimento sustentável. Lula foi o presidente, que sustentado por um programa nacional desenvolvimentista e imbuido de uma forte vontade de partilhar um pouco das riquezas que o país pode gerar, transformou novamente o estado brasileiro em regulador da economia. E não há regulação sem intervenção. Enquanto o desemprego campeava solto no mundo, provocado pelo tsunami neo liberal, aqui a geração de empregos era a tônica. A economia se desenvolveu também graças a importantes programas sociais, como oBolsa Família, que ingetaram bilhões de reais na economia. Mas a turma do tal “forum da liberdade” vaiou o Vice-Governador quando este falou na importância do governo Lula pra econom ia do país. E vaiou de novo quando ele falou na necessidade de um estado forte. Estado forte significa um estado que investe no social. O governo Tarso e o Governo Dilma tem como meta erradicar a extrema pobreza. Esta gente do fórum da liberdade vaia quem quer erradicar a pobreza. Vai ver este “liberdade” do forum deles, é ficar livre de pobres. Para esta gente, pobre não tem que ter vez e nem receber Bolsa Família. Pra esta gente do forum da liberdade e do tal instituto millenium, liberdade só interessa se for a liberdade deles explorarem a maioria do povo, extorquirem os cofres públicos, mantidos com o dinheiro de todos, e ainda baterem no estado que salva a economia, depois que eles rapinaram todo o dinheiro com farras inexplicaveis ao senso comum. Na verdade eles querem ter a “liberdade” de “cuspir no prato que comeram”. Coisa feia.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Pequeno provedor de internet pode ter financiamento público

Governo avalia implantação de linhas de crédito para pequenos provedores de Internet

Tentando tornar realidade o Plano Nacional de Banda Larga – paralisado pela burocracia e por desentendimentos entre o Ministério das Comunicações e Agência Nacional de Telecomunicações –, o governo avalia a possibilidade de liberar linhas de crédito para que pequenos provedores de Internet possam garantir acesso rápido. A ideia é garantir acesso rápido em pequenas localidades, onde os grandes provedores não cehgam, com conexão mínima de megabit por segundo. Nesta velocidade, é possível baixar um CD com dez faixas de música em oito minutos.

De acordo com a Associação Nacional para Inclusão Digital, a maior parte dos pequenos provedores vende planos de até 400 Kbps. A baixa velocidade tem a ver com o alto custo da banda larga no atacado, que eles compram para vender ao consumidor final, e também com a baixa capacidade de tráfego das redes sem fio usadas por essas empresas. Para melhorar a estrutura, os provedores querem mudanças nas linhas de crédito e nas taxas de juros, consideradas altas. O crédito seria oferecido por meio do Fundo Garantidor de Investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

fonte: Coletiva.net http://www.coletiva.net

terça-feira, 12 de abril de 2011

Zero Hora ignora Fórum da Igualdade e faz publicidade de encontro da direita

Começaram na última segunda-feira e se encerram nesta terça, em Porto Alegre, dois fóruns que se opõe em tudo: o Fórum da Liberdade e o Fórum da Igualdade. Enquanto o primeiro defende há 24 anos a livre competição, o mercado livre, o Estado mínimo e todos os preceitos do neoliberalismo, trazendo à capital gaúcha as principais estrelas do pensamento da direita internacional, o segundo acaba de nascer, exatamente como contraponto ao Fórum da Liberdade, e, na primeira edição, debate a democratização da comunicação.

Sem entrar diretamente no mérito dos dois encontros e no erro conceitual e estratégico que é, para a esquerda, colocar a igualdade em oposição à liberdade, uma rápida passagem pelo maior jornal do Rio Grande do Sul, a Zero Hora (do Grupo RBS), torna claros os lados dispostos nesse embate.

Depois de passar a semana inteira com grande carga de publicidade sobre o Fórum da Liberdade, Zero Hora veiculou no domingo um caderno especial, de oito páginas, sobre o evento. Publicidade pura, pouco ou nada de jornalismo, qualquer questionamento sério passa longe das páginas do caderno ou de toda a cobertura que ZH tem feito desse encontro.

Fora do caderno, na página 23, há ainda um grande espaço publicitário do próprio Grupo RBS, sobre sua abrangente cobertura do Fórum da Liberdade, nas diversas plataformas que o Grupo possui como afronta à democracia da mídia, tema do Fórum da Igualdade, que ocorre nas mesmas datas. Como, para Zero Hora, não existe esquerda e não existe debate sobre democratização da comunicação, também não existe o Fórum da Igualdade. Não há uma nota sequer, em qualquer edição anterior do jornal, sobre o assunto. Apenas nesta terça-feira, em um canto da cobertura de duas páginas sobre o Fórum da Liberdade, há uma pequena referência. No mesmo anúncio de página inteira, Zero Hora ignora também o Fórum Social Mundial, ao considerar o Fórum da Liberdade “o principal evento de debate político-social da América Latina”. Afirma isso com base em quê? Certamente não no número de participantes ou na repercussão internacional.

A super cobertura do Grupo RBS no Fórum da Liberdade não é de graça, é claro. Além da reprodução ali do ideário neoliberal defendido de forma envergonhada, camuflada pelo Grupo, vale lembrar também que o FL é organizado pelo Instituto de Estudos Empresariais, e apoiado por grupos como Gerdau, Itaú, Souza Cruz, etc. Nos blogs e sites relacionados no site do Fórum estão Diego Casagrande, Paulo Otávio Motta, Instituto Millenium e outras estrelas individuais ou institucionais da direita. Espaços onde o Grupo RBS circula com naturalidade e forte afinidade, ao contrário do Fórum da Igualdade.

A diversidade e a pluralidade não são fatos jornalísticos para quem faz da prática jornalística pura publicidade e busca ávida por lucros. O Fórum da Igualdade pode ser acompanhado pelos blogs e pelas redes sociais. Ainda hegemônica, a velha mídia vai perdendo espaço, já não é mais a única voz, já existem espaços onde procurar por informações e análises pautadas por conceitos diferentes. E a cada não-cobertura morre um pouco mais a credibilidade de quem ignora a sociedade.

por Alexandre Haubrich 
http://jornalismob.wordpress.com
I Encontro de Blogueir@s e Tuiteir@s do RS

Data: 27, 28 e 29 de maio

Local: Câmara Municipal de Porto Alegre

Plebiscito: nova chance para dizer não às armas

Os eleitores brasileiros devem ir às urnas no primeiro domingo de outubro, dia 2, para responder à seguinte pergunta: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”.

Esta é a proposta para a realização de plebiscito que será transformada em decreto legislativo, segundo informou em Brasília o presidente do Senado, José Sarney. “Não será um referendo, mas um plebiscito. Referendo seria para aprovar algo que já existe e o plebiscito é para consultar se podemos ou não modificar a lei que já existe tornando livre a venda de armas”, explicou. Estão sendo recolhidas as 27 assinaturas necessárias para que a ideia se transforme em projeto. Em seguida, irá a voto na Câmara dos Deputados, depois no próprio Senado e terá, ainda, de receber a sanção da presidente Dilma Rousseff. O mais provável é que esse circuito seja cumprido de maneira veloz.

“A população foi induzida a erro (no plebiscito em que a liberação da venda de armas foi aprovada por 64% dos votos) porque estamos verificando que a venda de armas no país de nenhum modo alcançou o que julgavam, garantir segurança ao cidadão”, continuou Sarney. “Ao contrário, torna-o mais vulnerável porque cada um que tem arma passa a ser objeto de procura dos bandidos e infratores para com essa arma cometer crimes que a sociedade tanto repudia”.

O massacre do Realengo, em que, na quinta-feira 7, 12 crianças foram mortas a tiros por Wellington Menezes da Silveira, na escola municipal Tasso da Silveira, no Rio, é o principal motivo para a realização do plebiscito.

sábado, 9 de abril de 2011

A persistência do ódio



Está tudo esclarecido: vivemos na confusão. Queremos serviços perfeitos do Estado, de preferência, sem pagar impostos. Defendemos um trânsito organizado, desde que possamos cometer nossas infrações sem que venham nos multar por pouca coisa. Lutamos pelo respeito ao que há de mais sagrado, a infância, mas colocamos sutiãs em meninas de 6 anos de idade. Exigimos tolerância. Mas expelimos ódio. Continuo recebendo, todos os dias, e-mails contra o ex-presidente Lula. As acusações contra ele são três: analfabeto, populista e chefe de um governo que acobertou a corrupção. Nos e-mails em que Lula é chamado de analfabeto há, quase sempre, erros de português em profusão. Essas mensagens parecem revelar mais o ressentimento indestrutível de quem as escreveu.

Será que alguém acredita mesmo que os oito anos de Lula foram os mais corruptos da história do Brasil? Eu acredito na existência do mensalão. Acredito na existência de todos os mensalões. Quando era governador da Guanabara, Carlos Lacerda pensava em renunciar por se considerar cansado do sistema de compra de deputados. Acredito em todos os mensalões recentes, o do PSDB de Minas Gerais, o de FHC para aprovar a emenda que lhe garantiu mais quatro anos de mandato, o do PT e o do Dem de Brasília. Eu acho que Lula erra ao menosprezar o que aconteceu. Na ponta do lápis, porém, o saldo do governo Lula foi positivo. A turma do ódio vive de semear perigos que não se confirmam. O radicalismo de Dilma foi brandido durante a campanha eleitoral como uma certeza de tempestade administrativa. A presidente tem mostrado mais comedimento que o seu antecessor e padrinho notório.

O sucesso de Lula fortalece o ressentimento dos seus opositores. O mundo o admira. Universidades prestigiosas atribuem-lhe títulos de doutor honoris causa. O Bolsa-Família e o ProUni, concebido pelo então ministro da Educação Tarso Genro, estão mudando a cara do Brasil. Dilma, que Lula escolheu contra a opinião de todos, especialmente dos marqueteiros e dos homens "sensatos e prudentes", toca o barco com personalidade e competência. Sempre que a esquerda chega ao poder - não foram muitas vezes no Brasil -, a direita fica mais honesta que de costume e só fala em corrupção e em moralidade. É o que resta. Dados recentes mostram que o Brasil ainda precisa evoluir muito para diminuir a desigualdade social, esse "clichê" que horroriza muitos conservadores, e carimbar seu passaporte para o desenvolvimento sem exclusão.

O que chama a atenção é a violência dos críticos. Por que tanto ódio? Por que um ódio tão persistente? Alguns dos agressores, por coincidência, são os mesmos que tentam justificar o golpe militar de 1964 com ladainhas que o exame atento da história do período não respalda, salvo como mitologia ou manipulação. São também os mesmos que recusam qualquer investigação sobre a tortura no regime militar. São também, algumas vezes, outra coincidência, os que aplaudem os disparates do deputado racista e homofóbico Jair Bolsonaro, cujo direito de vomitar bobagens deve ser assegurado para que o Brasil possa saber com que triste figura está lidando. O preconceito tem a coerência do simplismo. É hermético.


Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br

Correio do Povo

via Blog do Omar http://doomar.blogspot.com

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Festa das Etnias começa nesta quinta-feira

Amanhã tem o 3º Baile das Nações

Santa Rosa - Começa nesta quinta-feira em Santa Rosa, a 6ª Festa das Etnias. A abertura oficial do evento está marcada para às 19h30min, no Parque Municipal de Exposições. Na solenidade imigrantes das etnias africana, alemã, italiana, polonesa e russa receberão homenagens e certificados de cidadãos que contribuem para a difusão da história e cultura das etnias na região. Serão homenageados Paulo Laércio Madeira (etnia afro); Orsni Kleinert (etnia alemã); Saul Dante Liberali (etnia italiana); Eduardo Pulrolnik (etnia polonesa); Emma Marusiak (etnia russa).

O evento segue na sexta-feira com o 3º Baile da Nações, que terá a animação da Banda K’necus. No sábado ocorre jantar típico das etnias e no domingo almoço. As atividades encerram na tarde de domingo com a Caminhada da Paz. Em todos os dias do evento ocorrerão apresentações folclóricas e culturais.

Durante os quatro dias de evento o público será recebido pelas rainhas de cada etnia: Camila Daniela Giordani (russa), Jéssica Fernanda Wojciechowski (polonesa), Nadine Silveira Lazaretti (italiana), Jéssica Ivana Steffan (alemã), e Malu Regina dos Santos (africana). São esperadas 4 mil pessoas no evento.

Elisabete Mysko, presidente da Comissão de Etnias da 19ª Fenasoja, que organiza os eventos, destaca que neste ano, no jantar e no almoço das etnias, todos pratos típicos irão integrar um único buffet, possibilitando que os participantes provem todos os pratos, ao contrário da edição anterior, que a pessoa escolhia uma etnia para degustar dos pratos. A festa terá também a participação das etnias portuguesa e árabe palestina e libanesa.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Musicanto em exposição

A Comissão Organizadora do 25º Musicanto Sul-Americano de Nativismo, atendendo convite da Gerência do SESC – Serviço Social do Comércio estará expondo parte do acervo histórico do Musicanto. A exposição será no SESC.

A abertura oficial do evento está agendado para as 19h da próxima quinta-feira (07) e pode ser conferida até o dia 29 de abril.

A exposição irá retratar desde a 1ª Edição, realizada em novembro de 1983, até a 24ª Edição, realizada em dezembro de 2010. O Musicanto Sul-Americano de Nativismo abriu-se para Santa Rosa, a América Latina e o mundo através de um lamento e de uma reivindicação histórica. A música vencedora da primeira edição deste projeto ousado, que colocou Santa Rosa no mapa da cultura e da arte Latino-Americana já surgia denunciando o massacre dos povos Guaranis e o triste destino dos sobreviventes espoliados até os limites do humano. Esta coragem animou o músico Porto-Alegrense Nelson Coelho de Castro a investigar para, além de suas raízes urbanas, o destino desta Ameríndia tão triste e esperançosa. “No Sangue da Terra Nada Guarani”, é o marco fundador do Musicanto, e um de seus clássicos, nascido do desejo de renovação e esperança, que são a marca do festival.

De acordo com Edemir Leite, Presidente da OSCIP e do 25º Musicanto Sul-Americano de Nativismo, “A Exposição do Acervo Histórico do Musicanto tem por objetivo primordial mostrar um pouco da história deste Projeto Cultural conduzido e desenvolvido pela Comunidade Santa-rosense que ao longo de sua trajetória proporcionou intensos momentos de atividades culturais na área da música, trazendo para o nosso município delegações, músicos, compositores, órgãos governamentais e imprensa de inúmeras localidades do estado, Brasil e países Latino-Americanos”. 


O horário de visitação a Exposição Histórica do Musicanto será das 08h às 22h de segunda a sexta-feira, com agendamento pelo fone 55-3512-6044.