sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O fim dos jornais com data marcada

Nos Estados Unidos, o processo deverá ter início em 2017. No Brasil, em 2027. No Uruguai, em 2035. E, na Argentina, em 2039. Estes são os anos em que os jornais impressos deverão começar a se tornar insignificantes como players do mercado de comunicação, na forma em que existem hoje. Em alguns países, a data deverá se estender para além de 2040.

Leia mais aqui: http://migre.me/3LGQphttp://migre.me/3LGQp

Solenidade de posse dos parlamentares gaúchos



Dos 55 deputados eleitos que tomam posse nesta segunda-feira, 31, 33 já são parlamentares da Casa. As demais 22 vagas da 53ª Legislatura serão ocupadas por novos nomes, o que representa uma renovação de 40%, percentual igual ao registrado nas eleições de 2006. Destes novos integrantes, 17 são estreantes no Legislativo estadual, quatro foram reconduzidos ao cargo e um era suplente em 2006 e exerceu mandato durante a atual Legislatura.

A posse ocorrerá a partir das 14h, no Plenário 20 de Setembro do Palácio Farroupilha, em sessão solene de posse dos 55 deputados eleitos e reeleitos e de instalação da 53ª Legislatura (2011-2014). Na ocasião, ocorrerá também a eleição e a transmissão de cargos da nova Mesa Diretora. Indicado pelo Partido dos Trabalhadores, conforme acordo pluripartidário firmado entre as bancadas, o deputado Adão Villaverde será o 59º presidente do Parlamento gaúcho desde 1935, data em que o Poder Legislativo do Estado passou a se chamar Assembleia Legislativa.

Governo Federal vai investir R$ 622 milhões em publicidade


O Governo Federal já aprovou o orçamento para suas campanhas publicitárias institucionais de 2011. São R$ 622 milhões, divididos entre 54 órgãos, como a própria Presidência da República, os Ministérios e as fundações e autarquias. Neste valor não estão incluídas as empresas que têm controle governamental, como Banco do Brasil e Caixa.


O Ministério da Justiça, por exemplo, tem verba prevista de R$ 10 milhões; o Ministério da Ciência e Tecnologia, R$ 5 milhões; e o Ministério dos Esportes uma previsão de verba de R$ 44 milhões. Conforme divulgado no site do Governo, algumas licitações como a da pasta dos Esportes estão em andamento desde o final de 2010. Uma concorrência já prevista para este ano é a do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com verba de R$ 23 milhões.

O Banco do Brasil, com verba calculada separadamente, já está em processo licitatório. O investimento em campanhas publicitárias do banco em 2011 será de R$ 420 milhões, divididos entre três agências. No último ano o investimento foi de R$ 150 milhões.

BBB da vida real em Santa Rosa

Santa Rosa passará a contar com 25 câmeras de vídeo para monitoramento do trânsito e de pedestres. A empresa responsável pela implantação do sistema, empresa carioca RT Merlin, havia prometido para dezembro, mas alegando questões técnicas adiou a implantação do sistema que tem recursos do governo federal através do Pronasci. Cerca de R$ 800 mil estão serão aplicados no projeto.
As Câmeras ficarão situadas em locais estratégicos, no centro da cidade e entradas de vilas, interligadas por fibra ótica.

As câmeras serão controladas pelo Gabinete de Gestão Integrado Municipal (GGIM), que funcionará em uma sala na Prefeitura e operada por soldados da Brigada Militar, policiais civis e servidores contratados.

“Nós poderemos visualizar a formiga na calçada”, explicou José Henrique, dono da RT Merlin,para dar uma noção do poder de zoom de cada câmera. Mesmo em locais menos iluminados, há recursos para identificar suspeitos.

Portanto, galera, muito cuidado com o que vai fazer! Sempre terá alguém de olho! Se liga!

Restrição à propriedade cruzada é medida urgente

por Laurindo Lalo Leal Filho*
A mídia derrotada nas eleições presidenciais prossegue em campanha para pautar o novo governo segundo seus interesses. A última é do Estadão de quinta-feira (27), informando em manchete de primeira página que o governo desistiu de incluir a propriedade cruzada no projeto de regulação da mídia.

O blogueiro Eduardo Guimarães perguntou logo cedo ao ministro Paulo Bernardo, via twitter, se isso era verdade. Resposta: “Bom dia, meu caro! Basta ler a matéria para concluir que não decidimos nada. Quando houver decisão enviaremos ao Congresso”.

É verdade, não há nenhum dado concreto que confirme a manchete da capa: “Convergência de mídias leva governo a desistir de veto à propriedade cruzada”.

O texto, além disso estabelece uma confusão entre meios impressos e eletrônicos. Chega a dizer que “propriedade cruzada é o domínio, pelo mesmo grupo de comunicação, de concessões para operar diferentes plataformas (TV, jornal e portais)”.

Mistura na mesma frase meios que legalmente são concedidos pelo Estado em nome da sociedade (TV, e também o rádio) com aqueles que operam em circuitos privados, sem interferência direta do poder público, como jornais, revistas e portais na internet.

No Brasil uma nova lei de meios tem que dar conta, entre outras coisas, de dois tipos de regulação. Uma específica para o rádio e a TV cujos concessionários ocupam o espectro eletromagnético, escasso e finito. Outra dando conta da mídia em geral.

No primeiro caso, trata-se de um bem público (o espectro eletromagnético) utilizado por particulares que, por isso, devem se submeter a regras precisas de controle social.

Nada ilegal ou arbitrário. Ao se candidatarem a uma concessão os interessados deveriam deixar claro que tipo de serviço será prestado à sociedade e de que forma.

Assinariam um compromisso com o Estado, conhecido em alguns países como “caderno de encargos”, onde estariam detalhados seus direitos e deveres. Ao final, o contrato deveria ser avaliado pelo órgão regulador (hoje inexistente) podendo vir a ser renovado ou não.

A lei atual, benevolente, estabelece um período de dez anos para as concessões de rádio e de quinze para a televisão. E as renovações são praticamente automáticas passando por trâmites burocráticos, ainda que submetidas ao Congresso nacional.

O segundo caso, referente aos jornais e revistas não tem nada a ver com isso. São empreendimentos particulares que trafegam por canais privados. Não se submetem a concessões como sugere o Estadão.

Mas nem por isso podem deixar de se submeter à leis específicas, como a de imprensa que garantia o direito de resposta e foi suprimida.

E também aos limites da propriedade cruzada. O Estadão afirma que “o desenvolvimento tecnológico tornou a discussão (sobre propriedade cruzada) obsoleta” e que “o conceito de convergência de mídias, que consolidou o tráfego simultâneo de dados e noticiários em todas as plataformas - da impressa à digital -, pôs na mesa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, um projeto de concessão única”.

Nada mais falacioso. Primeiro porque formas de produção e circulação de dados e noticiários em diferentes plataformas não tem nada a ver com a propriedade cruzada. Esta diz respeito a organização societária dos conglomerados e, o mais importante, a sua abrangência sobre a sociedade.

A lei atual, ainda que burlada, determina um máximo de cinco concessões de TV para o mesmo grupo, em cidades diferentes, sendo cinco em VHF e cinco em UHF. Mas não impede que esses concessionários sejam proprietários de jornais ou revistas, por exemplo.

Pela lei implacável do mercado, a tendência é que alguns grupos se tornem gradativamente hegemônicos em suas regiões e mesmo no país.

Com isso passam a monopolizar todas as formas de comunicação existentes, impedindo o confronto de idéias e restringindo a diversidade cultural.

Os limites à propriedade cruzada, portanto, devem ter como referência o tamanho do público atingido pelas empresas de comunicações, sejam ouvintes, leitores, telespectadores e até mesmo internautas. Junto com restrições mais rigorosas à propriedade de diferentes meios nas mesmas áreas geográficas.

É o que ocorre em países democráticos como forma de evitar que o pensamento único se consolide. Trata-se de garantir a liberdade através da multiplicação de vozes e não de restringi-la como alardeiam os interessados em manter tudo como está. Apelando algumas vezes, como se viu, para a confusão.

*Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial). Twitter: @lalolealfilho.

fonte: Carta Maior http://cartamaior.com.br

Ranking dos jornais mais vendidos

Eis o ranking atual dos jornais que mais vendem no Brasil, com as respectivas fatias sobre o total do mercado e o número diário de exemplares em circulação.

A Folha de São Paulo que liderava o ranking caiu para o 2º lugar. Os gaúchos ZH, CP e DG estão entre os 10.

1- Super Notícia 6,93% 295.701
2- Folha de S. Paulo 6,90% 294.498
3- O Globo 6,15% 262.435
4- Extra 5,58% 238.236
5- O Estado de S. Paulo 5,54% 236.369
6- Zero Hora 4,33% 184.663
7- Meia Hora 3,69% 157.654
8- Correio do Povo 3,69% 157.409
9- Diário Gaúcho 3,53% 150.744
10- Aqui 2,94% 125.676

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Iniciam obras da Praça 25 de julho em Horizontina

Projeto de revitalização da Praça 25 de Julho, em Horizontina.
A Empresa Construtora Crissiumal, vencedora da licitação para execução do Projeto de Revitalização da Praça 25 de Julho, começou nesta semana os trabalhos em Horizontina. A primeira parte prevê uma remodelação total na parte da praça, próximo a Avenida Tucunduva, com a parte dos banheiros sendo construídos sob um espelho dágua que será executado no local. Neste primeiro momento, a empresa está fazendo o isolamento da praça, com colocação de tapumes para realizar os trabalhos.

O projeto da praça 25 de julho prevê várias alterações que serão realizadas por partes, sendo este o primeiro momento de execução do projeto com a construção de novos banheiros.

Temporal faz vítimas em Santo Ângelo


Segundo o Corpo de Bombeiros, a chuva do fim da tarde desta quinta-feira, 27, em Santo Ângelo, atingiu os 48 milímetros. Em pouco mais de 20 minutos de chuva, os bairros Vera Cruz, Colméia e Santa Fé foram atingidos. Até agora, cinco destelhamentos, seis casas alagadas e três atingidas por galhos de árvores foram atendidas . Cerca de 20 pessoas, vítimas do temporal, foram removidas para residência de amigos e parentes.

fonte:ClicRBS Santa Rosa

Multas para quem não cuidar

Diante do registro de 141 focos de dengue em Tucunduva no ano passado, a administração municipal adotou algumas medidas para que a situação não se repita em 2011.

Uma das ações preventivas é a aplicação de multa prevista na lei nº 448/2010, regulamentada em 09 de novembro de 2010, que instituiu o Programa de Combate e Prevenção da Dengue.

A constatação de criadouros e de focos do mosquito é uma infração sanitária. Ela pode ser classificada como leve (de um a dois focos), média (de três a quatro focos), grave (de cinco a seis focos) ou gravíssima (de sete ou mais focos).

A partir do recebimento da notificação, o cidadão deve regularizar a situação em dez dias. Caso contrário, receberá multa de R$ 55,54 (23,8% da VRM). Se a infração persistir após 30 dias, a multa vai para R$ 111,08. No caso de reincidência as multas será cobrado o dobro do valor anterior.

O Programa Municipal de Combate e Prevenção à Dengue mantém um serviço permanente de esclarecimentos à população, disponível através do telefone (55) 3542-1022, junto ao Departamento de Vigilância Sanitária.

Arte Sesc promove sessões de cinema

A culpa é do Fidel
Em fevereiro, o Arte Sesc - Cultura por toda parte, em parceria com o CineClube Cidade Interativa, promove atividades do projeto CineSesc, em Santa Rosa. Ao longo do mês, serão exibidos oito filmes no Teatro do Sesc Santa Rosa, a partir das 15h. Todas as sessões têm entrada franca. O drama “A Culpa é do Fidel” abre a programação no dia 7.

O filme “A Culpa é do Fidel” relata a história de Anna de la Mesa (Nina Kervel-Bey) que tem 9 anos, mora em Paris e leva uma vida regrada e tranqüila, dividida entre a escola católica e o entorno familiar. O ano é 1970 e a prisão e morte do seu tio espanhol, um comunista convicto, balança a família.

“Às Cinco da Tarde”, “Quem matou Leda” e “Carlota” encerram a programação nos dias 18, 21 e 23. Outras informações no Sesc Santa Rosa pelo telefone (55) 3512-6044.

Rock In Roça

Galera se reúne pra tocar rock'n roll.

Uma ideia genial! Um grupo de amigos residentes em Santa Rosa que curte rock’n roll resolveu fazer música no interior, na roça mesmo! Para tanto, eles se encontram numa chácara de propriedade particular, há cerca de 8 km do centro da cidade, montam os aparelhos, bateria, microfones e pau!!! 

O evento já chegou a três edições num curto espaço de tempo. A idéia pegou e outros músicos já se integraram. Eles já pensam até em ampliar o evento. “Encontramos-nos para tocar, trocar ideias e confraternizar”, explica Guilherme Bergmann, que toca na Banda Criado Mudo.

Tudo começa por volta das 14 horas da tarde e se estende até às 23 horas, com muita música. Na última edição estiveram integrantes das Bandas Primeira Regra, Jack Bala e Criado Mudo. “É uma mistura de nomes e músicas”, relata Guilherme. A data da 4ª edição ainda não está definida.


fonte: Noroeste Notícias http://noroestenoticias.com.br 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sábado tem Resistência no SESC

O primeiro RESISTÊNCIA do ano 2011 fará um BALANÇO DO FUTURO.

Margens da Utopia - o vídeo que conta a história do final de semana dos dias 5 e 6 de novembro passado, onde a cultura santa-rosense mostrou sua cara será exibido no telão do SESC.

Abordaremos também, a mudança radical da cultura no estado, onde o moderado Luiz Antônio Assis Brasil promete mergulhar de cabeça num projeto de cidadania com arte, tecnologia de ponta, mostras, debate e inclusão. E, ainda, como a federação dará suporte a tudo isso.

RESISTÊNCIA – Comportamento e cultura, seu programa de sábado à noite é neste 29 de janeiro, a partir das 20:30 h, no teatro do SESC – Santa Rosa

Promoçao: Arte Sesc; Realização: Resistência; Apoio Cultural: Yazigi Idiomas, Fecopel, Fredi Acosta, Video Clip Locadora e Pizzaria Mediterrâneo.

Indústria vai produzir álcool em Três de Maio

Olívio Casali, prefeito de Três de Maio.

O município de Três de Maio poderá ter uma indústria de álcool, foi o que afirmou o secretário de administração João Seno Bach, em entrevista concedida à Rádio Colonial. 

Segundo ele, as negociações estão sendo conduzidas pelo prefeito Olívio Casali e grupo de empresários que residem em Porto Alegre e possuem investimentos no estado de Tocantins.

Em visita ao município, os investidores visitaram a área de 4 hectares destinada ao empreendimento, localizada ao lado da planta industrial da Perdigão, em Nossa Senhora do Carmo.

A indústria pretende produzir álcool para fins medicinais, produção de cosméticos e utilização na indústria de bebidas. Cerca de 420 mil sacos de milho serão utilizados pela indústria. anualmente. Serão gerados 80 empregos diretos e o faturamento anual será de R$ 21 milhõe.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Humor / Simch


Autor: Simch
Fonte: Sul21 http://sul21.com.br

Caos criativo, modo de usar

por Nizan Guanaes *


Bom dia, 2011.

Entramos na década em pleno caos criativo. As mídias sociais evoluíram e agora são só mídia. Todos viramos mídia. Tudo virou mídia. E mídia é um meio condutor. De conteúdo humano. O que é fantástico.

O Facebook divulgou que publicou 750 milhões de fotos sobre o último réveillon alimentado pelos seus mais de 500 milhões de usuários famintos conseguidos em menos de sete anos de funcionamento.

Repito: 750 milhões de fotos que antes iam para uma caixa velha ou uma gaveta agora estão na nuvem para quem quiser olhar.

Como um economista, um político, um publicitário, um artista, um historiador ou uma empresa vai conseguir processar esse compêndio infinito da vida privada, no início do século 21, é um bom problema deles, mas quanta riqueza produzida e registrada.

Ninguém sabe ao certo o futuro do Facebook, mas mesmo assim ele já foi avaliado em US$ 50 bilhões pelo mercado neste início de década. Seu fundador, Mark Zuckerberg, 26, homem de 2010 da revista Time, bilionário mais jovem da história, iniciou um processo de capitalização com o Goldman Sachs tão inovador quanto seu negócio principal.

O Facebook é a cara do hoje.

Seu segredo é o segredo da revolução em curso e que a publicidade conhece desde sempre: comunicação. Agora evoluída para conexão.

O Facebook é a cara do hoje porque é a nossa cara. Com suas conexões, permite-nos fazer algo de que sempre gostamos: mergulhar em vidas alheias. E algo que descobrimos adorar: expor as nossas vidas. Aliás, o grau de transparência de algumas pessoas na rede chega a constranger.

A tecnologia atual permite uma comunicação totalmente diferente de tudo o que conhecíamos.

Sim, essa evolução é natural e sempre aconteceu. Mas com essa velocidade?

O diário britânico Financial Times, um guia atual para os perplexos, outro dia comparou a evolução da indústria gráfica com a evolução dos leitores eletrônicos.

Foram décadas entre a publicação do primeiro livro e a publicação do primeiro índice alfabético de uma obra, uma utilidade fantástica.

Hoje, assim que Steve Jobs e sua equipe lançam uma nova maçã no mercado, milhares de empreendedores começam a criar e a lançar aplicativos para o novo gadget (sorry, mas alguém tem uma palavra melhor em português para gadget?).

Enquanto no século 15 precisava-se de décadas para um pequeno salto na indústria gráfica, hoje as revoluções são por minuto. A velocidade está na alma do novo século, e precisamos nos adequar a ela. Capacetes são bem-vindos.

O Napster, site criado para baixar músicas livremente, destruiu de forma fulminante o modelo de negócios da indústria fonográfica global, que poucos anos antes comemorava recordes de vendas.

No processo, varreu do mapa gigantes varejistas como Tower Records e Virgin, templos de consumo cultural no final do século passado, hoje ruínas mesmo com o boom do consumo de produtos culturais via web.

As veneráveis livrarias seguem o mesmo caminho, sitiadas pelo e-livro e pelo e-comércio. Que chegaram para mais do que tudo facilitar e muito a vida dos amantes de livros, é oportuno exclamar diante do eterno choro dos pessimistas/saudosistas.

Isso serve para lembrar que o criativo é naturalmente destrutivo.

A única forma de ter esse caos criativo como aliado é entrar no fluxo e inovar. A inovação é ao mesmo tempo mãe e filha da comunicação.

Como escrevi aqui no ano passado: se você pensa que sabe tudo, está obsoleto. Quem diz que sabe tudo sobre o seu próprio negócio está morto. É preciso inovar. Para fazer mais rápido, mais sustentável, mais barato, mais produtivo, melhor.

As ferramentas nunca foram tão propícias e acessíveis. A computação em nuvem oferece a pequenos empreendedores acesso a uma infraestrutura cibernética tão sofisticada quanto ela pode ser.

Aproveitem. Mergulhem. Publiquem. Alimentem. Processem. Lancem sementes. Colham respostas. Colham clientes. Colham amigos.

Empreender é um ato coletivo, e você nunca mais estará sozinho.

*Nizan Guanaes é publicitário.

* O artigo foi publicado originalmente no jornal Folha de S.Paulo.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Prefeito de Três de Maio está insatisfeito com atendimento do SAMU no município

Em entrevista a Rádio Colonial, Olívio Casali revelou que é o grande número de reclamações por parte da população e que o serviço de emergência tem deixado a desejar.

A prefeitura investe mensalmente cerca de R$ 8 mil reais para manter a ambulância do SAMU no município. No entanto, muitas vezes as pessoas não obtêm o atendimento imediato e têm que chamar o Corpo de Bombeiros.

O prefeito disse que vai avaliar melhor a situação para saber se, realmente, vale a pena manter o SAMU: "Vamos avaliar se é interessante para o município manter esse atendimento". afirmou.

O programa Salvar/Samu é o atendimento móvel criado para urgências e emergências com plantão permanente 24 horas, pelo telefone 192. O custo é dividido entre União (50%), Estado (25%) e municípios (25%).

O que é o SAMU? 
O SAMU 192 faz parte da Política Nacional de Urgências e Emergências, de 2003, e ajuda a organizar o atendimento na rede pública prestando socorro à população em casos de emergência.
Com o SAMU 192, o governo federal está reduzindo o número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as sequelas decorrentes da falta de socorro precoce. O serviço funciona 24 horas por dia com equipes de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas que atendem às urgências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental da população.

Como funciona o atendimento?
O SAMU realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas, contando com as Centrais de Regulação , profissionais e veículos de salvamento.
As Centrais de Regulação tem um papel indispensável para o resultado positivo do atendimento; sendo o socorro feito após chamada gratuita, para o telefone 192. A ligação é atendida por técnicos que identificam a emergência e, imediatamente, transferem o telefonema para o médico regulador. Esse profissional faz o diagnóstico da situação e inicia o atendimento no mesmo instante, orientando o paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações.
Esse mesmo médico regulador avalia qual o melhor procedimento para o paciente: orienta a pessoa a procurar um posto de saúde; designa uma ambulância de suporte básico de vida, com auxiliar de enfermagem e socorrista para o atendimento no local; ou, de acordo com a gravidade do caso, envia uma UTI móvel, com médico e enfermeiro. Com poder de autoridade sanitária, o médico regulador comunica a urgência ou emergência aos hospitais públicos e, dessa maneira, reserva leitos para que o atendimento de urgência tenha continuidade.

Quando chamar o SAMU?
* Na ocorrência de problemas cardio-respiratórios
* Em casos de Intoxicação exógena
* Em caso de queimaduras graves
* Na ocorrência de maus tratos
* Em trabalhos de parto onde haja risco de morte da mãe ou do feto
* Em casos de tentativas de suicídio
* Em crises hipertensivas
* Quando houver acidentes/traumas com vítimas
* Em casos de afogamentos
* Em casos de choque elétrico
* Em acidentes com produtos perigosos
* Na transferência inter-hospitalar de doentes com risco de morte

A Política Nacional de Atenção às Urgências

Tem como finalidade proteger a vida das pessoas e garantir a qualidade no atendimento no SUS. Suas diretrizes são: a universalidade, a integralidade, a descentralização e a participação social, ao lado da humanização, a que todo cidadão tem direito.

A política tem como foco cinco grandes ações: 
* Organizar o atendimento de urgência nos pronto-atendimentos, unidades básicas de saúde e nas equipes do Programa Saúde da Família;
* Estruturar o atendimento pré-hospitalar móvel (SAMU 192);
* Reorganizar as grandes urgências e os pronto-socorros em hospitais;
* Criar a retaguarda hospitalar para os atendidos nas urgências; e
* Estruturar o atendimento pós-hospitalar.

fonte: Alexandre Souza/Rádio Colonial www.radiocolonial.com.br 

Cinema em Santo Cristo


            O Cine Cultural irá proporcionar mais uma opção de lazer e cultura para a região noroeste. Dia 27 de janeiro, no Cento Cultural de Santo Cristo, será inaugurado o mais novo complexo de cinema da região. Além de uma sala com capacidade para 560 pessoas, o Cine Cultural - Santo Cristo contará com equipamentos de áudio de última geração, projetor cinematográfico, uma tela de 50 m² e ambiente climatizado.
            O Cine Cultural, que já possui atuação em Santa Rosa, agora está expandindo a sua capacidade e investindo em outras cidades da região. A parceria com o município de Santo Cristo começou em fevereiro de 2010. Um ano depois, com o apoio da Prefeitura Municipal de Santo Cristo, o novo cinema já está instalado e pronto para começar suas exibições.
            A partir de 2011, Santo Cristo poderá conferir os maiores sucessos do cinema mundial. Filmes campeões de bilheteria agora vão passar na tela do novo cinema. Inicialmente, as sessões serão realizadas todas as sextas-feiras. É mais uma oportunidade cultural para os moradores da cidade e de toda a região.

Programação de Inauguração:
27/01
20h30 – Solenidade de abertura e exibição de alguns trailers
Programação do Cine Cultural de Santa Rosa veja aqui: 

sábado, 22 de janeiro de 2011

13º Jeep Country e feira movimentam Horizontina

Confirmada a programação do 13º Jeep Country e da 2ª Horizontina em Exposição, marcados para o período de 25 a 28 de fevereiro, em comemoração aos 56 anos de emancipação política de Horizontina.

O evento reunirá atrações esportivas radicais sobre rodas, garantido no paralelo espaço para os negócios, cultura, lazer, diversão e gastronomia. A tradição do evento, realizado sem a cobrança de ingressos, será mantida pelos promotores; A promoção é do Jeep Clube Horizontina, da Aciap e da Prefeitura Municipal, com apoio da Câmara Municipal de Vereadores.

Em torno de 40 empresas já confirmaram participação na exposição, que neste ano prioriza somente empresas sediadas ou com filiais no município. O tema será " O desenvolvimento pelas nossas mãos".
No evento jipeiro, as atrações são as trilhas passeio de jeep country e uma prova valendo pontos pelo campeonato Sul-Americano de Jipe Cross, que irá reunir pilotos do gaúchos, paranaenses, catarinenses e paulistas. O Jeep Clube estima que em torno de três centenas de jipes preparados para trilhas e competições, bem como de passeios, participarão do evento. Delegações do Paraguai e Argentina novamente confirmaram presença.

A agenda de shows é integrada por bandas de renome no cenário musical do sul do Brasil. Na sexta-feira, dia 25/02, as bandas Porto do Som e Grupo Momentos animam o evento.

No sábado, dia 26, é a vez da banda Cheiro de Paixão e da dupla sertaneja Rohny e Robi. Já no domingo, dia 27, tocam as bandas Terceira Dimensão e Portal da Serra.

Na segunda-feira, dia do feriado municipal, acontece o encontro da terceira idade, com baile regional.
Os espaços para expositores estão sendo comercializados pela Aciap, através do telefone (55) 3537-1868, ao preço de R$ 280,00 internos e R$ 150,00 externos. O espaço é limitado, portanto, a comercialização poderá se esgotar semanas antes da feira, projetam os organizadores.

fonte: Jornal Folha Cidade http://migre.me/3J1fL 

Giruá prepara 5ª edição da Festa do Butiá

O butiá, fruto da árvore símbolo de Giruá - o butiazeiro, estará em destaque através da gastronomia e do artesanato com a realização da 5ª Festa do Butiá, de 18 a 20 de março de 2011, em uma estrutura que será especialmente montada para o evento em frente à Praça Aládio Ferreira.

De sabor exótico, o fruto vem conquistando paladares em derivações como sucos, sorvetes, licores, tortas doces e salgadas, entre outros. Criativos e saborosos, muitos pratos de empresas giruaenses ganharam evidência e prêmios em eventos gastronômicos, como o Degusta Missões. E para satisfazer a curiosidade do público, a gastronomia a partir da polpa do butiá será uma deliciosa atração durante os três dias de festa.

Depois de extraída a polpa, os caroços do fruto e as folhas do butiazeiro transformam-se nas mãos de habilidosos artesãos. Uma infinidade de objetos de decoração, como luminárias, vasos e quadros compõem o Artesanato Missões. Essas peças e outras compostas com diferentes materiais estarão expostos e serão comercializados por artesãos de Giruá e região durante o evento, que também contará com programação cultural, shows e atrações para toda a família.

A Festa está sendo organizada pelo Governo Municipal de Giruá. A comissão organizadora tem à frente a secretária Fátima Ehlert e o secretário Volmir do Amaral, na vice-coordenação a assessora Silvane Figueiredo, na coordenação de Divulgação a assessora Marla Delóss, no Artesanato Marisete Fernandes, na Gastronomia o secretário Ricardo Jurenick, na Infraestrutura o secretário Cláudio Amaral, na Captação de Recursos Wilson Bonfanti e na Secretaria Geral a secretária Elaine Zimermann.

Humor


Conheça o trabalho do cartunista Joel Almeida. Acesse: http://joellalmeida.blogspot.com

Joel Almeida reside em Giruá - RS, Brasil.
É cartunista Free Lancer, editor da revista de humor "Mundiça".
É colaborador da Revista Afinal.
Contato: (55) 9914-7292
E-mail: joell_almeida@hotmail.com

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O valor da notícia


por Jürgen Habermas *
Semanas atrás, a página de economia do jornal alemão Die Zeit assustou seus leitores com a manchete "O quarto poder corre perigo?". Tratava-se da notícia alarmante de que o Süddeutsche Zeitung rumava para um futuro econômico de incertezas. A maioria dos acionistas quer se ver livre do jornal; caso as coisas se encaminhem para um leilão, é possível que um dos dois bons diários supra-regionais da Alemanha [o outro é o Frankfurter Allgemeine] caia nas mãos de investidores privados, fundos de investimento ou conglomerados de mídia.

Haverá quem diga: "Business as usual" [negócios, como sempre]. O que poderia haver de alarmante no fato de que os proprietários queiram fazer uso de seu direito de se desfazer de seus negócios, sejam quais forem seus motivos?

A crise dos jornais, desencadeada no começo de 2002 pelo colapso do mercado publicitário, ficou para trás – no Süddeutsche Zeitung e em outros órgãos de imprensa da mesma dimensão. As famílias que agora se dispõem a vender sua participação detêm 62,5% das ações e escolheram um momento propício. Apesar da concorrência digital e dos novos hábitos de leitura, os lucros vêm aumentando.

Deixando de lado a boa conjuntura econômica, os lucros se devem sobretudo a medidas de racionalização com impacto direto sobre o desempenho e a margem de manobra das redações. Notícias bombásticas à maneira do jornalismo norte-americano ditam a tendência atual.

Assim, por exemplo, o Boston Globe, um dos poucos jornais de centro-esquerda dos EUA, teve que renunciar a todos os seus correspondentes no estrangeiro, enquanto os grandes encouraçados da imprensa nacional – como o Washington Post e o New York Times – temem a capitulação diante de fundos ou conglomerados ávidos por "sanear" jornais em vista de taxas de lucro descabidas; no caso do Los Angeles Times, esse já é fato consumado.

Jugo do lucro

Há três semanas, o Die Zeit voltou à carga, falando de um "ataque de Wall Street à imprensa dos EUA". O que há por trás desse tipo de manchete? Certamente, o temor de que os mercados não façam justiça à dupla função que a imprensa de qualidade até hoje desempenhou: atender à demanda por informação e formação, sem comprometer taxas de lucro aceitáveis.

Mas os lucros em alta não serão uma confirmação de que jornais ‘enxutos’ satisfazem melhor os desejos de seus consumidores?

Conceitos vagos como "profissional", "arrojado" ou "sério" não servem apenas para velar a preeminência concedida ao leitor adulto, que sabe o que quer?

A imprensa terá o direito de, sob o pretexto da "qualidade", cercear a liberdade de escolha de seus leitores?

Por que forçar a leitura de reportagens áridas em vez de infotainment [fusão, em inglês, das palavras "information" e "entertainment", informação e entretenimento], comentários objetivos e argumentos circunstanciados, ao invés de encenações apelativas de personalidades e acontecimentos?

A objeção que se manifesta nessas questões se baseia na suposição polêmica de que os consumidores escolhem com autonomia, segundo suas preferências pessoais. Mas essa espécie de verdade acaciana certamente induz ao erro quando se trata de uma mercadoria tão peculiar quanto a informação política e cultural. Pois essa mercadoria a um só tempo atende e transforma as preferências de seus consumidores.

Formação em massa

Não há dúvida de que leitores, ouvintes e espectadores seguem suas preferências ao fazer uso dos meios de comunicação: querem se divertir ou se distrair, querem se informar ou tomar parte em debates públicos. Mas, quando se interessam por um programa político ou cultural, quando recebem a "bênção matinal realista" da leitura de jornais, todos se expõem – com alguma medida de autopaternalismo – a um processo de aprendizado de resultados imprevisíveis.

No curso de uma leitura, novas preferências, convicções ou juízos podem se formar. A metapreferência que orienta uma tal leitura se dirige então àquelas prioridades que se exprimem na auto-imagem de um jornalismo independente e que fundamentam o prestígio da imprensa de qualidade.

A polêmica sobre o caráter peculiar da mercadoria "informação e formação" faz pensar no slogan que fez furor quando do surgimento da televisão: essa nova mídia não seria mais que "uma torradeira com imagens".

Pensava-se que a produção e o consumo de programas televisivos podiam ser deixados inteiramente a cargo do mercado. Desde então, as empresas de comunicação cuidam de fornecer programas para seus espectadores enquanto vendem a atenção do público a seus anunciantes.

Sempre que imperou sem peias, esse modo de organização causou danos políticos e culturais. O sistema "híbrido" de televisão [na Alemanha] é uma tentativa de remediar o mal.

E as leis locais, as decisões de tribunais federais e os princípios de programação das emissoras públicas refletem a noção de que as mídias eletrônicas não devem satisfazer apenas as necessidades mais comercializáveis dos consumidores. Ouvintes e espectadores não são apenas consumidores mas também cidadãos com direito à participação cultural, à observação da vida política e à voz na formação de opinião.

Com base nesses direitos, não é o caso de deixar programas voltados a tais necessidades fundamentais da população à mercê da conveniência publicitária ou do apoio de patrocinadores. A ideia de uma reserva pública voltada para a mídia eletrônica pode ser interessante.

Efeito político

O resultado de um estudo sobre fluxos de comunicação pode ter interesse nesse contexto: ao menos no âmbito da comunicação política – ou seja, para o leitor enquanto cidadão –, a imprensa de qualidade desempenha um papel de "liderança": o noticiário político do rádio e da televisão depende em larga escala dos temas e das contribuições provenientes do jornalismo "argumentativo".

Suponhamos que uma dessas redações caia nas mãos de investidores que trabalham com lucros rápidos e prazos curtos: a reestruturação e o enxugamento nesses lugares estratégicos não tardarão a pôr em risco os padrões jornalísticos e a afetar em cheio a vida política. Pois a comunicação pública perde vitalidade discursiva quando lhe falta informação fundamentada ou discussão vivaz, coisas que não se obtêm sem custos.

A esfera pública não teria mais como opor resistência às tendências populistas e não seria mais capaz de desempenhar funções que lhe cabem no quadro de um Estado democrático de Direito.

Vivemos em sociedades pluralistas. O processo de decisão democrático só pode ultrapassar as cisões profundas entre visões de mundo opostas se houver algum vínculo legitimador aos olhos de todos os cidadãos.

O processo de decisão deve conjugar inclusão (isto é, a participação universal em pé de igualdade) e condução discursiva do conflito de opiniões. Pois tão-somente a discussão deliberativa fundamenta a suposição de que, no longo prazo, os processos democráticos propiciam resultados mais ou menos racionais.

A formação de opinião por via democrática tem uma dimensão epistêmica, uma vez que envolve a crítica de afirmações e juízos errôneos. Esse é o papel de uma esfera pública dotada de vitalidade discursiva. Esse papel se evidencia intuitivamente tão logo se tenha em mente a diferença entre o conflito público de opiniões concorrentes e a divulgação de pesquisas de opinião.

Opiniões que se formam por meio de discussão e polêmica são, a despeito de toda dissonância, filtradas por informações e argumentos, enquanto as pesquisas de opinião apenas invocam opiniões latentes em estado bruto ou inerte.

Mediação

É claro que os fluxos díspares de comunicação numa esfera pública dominada pelos meios de comunicação de massa não permitem o tipo de discussão ou consulta regrada que tem lugar em tribunais ou sessões parlamentares.

Mas isso também não é necessário, pois a esfera pública é apenas um dos elos relevantes: ela faz as vezes de mediação entre discursos e discussões nos foros do Estado, de um lado, e as conversas episódicas ou informais de eleitores potenciais, de outro.

A esfera pública dá sua contribuição à legitimação democrática da ação estatal ao selecionar temas de relevância política, elabora-os polemicamente e os vincula a correntes de opinião divergentes.

Por essa via, a comunicação pública estimula e orienta a formação da opinião e do voto, ao mesmo tempo em que exige transparência e prontidão do sistema político.

Sem o impulso de uma imprensa voltada à formação de opinião, capaz de fornecer informação confiável e comentário preciso, a esfera pública não tem como produzir essa energia.

Quando se trata de gás, eletricidade ou água, o Estado tem a obrigação de prover as necessidades energéticas da população. Por que não seria igualmente obrigado a prover essa outra espécie de ‘energia’, sem a qual o próprio Estado democrático pode acabar avariado? O Estado não comete nenhuma "falha sistêmica" quando intervém em casos específicos para tentar preservar esse bem público que é a imprensa de qualidade.

Melhores resultados

O problema é apenas de ordem pragmática: como se alcançam os melhores resultados?

Em certo momento, o governo [do Estado] de Hessen concedeu ao jornal Frankfurter Rundschau um crédito subsidiado – sem sucesso. Mas as subvenções diretas são apenas um dos meios disponíveis.

Outros caminhos são as fundações com participação pública ou a renúncia fiscal para famílias envolvidas no ramo. Nenhuma dessas soluções está livre de problemas. E ainda é preciso aclimatar a idéia de subvenções a jornais e revistas.

Em termos históricos, a idéia de regular o mercado da imprensa tem alguma coisa de contra-intuitivo. Afinal, o mercado foi outrora o cenário em que idéias subversivas puderam se emancipar da repressão estatal. Mas o mercado só é capaz de desempenhar essa função se as determinações econômicas não penetrarem nos poros dos conteúdos culturais e políticos dispersos no mercado.

Agora, como antes, a crítica adorniana da indústria cultural constitui o ponto central. A observação cética é indispensável, pois nenhuma democracia pode se dar ao luxo de uma falha de mercado nesse setor.
* O artigo foi publicado originalmente no jornal alemão Süddeutsche Zeitung.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Fenasoja lança 6ª Festa das Etnias e 3º Baile das Nações


6ª Festa das Etnias em Santa Rosa

A Comissão de Etnias da 19ª Fenasoja lançou na noite de ontem (19), na casa da Etnia Africana da Praça das Nações, no Parque Municipal de Exposições Alfredo Leandro Carlson de Santa Rosa, a 6ª Festa das Etnias e 3º Baile das Nações. Foi apresentada aos convidados a programação oficial e a importância das atividades para a valorização da cultura da região.

A 6ª Festa das Etnias ocorre de 07 a 10 de abril, no Parque Municipal de Exposições de Santa Rosa. O 3º Baile das Nações ocorre paralelo a festa, e será no dia 08 de abril, sexta-feira. Para a presidente da 6ª Festa das Etnias, Elisabete Mysko, o objetivo da Festa das Etnias é estimular a cultura e fortalecer os grupos étnicos que compõem o povo da região: “vamos destacar a origem dos imigrantes, suas raízes, costumes, vestuário, culinária, religiosidade e a cultura através de shows com grupos folclóricos e a gastronomia típica de cada etnia”.

O presidente da 19ª Feira Nacional da Soja - Fenasoja 2012, Elemar Lenz, destacou a importância dos patrocinadores para a realização de eventos como este: “esta é uma festa da comunidade para a comunidade. Agradecemos os patrocinadores e apoiadores deste evento, que acreditam neste projeto, que busca preservar a cultura das etnias que desenvolveram esta região. E convidamos toda a população que prestigie este grande evento promovido pela Fenasoja”. No ato foram assinados os contratos de patrocínio das empresas com a festa.

No lançamento, que teve o objetivo de apresentar para a comunidade a importância da festa para a preservação da cultura das etnias organizadas do município, foi servido um coquetel típico das etnias africana, alemã, polonesa, italiana e russa aos convidados.

Na ocasião também foram apresentadas as rainhas de cada etnia: Malu Regina dos Santos (africana), Jéssica Ivana Steffan (alemã), Nadine Silveira Lazaretti (italiana), Jéssica Fernanda Wojciechowski (polonesa), e Camila Daniela Giordani (russa), que junto da comissão organizadora dos eventos convidam toda comunidade para participar do evento.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cotas da igualdade

Debate sobre as cotas raciais nas universidades brasileiras trouxe de volta velhos clichês como a suposta “democracia racial” brasileira e o reducionismo econômico, que insiste em negar a diferença de tratamento entre brancos e negros da mesma classe social 

Por Túlio Vianna


De todas as ficções com as quais o sistema capitalista se legitima, a mais hipócrita delas é a da igualdade de oportunidades. A meritocracia é uma ficção que só se realizaria se não houvesse heranças. No mundo real, ninguém começa a vida do zero; somos herdeiros não só do patrimônio, mas da cultura e da rede de relacionamentos de nossos pais. Alguns já nascem na pole position, com os melhores carros; outros se digladiam na última fila de largada em calhambeques não muito competitivos.

Quem é o melhor? O piloto que vence a corrida largando na pole position e com o melhor carro ou aquele que largou em último e chega com seu calhambeque em segundo lugar? Quem tem mais mérito? O candidato que estudou a vida inteira em excelentes escolas particulares e passou em primeiro lugar no vestibular ou aquele que passou em último, tendo estudado somente em escolas públicas, enquanto trabalhava oito horas por dia para ajudar seus pais?

As cotas universitárias não foram criadas para coitadinhos. Elas existem para vencedores. Para alunos que são tão brilhantes que, mesmo correndo durante 17 anos em calhambeques, ainda conseguem chegar próximos daqueles que dirigem os melhores carros. Para quem, contrariando todas as expectativas, venceu o sistema que lhe negou as oportunidades necessárias para que seu talento florescesse em plenitude. As cotas são um mecanismo para privilegiar o mérito pessoal em detrimento da condição social como critério de seleção.

É relativamente fácil perceber como a desigualdade econômica afeta o desempenho acadêmico dos candidatos ao vestibular. Mesmo quem nunca foi pobre consegue imaginar as dificuldades de alguém que estudou em uma escola fraca, sem dinheiro para comprar material escolar e tendo que trabalhar para ajudar nas despesas da casa. Difícil mesmo é um branco perceber como a desigualdade racial dificulta o ingresso de um negro na universidade.

O racismo no Brasil é comumente negado com base em duas ideologias complementares: o “mito da democracia racial” e o reducionismo econômico. A primeira nega, contra todas as evidências fáticas, a existência da discriminação racial brasileira; a segunda reconhece o tratamento desigual, mas atribui sua causa à desigualdade econômica. Juntas, estas duas ideologias fundamentam um argumento recorrente de que o negro seria discriminado no Brasil não pela cor de sua pele, mas por sua pobreza.

Democracia racial

O mito da democracia racial brasileira, como todo mito que se preze, tem suas origens incertas. Muitos atribuem sua gênese à obra magna de Gilberto Freyre, Casa-grande & Senzala (1933), ainda que a expressão não conste expressamente no livro e só tenha sido usada por Freyre muito mais tarde, sob influência de outros intelectuais. Fato é que, independentemente do pensamento ou da vontade de Freyre, sua obra foi interpretada por muitos como a prova cabal de que as relações entre brancos e negros no Brasil se deram de forma muito mais cordial do que na América do Norte, até em função da miscigenação ocorrida por aqui, o que explicaria a suposta democracia racial existente no Brasil.

E foi com base nesta ideologia da democracia racial que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) defendeu a ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 186, com a qual o seu partido requereu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que declarasse inconstitucional o sistema de cotas raciais nos vestibulares brasileiros. Em audiência pública ocorrida no STF em 3 de março de 2010, o senador afirmou: "Nós temos uma história tão bonita de miscigenação... (Fala-se que) as negras foram estupradas no Brasil. (Fala-se que) a miscigenação deu-se no Brasil pelo estupro. (Fala-se que) foi algo forçado. Gilberto Freyre, que é hoje renegado, mostra que isso se deu de forma muito mais consensual."

Esta visão romanceada da escravidão no Brasil, que foi duramente criticada por Florestan Fernandes e seus colegas da USP em minuciosos estudos realizados a partir da década de 1950, ainda hoje encontra seus adeptos, não obstante seu visível anacronismo. A ditadura militar brasileira – que aposentou compulsoriamente Florestan em 1969 – esforçou-se para garantir uma sobrevida à ideologia da democracia racial, incutindo na população a ideia de que não há racismo no Brasil.

Os números do Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2007-2008, porém, mostram uma realidade bastante diferente da propagada pela ideologia da democracia racial. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de pretos e pardos no Brasil é de 0,753; o de brancos é de 0,838. Dos 513 deputados eleitos em 2006, apenas 11 eram pretos e 35 pardos. No início de 2007, dos 81 senadores 76 eram brancos, enquanto somente 4 eram pardos e 1 preto. Dos 68 juízes dos Tribunais Superiores, apenas dois foram identificados como pretos e dois como amarelos, sendo todos os demais brancos.

No ensino superior a democracia racial é uma ficção. Em 2006, um em cada cinco brancos em idade esperada para ingressar no ensino superior estava na universidade, enquanto 93,7% dos pretos e pardos na mesma faixa etária estavam excluídos do ensino superior público ou privado.

No corpo docente das universidades brasileiras a situação é ainda pior. Um estudo do professor de Antropologia da Universidade de Brasília (UNB) José Jorge de Carvalho avaliou 12 das principais universidades brasileiras e constatou que o número de professores negros (pretos e pardos) não chega sequer a 1%. Dos 4.705 professores da Universidade de São Paulo (USP) no período avaliado, apenas 5 (0,1%) eram negros. Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), dos 2.700 professores, 20 (0,7%) eram negros. Das instituições pesquisadas, a com maior pluralismo racial do corpo docente foi a UNB, na qual, dentre 1.500 professores, havia 15 (1%) negros.

Reducionismo econômico

Na impossibilidade de negar os números que indicam claramente a discriminação racial no Brasil, os adeptos da ideologia da democracia racial procuram justificar as desigualdades apontando como causa da discriminação não a etnia, mas a condição econômica dos negros, na média bastante inferior à dos brancos. Este argumento tem seduzido, inclusive, muita gente de esquerda que, em uma leitura ortodoxa do marxismo, entende que todo conflito social pode ser reduzido a um conflito de classes.

Uma análise mais atenta da realidade social, porém, constata que, para além do poder econômico que impõe a dominação de ricos sobre pobres, há também micropoderes que impõem relações de dominação em função de outras diferenças sociais, tais como as existentes entre brancos e negros, homens e mulheres, heterossexuais e homossexuais, nacionais e estrangeiros e tantas outras.

É tentador imaginar que um estudante negro que estudou toda a vida na mesma sala de aula de um colega branco, com renda familiar semelhante, tenha a mesma chance que ele de ingressar em uma universidade. Na vida real, porém, as dificuldades do estudante negro são sempre maiores.

Ainda que tanto o estudante negro quanto o branco assistam às mesmas aulas e estudem pelos mesmos livros, este é apenas um aspecto muito reduzido de sua formação. A criança e o adolescente refletirão boa parte das expectativas que seus pais, professores e colegas depositam nele. Se o aluno branco é visto por seus professores como “brilhante” e o negro como “esforçado”, esta diferença acumulada durante mais de 10 anos de estudos resultará em níveis de autoconfiança bastante diferentes.

O negro já entra na escola com um menor status social perante seus colegas e isso lhe será relembrado durante todo o período escolar, desde os apelidos que lhe serão dados até o eventual desafio de um namoro interracial na adolescência. Se precisar trabalhar para ajudar nas despesas de casa, o adolescente negro terá maiores dificuldades em ser aceito em um emprego do que o adolescente branco, ganhará menos e exercerá piores funções. Haverá uma probabilidade muito maior de que os adolescentes negros sejam abordados e revistados pela polícia do que o mesmo ocorrer com seus colegas brancos; aqueles terão sempre seguranças seguindo seus passos em shoppings centers e boates. As revistas e os programas de TV lhe lembrarão o tempo todo que suas chances de ascensão social se resumem a ser um exímio jogador de futebol ou uma sambista destinada a ser símbolo sexual somente durante o carnaval.

Se o adolescente branco tem como desafio vencer a pobreza para passar no vestibular, o adolescente negro, além da pobreza, precisará vencer o preconceito. Precisará ir além da expectativa social que lhe atribuiu um lugar na sociedade que ele não quer ocupar. E isso, muitas vezes, é bem mais difícil do que simplesmente aprender a matéria que cai na prova.

Não se trata de uma mera dominação econômica de uma classe sobre outra, mas de uma dominação cultural que durante séculos incutiu no inconsciente coletivo a imagem do negro como raça inferior. As cotas raciais a médio e longo prazo permitirão que mais e mais negros sejam vistos no mercado de trabalho como profissionais de sucesso, alterando as expectativas sociais que são atribuídas aos jovens negros.

Quando os cirurgiões e os juízes negros deixarem de ser confundidos com pacientes e réus, não precisaremos mais de cotas. Até lá, as cotas raciais cumprirão não só o papel de promoção da igualdade racial, mas principalmente farão justiça com o estudante negro que enfrentou tantos percalços na sociedade racista em que vive. Reconhecerão o mérito de quem desafiou todas as expectativas sociais em contrário e continuou estudando para ingressar em uma universidade. O mérito de quem teima em ser um vencedor.